Isaías 53 — Comentário Devocional
Isaías 53
Isaías 53 é frequentemente referido como a passagem do “Servo Sofredor” e é reconhecido por sua descrição profética do sofrimento sacrificial do Messias e seu significado na teologia cristã.
O capítulo começa com uma descrição do sofrimento e da rejeição do Servo do Senhor. O Servo é retratado como alguém desprezado e rejeitado pelos outros, suportando suas tristezas e dores.
A passagem continua com a ideia de que o sofrimento do Servo não se deve aos seus próprios pecados, mas sim às transgressões dos outros. O sofrimento do Servo é retratado como um sacrifício substitutivo que traz cura e perdão.
O capítulo prossegue descrevendo o silêncio do Servo diante do sofrimento e do tratamento injusto. Apesar disso, o sofrimento do Servo leva à sua exaltação e à aceitação do seu sacrifício.
Isaías 53 tem sido amplamente interpretado como uma profecia messiânica no Cristianismo, com o sofrimento e a morte sacrificial do Servo sendo vistos como um prenúncio da crucificação de Jesus Cristo. O capítulo é frequentemente citado no Novo Testamento para enfatizar a natureza redentora da morte de Cristo e o cumprimento das profecias do Antigo Testamento.
O capítulo destaca temas de sofrimento, expiação substitutiva e redenção. Transmite a mensagem de que o sofrimento do Servo tem um significado espiritual profundo e provoca o perdão dos pecados. O capítulo sublinha o princípio de que o plano de salvação de Deus envolve a oferta sacrificial do Servo em nome da humanidade. Serve como uma reflexão poderosa sobre o significado da morte de Cristo e seu impacto no relacionamento entre Deus e a humanidade.
Comentário Devocional
O orador muda de Deus para Israel em 53:1, e a nação continua falando através das três estrofes do corpo do poema (53:1-9). Israel fala da perspectiva de finalmente entender a identidade do Servo após muitos anos de rejeição. Este é o Israel penitencial, finalmente reconhecendo o Messias há muito rejeitado. Em uma passagem paralela, Zacarias prevê que, quando Israel finalmente reconhecer o Messias, a nação se arrependerá com grande luto (Zc 12:10). As palavras nesta seção expressam apropriadamente esse luto e arrependimento. No corpo da música, o penitente Israel apresenta três razões para não reconhecer o Messias no passado.53.1ss - Este capítulo continua a falar sobre o Messias. Jesus Cristo, que sofreria pelos pecados da humanidade. Esta profecia é espantosa! Quem poderia acreditar que Deus escolheria um servo humilde e sofredor para salvar o mundo, e não um glorioso rei? Essa ideia contraria o orgulho e a forma de pensar dos seres humanos. Muitas vezes Deus opera através de meios que não esperamos. A força do Messias é revelada por sua humildade, sofrimento e misericórdia.
53.2 - Não havia nada de belo ou majestoso na aparência física desse servo. Israel menosprezaria a sua importância, julgando-o como um homem comum. Embora o grande número de seguidores de Jesus não fosse atraído por sua aparência, Ele traria a cura e a salvação. Muitos enganam-se em relação à importância da vida e obra do Senhor Jesus Cristo. Tais pessoas necessitam de que os cristãos fiéis lhes mostrem a extraordinária natureza de Jesus.
53.3 - Esse homem de dores era — e ainda hoje é — desprezado e rejeitado por muitos. Alguns rejeitam a Cristo ao colocar-se contra Ele. Outros desprezam não só a Ele como a sua grande dádiva: o perdão. Você o aceita, rejeita ou despreza?
53.4, 5 - Como poderia uma pessoa do AT compreender a ideia de Cristo morrer pelos nossos pecados, isto é, suportar o castigo que nós merecemos? Os sacrifícios sugerem essa ideia, mas uma coisa é matar um cordeiro, e outra muito diferente é pensar no servo escolhido de Deus como sendo o próprio cordeiro. Entretanto, Deus estava abrindo a cortina do tempo para que as pessoas da época de Isaías olhassem à frente, e vissem o futuro sofrimento do Messias, bem como o perdão resultante que se tornaria disponível a toda humanidade.
53.6 - Isaías fala sobre Israel ter se afastado de Deus e compara o povo a ovelhas que vagueiam sem rumo. Ainda assim, Deus enviou o Messias para trazê-los de volta ao aprisco. Temos a percepção necessária para enxergar e reconhecer a identidade do Messias prometido, que veio para morrer pelos nossos pecados. Mas se conhecemos a obra de Jesus e ainda assim o rejeitamos, nosso pecado é muito maior que o dos antigos israelitas, que não podiam ver tudo o que já vimos. Você já entregou sua vida a Jesus Cristo, o “bom Pastor” (Jo 10.11-16), ou ainda se comporta como uma ovelha errante?
53.7-12 - No AT, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Aqui, o imaculado Servo do Senhor oferece a si mesmo pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro (53.7) oferecido pelos pecados da humanidade (Jo 1.29; Ap 5.6-14). O Messias sofreu por nós, suportando os nossos pecados, para que nos tornássemos aceitáveis a Deus. O que podemos dizer diante de tanto amor? Como responderemos a ele?
53.11 - Este versículo descreve a grande família dos crentes que se tornaram justos, não por seus méritos ou obras, mas pela grande obra do Messias na cruz. Foram justificados porque aceitaram a Cristo, o Servo Justo, como seu Salvador e Senhor (ver Rm 10.9; 2 Co 5.21). Sua vida de pecado foi retirada, e agora estão revestidos da bondade de Deus (Ef 4.22-24).
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