João 6:14-15 — Comentário de John Gill

6:14 Então aqueles homens,… Os cinco mil homens, que tinham alimentado com os pães e os peixes:

Quando tinham visto o milagre que Jesus tinha realizado;… Em alimentar tantas pessoas assim, com tão pouca quantidade de comida; e multiplicar as provisões alimentícias de tal maneira prodigiosa, que depois de terem comido até o excesso, ainda sobrou a ponto de enche muitas cestas com os fragmentos:

Disseram: esse é certamente o profeta que devia vir ao mundo;… Querendo dizer aquele profeta, que Moisés falou em Deut. 18:15; porque os antigos Judeus entendiam essa passagem como se referindo ao Messias, embora os modernos apliquem ela a ouros; veja notas de Gill em Atos 3:22. E esses homens concluíram que Jesus era o profeta, ou o verdadeiro Messias, dos milagres que ele operou; na qual ele parecia, não apenas com Moisés, mas como alguém mais do que ele.

6:15 Quando Jesus, portanto, percebeu,… Como sendo o Deus onisciente, que conhecia os corações de todos os homens, e os segredos dos pensamentos e os propósitos deles; ou, como homem, entendido por suas palavras e gestos:

Que eles viriam e o tomariam a força e o fariam um rei;… Que eles tinham “determinado”, como a versão Árabe verte; ou “tinha isso em suas mentes”, como a Persa; para se achegarem a ele como um só homem, e se apoderarem deles de uma maneira violenta, quer ele fosse ou não; e proclamar ele como o Rei Messias; colocar ele como cabeça sobre eles, para livrá-los do julgo na nação Romana, e estabelecerem com um reino temporal, na qual eles poderiam esperar grandes vantagens seculares: e eles poderia ter pensado e tomado esse passo, visto que, por esse milagre, eles não duvidariam que ele seria capaz de montar um super exercito para obter vitória sobre seus inimigos; porque, um homem que é capaz de fazer tal milagre, o que mais ele não poderia realizar?

Ele partiu novamente para a montanha, ele só;... Ele deixou a companhia, por causa do que eles tinham intentado fazer e nem sequer levou os seus discípulos com ele, que eram da mesma maneira de pensar sobre um reino temporal, como as pessoas, e poderia os encorajar neste empreendimento: o monte que Cristo foi, muito provavelmente era o mesmo que ele estava antes; as razões da sua partida era para prevenir a tentativa deles; mostrar que o reino dele não era deste mundo; ensinar para os seus seguidores a abandonar a honra e riquezas deste mundo por ele; e os deixar saber que esses que só buscavam um redentor temporal, eram desmerecedores da sua presença: e também ele foi embora apenas por causa de um descanso privado, e oração privada; e pode ser principalmente, que ele orou para que Deus abrisse as mentes destes homens, e particularmente os seus discípulos; que poderiam lhes convencer das suas noções enganadoras a respeito dele como um príncipe temporal: algumas cópias somam, “e ele orou lá”; as versões Siríaca, Etíope, e Persa omitem a palavra “novamente”; e a posterior, ao contrário de todas as outras vertem “Cristo partiu da montanha sozinho”.

Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible