Mateus 4:18-22 — Comentário Católico

Mateus 4:18-22 — Comentário Católico

O Chamado dos Discípulos (4,18-22)

Mateus segue fielmente Marcos nesta perícope (1,16-20). 18. Pedro: Mateus antecipa o episódio posterior, em que Jesus dá o nome de Petros a Simão (16,18), a forma grega para o aramaico kêpã’, “rocha” (daí Cefas, cf. Jo 1,42; Pensamento do NT, 81:138). A pesca na Galileia era bastante próspera e exportava seus produtos a uma distância considerável. 19. segui-me: isto é linguagem técnica de um mestre que se dirige a seus discípulos. Contudo, Jesus vai além do relacionamento comum de discípulo-mestre ao tomar a iniciativa. Reunir discípulos é o ato de Jesus que mais se aproxima da fundação de uma igreja antes da crucificação (cf. 16,17-19). pescadores de homens: esta figura pode ser proverbial, derivada da atividade deles, ou literária (Jr 16,16). É uma das duas imagens principais para o ministério no NT; a outra, do pastor, é menos missionária em termos de conotação direta. 20. deixando imediatamente as redes, o seguiram: que Jesus esperava uma obediência rápida e radical de seus seguidores pode ser visto em 8,21.22. Contudo, este relato pode ter sofrido uma compressão extrema; na realidade pode ter havido a possibilidade de um crescimento psicológico na atração, o que tornaria mais compreensível uma decisão tão importante (cf. Jo 1,35-51). Na tradição posterior, as redes foram compreendidas como um símbolo dos enredamentos mundanos. 21. Com os filhos de Zebedeu, o círculo dos íntimos está completo (cf. 17,1-8). Mateus enfatiza “irmãos” aqui e no v. 18, porque seu interesse está neste aspecto como tema da vida em comunidade. 22. o seguiram: seguir a Jesus, às vezes, significa romper com os laços da família, mas Jesus se opõe à negligência dos pais em idade avançada (15,4-6).