“Conheceram que estavam nus...” — Gênesis 3:7b

Gênesis 3:7b

Conheceram que estavam nus... O efeito de abertura da autoconsciência foi automático. O véu da inocência foi removido dos olhos espirituais dos homens. Este segundo efeito resulta imediatamente da consciência da culpa, culpa por uma nudez que ninguém os havia ensinado ser errado, pois estar nu é o estar natural de indivíduos que foram criados em meio a natureza, junto a outro animais. Eles agora tomam nota de que sua culpa está exposta à vista. Eles imaginam que há uma testemunha de sua culpa em toda criatura, e eles concebem a aversão que deve produzir no espectador. Na sua experiência infantil, eles se esforçam para esconderem-se, pois sentem estar cobertas de todo o rubor de vergonha.

Aqui, nos tornamos a pausar por um momento para podermos marcar qual era a natureza precisa da primeira transgressão. Foi claramente desobediente a um comando expresso e bem compreendido do Criador. Não importa o que era a natureza do comando, uma vez que não poderia ser diferente do certo e puro. Quanto mais simples e fácil é o que foi ordenado, mais culposo é o ato de desobediência. Mas qual foi o comando? Simplesmente abster-se do fruto de uma árvore, que foi designada a árvore do conhecimento do bem e do mal, com pena de morte. Já vimos que esse comando surgiu da necessidade de uma legislação imediata. A atração especial, no entanto, de que a árvore proibida apresentou-se, não era sua excelência para o apetite ou o agrado dos olhos, uma vez que estes eram comuns a todas as árvores, mas seu suposto poder de conferir conhecimento moral àqueles que participaram dela e, de acordo com a explicação da serpente, tornando-os como Deus neste importante respeito.

Bibliografia

Reyburn, W. D., & Fry, E. M. (1997). A Handbook on Genesis. UBS handbook series (p. 85). New York: United Bible Societies.
Pfeiffer, C. F. (1962). The Wycliffe Bible Commentary: Old Testament (Gn 3:7). Chicago: Moody Press.