Yahweh versus Marduque: Teologia Criacionista

Introdução

O livro explora a teologia da criação em Isaías 40-55, comparando Yahweh, o Deus de Israel, com Marduk, a principal divindade da Babilônia. A análise se concentra em como a teologia bíblica da criação desafia e contrasta com a cosmovisão babilônica, especialmente no contexto do exílio israelita.

Capítulo 1: A Imagem de Deus e a Idolatria
O autor inicia com uma análise de Gênesis 1:26, destacando a criação do ser humano à imagem e semelhança de Deus. Ele argumenta que a rejeição dessa imagem resulta na idolatria, onde as pessoas passam a refletir o caráter dos deuses que adoram. O texto enfatiza que a adoração a Yahweh transforma o adorador, enquanto a idolatria leva à degradação.

Capítulo 2: O Debate Entre Yahweh e Marduk
Este capítulo examina como Isaías 40-55 constrói um debate entre Yahweh e Marduk, questionando a legitimidade do domínio babilônico e apresentando Yahweh como o verdadeiro Criador e soberano do universo. O autor destaca como a profecia de Isaías ridiculariza os ídolos babilônicos, contrastando sua impotência com o poder de Yahweh.

Capítulo 3: Criação e Soberania Divina
A teologia da criação em Isaías é analisada como uma afirmação da soberania de Yahweh sobre todas as nações. O autor explora a relação entre criação e salvação, argumentando que Yahweh não apenas criou o mundo, mas também está ativamente redimindo Israel. Essa concepção se opõe à narrativa babilônica, onde Marduk cria o mundo através da violência e do caos.

Capítulo 4: Yahweh como Redentor
O livro destaca a importância de Yahweh como Redentor de Israel, conectando a criação com a libertação do exílio. Diferente da visão babilônica, onde os deuses exigem servidão dos humanos, Yahweh é apresentado como um Deus que age em favor do seu povo. A libertação de Israel é um ato criador, paralelo ao Gênesis.

Capítulo 5: A Criação e o Servo Sofredor
O autor discute a figura do Servo Sofredor em Isaías e sua relação com a teologia da criação. Ele argumenta que a missão do Servo é restaurar a ordem divina, funcionando como um agente da nova criação. Isso contrasta com a mitologia babilônica, onde o poder é conquistado pela força e destruição.

Conclusão
O livro conclui enfatizando que a teologia da criação em Isaías 40-55 é uma poderosa resposta ao domínio babilônico. Yahweh é apresentado como o verdadeiro Criador, Redentor e Rei, enquanto Marduk e os ídolos babilônicos são expostos como ilusões impotentes. A teologia de Isaías visa renovar a fé de Israel e reafirmar sua identidade em meio ao exílio.