Resumo de Jeremias 8

Jeremias 8

O profeta prossegue, nesse capítulo, engrandecendo e justificando a destruição que Deus trazia sobre seu povo, para mostrar o quanto ela seria lamentável, e ainda assim, justa. I. Ele descreve os juízos que viriam como sendo tão terríveis que a morte pareceria algo a ser muito temido e, apesar disso, muito desejado (vv. 1-3). II. Ele agrava a infeliz tolice e voluntariedade desse povo, como sendo aquilo que lhes tinha trazido essa destruição (vv. 4-12). III. Ele descreve a grande confusão e consternação em que se encontraria toda a terra, com o alarme da destruição (vv. 13-17). IV. O profeta está profundamente afetado por ela, e a considera com muita sinceridade (vv. 18-22).

Resumo de John Gill

Neste capítulo 8, o profeta continua denunciando graves calamidades sobre o povo dos judeus; tal que tornaria a morte mais elegível do que a vida; e isso por causa de sua idolatria, Jeremias 8:1 e também por causa de seus hediondos retrocessos em outros aspectos, e continuidade neles, Jeremias 8:4 da mesma forma sua impenitência e estupidez, Jeremias 8:6 sua vaidade de si mesmos e sua própria sabedoria; sua falsa interpretação das Escrituras e sua rejeição da palavra de Deus, Jeremias 8: 8, sua cobiça, pela qual se diz que suas esposas e campos deveriam ser dados a outros, Jeremias 8:10, sua bajulação do povo e sua impudência, por causa disso, ruína e consumo, e uma explosão em suas videiras e figueiras, estão ameaçados, Jeremias 8:11, sua consternação é descrita, fugindo para suas cidades defendidas; por sua triste decepção na expectativa de paz e prosperidade; e a aproximação próxima de seus inimigos; devorando sua terra, e tudo nela; que são comparados a serpentes e cocatrizes que não podem ser encantadas, Jeremias 8:14 e o capítulo é encerrado com as expressões de tristeza e preocupação do profeta por seu povo, por causa de sua angústia que sua idolatria lhes trouxe; e por causa de seu estado e condição sem esperança e aparentemente irrecuperáveis, Jeremias 8:18.

Notas de Estudo:

8:1 traga os ossos.
Os conquistadores saqueariam todos os túmulos para obter tesouros e depois humilhariam os judeus espalhando os ossos dos ricos e honrados em espaços abertos como um tributo à superioridade de seus deuses (v. 2).

8:4 Jeremias falou do instinto natural de uma pessoa que cai para se levantar, e de uma pessoa que sai para voltar; mas Judá não possuía esse instinto.

8:7 O instinto das aves migratórias as leva com infalível regularidade a retornar a cada primavera de suas casas de inverno. Mas o povo de Deus não retornará, embora o inverno da ira divina esteja chegando.

8:16 Dan. O território dessa tribo ficava na fronteira norte da terra onde a invasão começaria e varria o sul.

8:17 enviar serpentes. Esta é uma imagem figurativa dos vencedores da Babilônia.

8:19 país distante. Este é o clamor dos judeus exilados que virão depois que forem levados cativos para a Babilônia. Eles vão se perguntar por que Deus permitiu que isso acontecesse com sua terra e seu povo.

8:20–22 não somos salvos. A devastação que se aproxima é comparada com a angústia sem esperança quando o tempo da colheita já passou, mas as pessoas ainda precisam desesperadamente. Jeremias se identificou com o sofrimento de seu povo (v. 21) como um homem de lágrimas (cf. 9:1), mas viu uma condenação tão pronunciada que não havia remédio reconfortante. Não havia bálsamo curativo, do tipo que havia em abundância em Gileade (a leste do mar da Galiléia), e nenhum médico para curar (cf. Gn 37:25; 43:11).

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