Estudo sobre Romanos 7:24-25

Romanos 7:24-25

O que foi arrastado faz ressoar seu lamento: Desventurado homem que sou! De acordo com Rm 8.1, o trecho em análise está posto sob o título “condenação”: Minha desgraça, em última análise, é culpa minha. A letra da lei foi proferida e me “executou” como com uma guilhotina: “Portanto, és indesculpável, ó homem” (Rm 2.1; 1.20). Acrescenta-se uma exclamação em forma de indagação: Quem me livrará do corpo desta morte? Todavia, a pergunta: “Quem?” não conta esperançoso com alguém, mas já traz em si a resposta: não há ninguém! Não sei de mais ninguém, não tenho mais futuro! A pergunta, pois, nada mais faz que gritar seu desespero. O que começa no “eu”, jamais conduz à liberdade. O corpo, por Deus criado maravilhosamente para Deus, está marcado para a execução judicial (cf o exposto sobre Rm 6.23). Essa é a desgraça do ser humano: Não vive sem vontade, mas, impotente, encaminha-se para a morte sob acusação indesculpável.

Nesse momento brota do cristão Paulo um “graças!” a Deus: Graças (seja) a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Para ele há salvação à vista, pois Rm 8.1-4 já está em seus pensamentos.

Depois dessa exclamação interposta, continua falando o eu de Rm 7, dando o arremate na sua miséria. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado. Essa sentença de lamentação encontra em Gl 2.20 um contraste de júbilo. Lá um “eu” diferente confessa: Cristo vive em mim, e eu vivo com toda a minha constituição de criatura (“na carne”) para esse Cristo! Aqui, porém, ouvimos: Nada de bom vive em mim, sou dominado tenazmente pela lei do pecado. A boa lei de Deus é mera letra para mim (v. 6). Ela se estende até o meu querer, mas não até o realizar. Sua fraqueza é flagrante.

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