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Comentário Devocional
Isaías 11

Isaías 11 — Comentário Devocional

Isaías 11

Isaías 11 apresenta uma visão profética de um futuro governante ideal, muitas vezes referido como o “Ramo de Jessé” ou o “Messias”, que trará um reinado de paz, justiça e retidão.

O capítulo começa descrevendo as qualidades e atributos deste futuro governante. Ele será capacitado pelo Espírito do Senhor, imbuído de sabedoria, entendimento, conselho, poder, conhecimento e temor do Senhor. Estas qualidades permitir-lhe-ão governar com retidão e tomar decisões justas.

O capítulo continua a pintar um quadro vívido do reino pacífico sob a liderança deste governante ideal. Prevê uma coexistência harmoniosa entre animais tradicionalmente inimigos, simbolizando um mundo livre de violência e hostilidade. O reinado do Messias é retratado como um tempo de conhecimento universal de Deus, onde a terra estará cheia do conhecimento do Senhor.

Isaías 11 enfatiza valores morais como justiça, retidão, paz e o papel de um governante justo. Ela prevê um mundo onde as divisões e conflitos sociais sejam reconciliados, e a busca pelo conhecimento de Deus leve à harmonia e à unidade. O capítulo é frequentemente visto como uma profecia messiânica nas tradições judaica e cristã, e oferece uma visão esperançosa de um futuro marcado pelo poder transformador de um governante justo e correto.

Comentário Devocional

11.1-9 A Assíria seria como uma árvore que derrubada no auge de seu poder (10.33,34), jamais se levantaria novamente. Judá (a linhagem real de Davi) seria como a árvore que foi cortada e reduzida a um tronco. Mas deste tronco um novo rebento nasceria — o Messias. Ele seria maior que a árvore original e produziria muito mais frutos. O Messias é o cumprimento da promessa de Deus de que um descendente de Davi remaria para sempre (2 Sm 7.16).

11.3-5 Deus julgará com equidade e verdade. Como podemos esperar receber dos outros um tratamento justo, se não agirmos com eles do mesmo modo? Odiamos aqueles que baseiam o seu julgamento na aparência, nas falsas evidências ou nos boatos. Mas será que também não somos rápidos ao julgar os semelhantes, usando os mesmos padrões? Apenas Cristo pode ser perfeitamente justo em seu julgamento. Somente quando Ele governar nosso coração, poderemos ser tão justos no tratamento que dispensamos aos outros e que esperamos deles para conosco.

11.4.5 Judá tornara-se uma nação corrupta, e achava-se cercada por potências estrangeiras hostis. A nação necessitava, desesperadamente, do reavivamento da fidelidade, da virtude e da justiça. Precisava abandonar o egoísmo e tratar os pobres e oprimidos com justiça. A virtude que agrada a Deus exige mais que evitar o pecado; voltar-se ativamente aos demais e oferecer-lhes a ajuda necessária.

 11.6-10 Uma era de ouro ainda está por vir; um tempo de paz, quando as crianças brincarão com animais outrora perigosos. Nada disso aconteceu na primeira vinda de Cristo. Por exemplo, a natureza ainda não recuperou o equilíbrio e a harmonia que se espera (ver Rm 8.9-22). Esta perfeita tranquilidade só será possível quando Cristo reinar sobre a terra.

 11.11 Quando esse remanescente do povo de Deus retornará à sua terra? Muitas vezes, as profecias do AT aplicam-se tanto ao futuro próximo como ao distante. A nação de Judá logo seria exilada na Babilônia, e um remanescente retornaria a Jerusalém, no ano 538 a.C., através de um cerco de Ciro. Entretanto, nos séculos seguintes, o povo de Deus seria dispensado por todo o mundo. Esses locais representam os quatro cantos do mundo conhecido da época — Hamate, ao norte: Egito, ao sul; Assíria e Babilônia, a leste; e as ilhas do mar, a oeste. Finalmente, o povo do Deus será outra vez reunido, quando Cristo vier para reinar sobre a terra.

11.14 Edom. Moabe e Amom eram três nações que faziam fronteira com Judá (juntamente com a Filístia). Quando Judá foi derrotada, essas três nações regozijaram-se e tomaram-lhe as terras.

11.15,16 Isaías está falando a respeito de um novo ou segundo êxodo, quando Deus trouxer seu povo de volta a Judá, e o Messias vier para governar o mundo. O Senhor secou as águas do mar Vermelho para que os israelitas pudessem atravessá-lo ao dirigir-se à Terra Prometida (Êx 14). Também secou as águas do rio Jordão para que a nação pudesse chegar à sua terra (Js 3). Deus novamente proverá para o seu povo o caminho de volta.