Resumo de Jeremias 23
Jeremias 23
Jeremias 23 aborda os falsos profetas e pastores corruptos de Judá. Deus condena os líderes que enganaram o Seu povo com as suas falsas profecias e idolatria. Deus promete reunir e restaurar Seu rebanho disperso, levantando pastores justos que cuidarão deles. Estes pastores conduzirão o povo de volta a Deus e garantirão a sua segurança e bem-estar. Deus também prediz a vinda de um Renovo justo, um descendente de Davi, que reinará como um rei justo e sábio. O capítulo termina com uma advertência contra falar falsamente em nome de Deus e um lembrete de que a palavra de Deus é como um fogo e um martelo que quebra a rocha.
O capítulo destaca temas de falsos profetas, liderança e restauração. A condenação dos falsos profetas e pastores reflete a preocupação de Deus por Seu povo e Seu desejo de vê-los guiados com retidão e verdade. A promessa de um Renovo justo aponta para a vinda do Messias, que cumprirá o papel do rei ideal. Jeremias 23 enfatiza a importância de discernir mensagens verdadeiras e falsas, o papel dos líderes em guiar o povo de Deus e o plano final de Deus para redenção e restauração.
Profecia do Rei Justo (23:1–8)
Os governantes (pastores) são condenados por não cuidarem do povo de Deus. Mas Deus restaurará um remanescente de Seu povo e lhes dará pastores fiéis. Ele levantará o Messias para ser seu Rei. Uma advertência não muito popular, mas necessária, é dada a nós, cristãos, nesta passagem de Kelly:
É claro que esta profecia aponta para o Messias, o Senhor Jesus. Mas o Messias é o Senhor Jesus não tanto em relação a nós quanto a Israel. É importante manter isso firme. Não perdemos fazendo isso. Muitas pessoas têm a ideia de que, se essas profecias não forem aplicadas aos cristãos e à igreja, perderemos algo. Honestidade é sempre a melhor política. Você não pode tirar algo de seu vizinho sem perder muito mais do que seu vizinho perde. Sem dúvida, ele pode ter uma pequena perda, mas você terá uma perda terrível. Como isso é verdade nas coisas naturais, tanto mais é verdade nas coisas espirituais. Você não pode fraudar Israel em uma fração de sua porção, sem empobrecer-se imensamente. (Kelly, Jeremiah, p. 48, 49.)
No versículo 5, o Messias é chamado de Renovo (ou Filho) de Davi. Em Zacarias 3:8, Ele é “Meu servo, o RENOVO”. Em Zacarias 6:12, Ele é apresentado como “O Homem … o Renovo”. E em Isaías 4:2, Ele é “O Renovo do Senhor”. Estes correspondem às quatro maneiras pelas quais Cristo é apresentado nos Evangelhos - como Rei, Servo, Filho do Homem e Filho de Deus.
“O SENHOR JUSTIÇA NOSSA” ou Jeová-Tsidkenu (v. 6) é um dos sete nomes compostos de Jeová.27 M'Cheyne escreveu um excelente hino baseado em sua crescente apreciação pelo Senhor sob este título:
JEOVÁ TSIDKENU
O Senhor Justiça Nossa
Uma vez fui um estranho à graça e a Deus,
Eu não conhecia meu perigo e não senti minha carga;
Embora amigos falassem em êxtase de Cristo no madeiro,
Jeová Tsidkenu não era nada para mim.
Costumo ler com prazer, para acalmar ou envolver,
A medida selvagem de Isaías e a página simples de João;
Mas mesmo quando eles imaginaram a árvore salpicada de sangue,
Jeová Tsidkenu não parecia nada para mim.
Como as lágrimas das filhas de Sião que rolam,
Chorei quando as águas cobriram Sua alma;
No entanto, não pensei que meus pecados tivessem pregado na árvore
Jeová Tsidkenu — não era nada para mim.
Quando a livre graça me acordou, pela luz do alto,
Então os medos legais me abalaram, tremi para morrer;
Nenhum refúgio, nenhuma segurança em mim eu poderia ver—
Jeová Tsidkenu deve ser meu Salvador.
Todos os meus terrores desapareceram diante do doce nome;
Meus medos culpados banidos, com ousadia eu vim
Beber na fonte, vivificante e gratuito—
Jeová Tsidkenu é tudo para mim.
Jeová Tsidkenu! meu tesouro e orgulho,
Jeová Tsidkenu! Eu nunca posso me perder;
Em Ti conquistarei pela inundação e pelo campo—
Meu cabo, minha âncora, minha couraça e escudo!
Mesmo trilhando o vale, a sombra da morte,
Esta palavra de ordem deve reunir minha respiração vacilante;
Pois enquanto da febre da vida meu Deus me liberta,
Jeová Tsidkenu será minha canção de morte.
— Robert Murray M'Cheyne
Deus será conhecido como Aquele que trouxe o povo de volta à terra.
H. Profecia contra os falsos profetas de Judá (23:9–40)
23:9–22 O restante do capítulo 23 é uma denúncia solene dos profetas mentirosos, tanto de Israel quanto de Jerusalém. Estes últimos continuaram a prometer paz, mas se tivessem ouvido a Palavra de Deus, saberiam que o Seu julgamento era inevitável e que continuaria até que os propósitos divinos fossem cumpridos. Eles falaram sem comissão divina.
23:23–29 O Deus onipresente e onisciente denuncia os sonhos dos profetas, que levaram as pessoas à idolatria. Seus sonhos eram palha em comparação com a palavra de Deus, que é como trigo nutritivo, e também como fogo e um martelo.
23:30–32 O SENHOR é contra esses profetas mentirosos. Yates os descreve bem:
Eles eram profissionais que afirmavam estar falando com autoridade divina, mas na verdade estavam dando declarações de mentiras e enganos. Jeremias lança três acusações contra eles. Ele diz que eles eram realmente imorais, que não conheciam a Deus e que não tinham nenhuma mensagem para o povo. Eles eram descuidados com as responsabilidades sagradas e rebaixaram os padrões morais do povo pela participação ativa no pecado. Seu conhecimento de Deus estava em um nível inferior. Não compreendendo Sua natureza santa, eles pensaram e pregaram que Ele não poderia abandonar Israel. (Yates, Preaching, p. 146.)
Eles ainda estão muito conosco.
23:33–40 Aparentemente, o povo estava zombando de Jeremias perguntando “Qual é o fardo (oráculo)29 do SENHOR?” O profeta deveria responder que eles mesmos eram Seu fardo e que Ele iria rejeitá-los. Deus os proibiu de usar a palavra “fardo” (oráculo) mais em tom de brincadeira. Se eles desobedecerem, Ele os punirá severamente.
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