Resumo de Isaías 2
Isaías 2
Com esse capítulo 2 tem início um novo sermão, que continua nos dois capítulos seguintes. O tema desse sermão é Judá e Jerusalém (v. 1). Nesse capítulo o profeta fala:I. Da glória dos cristãos, de Jerusalém, da igreja de Cristo nos últimos dias, no afluir de muitos a ela (vv. 2,3), e da grande paz que ela traria ao mundo (v. 4), e disso ele deduz o dever da casa de Jacó (v. 5).
II. Da vergonha dos judeus, de Jerusalém, como era então, e como seria, depois da sua rejeição ao Evangelho e de ser rejeitada por Deus.
1. O seu pecado era a sua vergonha (vv. 6-9).
2. Deus, pelos Seus juízos, iria humilhá-los e envergonhá-los (vv. 10-17).
3. Eles deveriam envergonhar-se pela sua confiança nos ídolos e no braço da carne (vv. 18-22). E agora, de qual Jerusalém desejamos ser habitantes - daquela que é cheia do conhecimento de Deus, que será a nossa honra eterna, ou daquela que está cheia de cavalos e carros, e prata e ouro, e desses ídolos, que no final serão a nossa vergonha?
Resumo de Adam Clark
Profecia sobre o reino do Messias e a conversão do mundo gentio, Is 2:1-5. Grande maldade e idolatria dos judeus incrédulos, Isa 2:6-9. Terrível consternação que se apoderará dos ímpios, que em vão procurarão rochas e montanhas para escondê-los da face de Deus no dia de seus juízos, Is 2:10-17. Destruição total da idolatria em consequência do estabelecimento do reino do Messias, Isa 2:18-21. Uma exortação para não confiar no homem, Is 2:22.A profecia contida no segundo, terceiro e quarto capítulos faz um discurso contínuo. Os primeiros cinco versos do cap. 2 prediz o reino do Messias, a conversão dos gentios e sua admissão nele. Do sexto versículo até o final do segundo capítulo é predito o castigo dos judeus incrédulos por suas práticas idólatras, sua confiança em sua própria força e desconfiança da proteção de Deus; e, além disso, a destruição da idolatria, em consequência do estabelecimento do reino do Messias. Todo o terceiro capítulo, com o primeiro versículo do quarto, é uma profecia das calamidades da invasão e cativeiro babilônicos; com uma amplificação particular da angústia das filhas orgulhosas e luxuosas de Sião; Isa 4:2-6 promete ao remanescente, que terá escapado desta severa purgação, uma futura restauração ao favor e proteção de Deus.
Essa profecia provavelmente foi proferida no tempo de Jotão, ou talvez no de Uzias, como se diz que Isaías profetizou em seu reinado; ao qual nenhuma de suas profecias é tão aplicável quanto a desses capítulos. O sétimo versículo do segundo, e a última parte do terceiro capítulo, apontam claramente os tempos em que as riquezas abundavam, e o luxo e a delicadeza prevaleceram. Muita prata e ouro só poderiam surgir de seu comércio; particularmente daquela parte que foi levada pelo Mar Vermelho. Esta circunstância parece confinar a profecia dentro dos limites acima mencionados, enquanto o porto de Elade estava em suas mãos; foi perdido sob Acaz e nunca mais recuperado.
Notas Adicionais:
2:1–5:30 Os capítulos 2–5 compreendem um único discurso conectado.
2:1–5 Esta é a primeira das três imagens de Sião (Jerusalém) neste discurso que descreve sua futura exaltação (cf. 2:6–4:1; 4:2–6).
2:2–4 O Livro de Miquéias contém esta porção da profecia de Isaías quase palavra por palavra (Mq. 4:1–3), indicando que o contemporâneo mais jovem de Isaías pode ter obtido as palavras dele. Ambas as passagens apresentam uma imagem profética de Sião no futuro, reino messiânico, quando todas as pessoas reconhecerão Jerusalém como a capital do mundo.
2:2 nos últimos dias. Os últimos (ou últimos) dias é uma designação de tempo olhando para a era messiânica (Ez. 38:16; Os. 3:5; Mq. 4:1). O NT aplicou a expressão ao período que começa com o Primeiro Advento de Jesus Cristo (Atos 2:17; 2 Tim. 3:1; Heb. 1:2; Tiago 5:3; 2 Pedro 3:3). Os profetas do Antigo Testamento, sem uma palavra clara sobre o tempo entre os dois adventos do Messias, vincularam a expressão ao retorno do Messias para estabelecer Seu reino terreno, ou seja, o reino milenar mencionado em Apocalipse 20:1–10. o monte da casa do SENHOR. A referência é ao Monte Sião, a localização do templo em Jerusalém. A expressão ocorre duas outras vezes no AT (2 Cr. 33:15; Mq. 4:1).
2:3 monte do SENHOR. Isaías frequentemente chama o Monte Sião de “monte santo” (11:9; 27:13; 56:7; 57:13; 65:11, 25; 66:20).
2:4 espadas em arados... lanças em foices. Com o Messias em Seu trono em Jerusalém, o mundo desfrutará de condições pacíficas ininterruptas. A guerra continuará a caracterizar a história humana até que o Príncipe da Paz (9:6) retorne à terra para acabar com ela.
2:6–4:1 Depois de um vislumbre do futuro glorioso de Judá (2:1–5), o profeta voltou ao presente (segunda figura de Jerusalém) para uma repreensão contundente de sua idolatria e do julgamento de Deus que ela evoca (cf..4:2–6).
2:6–9 Isaías declarou a acusação formal do Senhor contra o povo de Jerusalém.
2:6 caminhos orientais. Através de caravanas do leste, um influxo de superstições religiosas encheu Jerusalém e seus arredores.
2:8 cheio de ídolos. Jotão e Acaz, dois dos reis sob os quais Isaías profetizou, falharam em remover os altos idólatras da terra (2 Rs 15:35; 16:4).
2:10–22 Esta seção descreve as condições durante o futuro Dia do Senhor. Embora alguns elementos da descrição pudessem se encaixar no que Judá experimentou no cativeiro babilônico, a intensidade do julgamento predito aqui não poderia ter encontrado cumprimento naquela época. O período da Tribulação antes do retorno de Cristo será o tempo para esses horrores de julgamento.
2:12 o dia do SENHOR. A incontestável frase “Dia do Senhor “ aparece dezenove vezes no AT (Obad. 15; Joel 1:15; 2:1, 11, 31; 3:14; Amós 5:18, 20; Is. 2:12; 13:6, 9; Sof. 1:7, 14; Ez. 13:5; 30:3; Zc. 14:1; Mal. 4:5) e quatro vezes no NT (Atos 2:20; 1 Tessalonicenses 5:2; 2 Tessalonicenses 2:2; 2 Pedro 3:10) para expressar o tempo da extrema ira de Deus. O Dia do Senhor pode se referir a um julgamento futuro próximo (Ezequiel 13:5; 30:3) ou a um julgamento futuro distante (Zacarias 14:1; 2 Tessalonicenses 2:2). Duas expressões do Dia do Senhor ainda precisam ser cumpridas: (1) no final da septuagésima semana de Daniel (ver Joel 3:14; Mal. 4:5; 1 Tessalonicenses 5:2) e (2) no final de o Milênio (ver 2 Pedro 3:10). O Dia do Senhor pode ocorrer por meios providenciais (Ezequiel 30:3) ou diretamente pela mão de Deus (2 Pedro 3:10). Às vezes, o cumprimento próximo (Joel 1:15) prefigura o cumprimento distante (Joel 3:14); em outras ocasiões, ambos os tipos de cumprimento são incluídos em uma passagem (13:6, 9; Sf 1:7, 14). Aqui, Isaías olha para o cumprimento distante no final do tempo de angústia de Jacó (Jeremias 30:7). Veja as notas em Joel 1:15; 1 Tessalonicenses 5:2.
2:13 cedros do Líbano... carvalhos de Basã. Os cedros e carvalhos eram objetos de grande admiração para as pessoas dos tempos do AT (Sl 92:12; 104:16; Ez 27:6; 31:3). No entanto, mesmo esses impressionantes objetos criados enfrentariam a destruição por causa da rebelião humana.
2:19 buracos das rochas... cavernas da terra. Apocalipse 6:12, 15, 16 usa esta passagem e 2:21 para descrever a fuga do homem dos terrores da Tribulação durante o período antes do retorno pessoal de Cristo à terra. Isso mostra que o cumprimento final dessa profecia será durante a septuagésima semana de Daniel.
2:22 Separem-se. Isso chama os leitores a parar de depender de outros humanos e a confiar apenas em Deus, o único que é digno.