Resumo de Salmos 75

Salmo 75

Apesar de este salmo ser, no seu título, atribuído a Asafe, ele encaixa-se de maneira tão exata com as circunstância vividas por Davi, no momento da sua ascensão ao trono, depois da morte de Saul, que a maioria dos intérpretes o atribuem àquela conjuntura e supõem que ele tenha sido mesmo escrito por Asafe, na pessoa de Davi, como o seu poeta laureado (provavelmente, o conteúdo do salmo tenha sido algum pronunciamento que Davi fez em alguma reunião dos estados, na sua cerimônia de entronização, e Asafe o tenha transformado em versos e publicado na forma de poema, para uma maior divulgação das suas palavras no meio do povo), ou que o próprio Davi o tenha escrito e entregue a Asafe, que era o regente do coro do Templo. Neste salmo: I. Davi agradece a Deus por elevá-lo ao trono, v. 1-9. II. Ele promete entregar-se ao bem público, fazendo uso do poder que Deus lhe havia concedido, v. 2, 3, 10. III. Ele confirma a insolência daqueles que se opõem à sua chegada ao trono, vs. 4, 5. IV. Ele encontra um motivo para tudo isso no domínio soberano de Deus sobre os assuntos dos filhos dos homens, vs. 6-8. Ao cantar este salmo, devemos dar glória a Deus por todas as revoluções que ocorrem nos estados e nos reinos, crendo que todas acontecem segundo o seu conselho e que Deus fará com que todas operem para o bem da sua igreja.

Notas de Estudo:

75:1–10 Neste salmo, a comunidade crente afirma que, apesar da turbulência física, moral e social, Deus nunca perde o controle do universo. Ele dá estabilidade à vida terrena e julgará os ímpios no tempo apropriado. Estruturalmente, o salmo gira em torno de três metáforas: as colunas da terra (v. 3); chifres (vv. 5, 6, 11); e o cálice da ira de Deus (v. 8).

I. Estabilidade Divina do Universo (75:1–3)

II. Justiça Divina sobre o Mundo (75:4-10)

75: Título Não Destrua. Veja a nota no Salmo 57: Título.

75:1 Seu nome está próximo. O nome de Deus representa Sua presença. A história das intervenções sobrenaturais de Deus em favor de Seu povo demonstrou que Deus era pessoalmente imanente. Mas os santos do AT não tinham a plenitude da presença de Deus por meio da habitação permanente e pessoal do Espírito Santo (cf. João 14:1, 16, 17; 1 Coríntios 3:16; 6:19).

75:3 Eu estabeleci seus pilares firmemente. Em tempos incertos, Deus estabiliza as sociedades por meio de Sua graça comum.

75:4 Não levante a buzina. O chifre simbolizava a força e a majestade de um animal ou humano (cf. Deuteronômio 33:17; Amós 6:13; Zacarias 1:18–21). Levantar o chifre aparentemente descrevia um animal teimoso que se impedia de entrar em um jugo mantendo a cabeça o mais alto possível. A frase, assim, simbolizava insolência ou rebelião.

75:8. O cálice da ira descreve o julgamento de Deus que Ele força goela abaixo dos ímpios (cf. Jó 21:20; Isaías 51:17; Jeremias 25:15–29; Mateus 20:22; 26:39).

75:10 chifres... cortar. Cortar os chifres dos ímpios seria humilhá-los (cf. v. 4).


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