Resumo de Salmos 73

Salmo 73

Este salmo, junto com os outros dez que se seguem, leva o nome de Asafe no seu título. Se ele foi mesmo o seu autor (como muitos consideram), é correto chamá-los de salmos de Asafe. Mas se ele foi somente o cantor-mor, a quem estes salmos foram entregues, a nossa leitura marginal está correta, pois, segundo ela, estes seriam “salmos para Asafe”. É provável que ele os tenha mesmo escrito; pois temos conhecimento de que as palavras de Davi e Asafe, o vidente, eram utilizadas para louvor no tempo de Ezequias, 2 Crônicas 29.30. Apesar de o Espírito de profecia, por intermédio dos cânticos sacros, tenha se manifestado, primordialmente, em Davi, que é, por isso, denominado de “o suave em salmos de Israel”, Deus também derramou um pouco deste Espírito sobre as pessoas que o circundavam. Este salmo tem um amplo espectro de uso; ele nos fornece um relato do conflito que o salmista teve com uma forte tentação para invejar a prosperidade dos ímpios. Ele começa o seu relato com um princípio sagrado, ao qual ele se apegou firmemente e por meio do qual ele se manteve firme e apresentou o seu argumento, v. 1. A seguir, ele nos relata: I. A forma como entrou em tentação, v 2-14. II. A forma como saiu dela e conquistou a vitória sobre ela, v. 15-20. III. O estado em que ficou em meio à tentação e como foi sustentado durante este período, v. 21-23. Se, ao cantar este salmo, nos fortalecermos a nós mesmos contra as tentações da vida, estaremos fazendo um bom uso dele. As experiências das outras pessoas devem nos servir de instrução.

Notas de Estudo:

73:1–28 Este salmo ilustra os resultados de permitir que a fé em Deus seja enterrada sob a autopiedade. O salmista ficou deprimido quando comparou a aparente prosperidade dos ímpios com as dificuldades de viver uma vida justa. A partir do versículo 15, entretanto, sua atitude muda completamente. Ele olha para a vida sob a perspectiva de estar sob o controle de um Deus santo e soberano, e conclui que são os ímpios, não os justos, que erraram.

I. Perplexidade sobre a prosperidade dos ímpios (73:1–14)
A. Sua prosperidade (73:1-5)
B. Seu orgulho (73:6–9)
C. Sua presunção (73:10–14)

II. Proclamação da Justiça de Deus (73:15-28)
A. Sua perspectiva (73:15-17)
B. Seus julgamentos (73:18–20)
C. Sua orientação (73:21–28)

73: Título. Asafe. Asafe era um levita que liderava um dos coros do templo (1 Crônicas 15:19; 25:1, 2). Seu nome é identificado com o Salmo 73–83 e também com o Salmo 50 (Veja a nota no Salmo 50: Título). Ele escreveu esses salmos, ou seu coro os cantou, ou coros posteriores na tradição de Asafe os cantaram.

73:4 sem dores em sua morte. Os ímpios parecem passar a vida com boa saúde e depois morrer sem dor.

73:9 língua anda pela terra. O discurso insolente dos ímpios pode ser ouvido em qualquer lugar que se vá.

73:10 são drenados por eles. Os que se associam ao ímpio “bebem” tudo o que ele declara (cf. Sl 1).

73:11 há conhecimento no Altíssimo? Os ímpios insistem em viver como se Deus não fosse onisciente e não soubesse o que acontece na terra.

73:17 santuário de Deus. Enquanto o salmista adorava a Deus no centro de adoração, ele começou a entender a perspectiva de Deus sobre o destino dos ímpios. Este é o ponto de virada do salmo.

73:20 desprezam sua imagem. Os ímpios são como um pesadelo que a gente esquece assim que acorda. Seu bem-estar é passageiro.

73:22 como um animal diante de Ti. O salmista confessa seu pecado de avaliar a vida secular e sem fé.

73:27 O salmista conclui que aqueles que abandonam Deus e tentam viver uma vida autônoma baseada em ídolos escolhidos por si mesmos acabarão suportando a morte eterna.

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