Comentário de João 11:39

11:39 - Jesus disse: retirai a pedra,... Isto ou foi dito aos judeus, ou antes, aos criados que vieram com Marta e Maria; e isto que ele ordenou, não foi para facilitar a rcomentario do evangelho de João, comentario biblicoessurreição, ou meramente para abrir caminho para Lázaro: aquele que podia ordenar que ele viesse para fora, também poderia ter ordenado que a pedra saísse, mas ele escolheu que ela fosse removida deste modo, para que o cadáver pudesse ser visto, e até mesmo cheirado; e que poderia ser manifesto, que não havia nenhuma falácia, nem qualquer armação entre ele, e as irmãs do defunto sobre esse assunto: esta ordem estava ao contrário de uma regra dos judeus que proibiam a abertura de uma sepultura depois que fosse fechada (h); mas alguém maior do que os pais das tradições estava aqui, sim, aquele que tem as chaves do inferno, ou sepultura, e pode abrir, ou ordenar a ela que seja aberta, quando ele se agrada:

Marta, a irmã do morto: Ou seja, de Lázaro, como a versão Persa expressa, chamando-o, “Gazaro”.

Disse-lhes: Senhor, ele já deve estar cheirando mal;... Ou cheirando; não que ela percebeu isto ao mover a pedra, mas ela concluiu isto do tempo que ele tinha estado morto, e jazia na sepultura, na qual os corpos mortos normalmente putrefaziam e cheiravam: se ela disse isto por respeito ao seu irmão, enquanto estando ela pouco disposta que ele devesse ser exposto à visão das pessoas, em tal estado de corrupção, que ela sabia que ele devia já estar agora; ou se por respeito a Cristo, para que ele não devesse ser incomodado com o cheiro ofensivo, não podemos saber: porém, parece como se ela não tivesse nenhuma noção de que Cristo estava a ponto de trazer a vida o seu irmão dentre os mortos; e que a pedra foi ordenada para ser removida por este propósito, não somente para uma visão do morto, mas para que o morto pudesse ser visto vindo vivo para fora da sepultura: ela apenas imaginava que Cristo queria que a pedra fosse removida, para que ele pudesse ter uma visão do seu amigo falecido, o que ela pensou que seria muito desagradável e enjoado; assim que ela tinha esquecido o que Cristo tinha dito a ela, e tinha perdido aquele pequeno exercício de fé e espera que ela parecia ter com respeito à ressurreição do seu irmão. As armações da alma, e atos de graça, são coisas muito mutáveis, e incertas; e especialmente quando o raciocínio carnal favorece.

Pois ele já estava morto fazia quatro dias;... Ele tinha estado já todo esse tempo na sepultura, João 11:17. A palavra "morto" não está no texto; ele poderia ter estado muito mais tempo morto; embora os judeus normalmente enterrassem no mesmo dia que uma pessoa morria: porém, o sentido aqui é que ele tinha estado já muito tempo na sepultura; e assim a versão Persa verte: "pois já era o quarto dia que ele estava na sepultura"; no texto original está, "ele é um de quatro dias"; tantos dias que ele tinha estado na casa designada para todos os viventes; tanto tempo ele tinha estado afastado da visão dos homens, e tinha estado dentro de um outro mundo, e tinha começado outra era, e quatro dias tinham se passado desde então; ele já tinha tantos dias de idade de acordo com isso: de forma que o semblante dele foi mudado, ele não foi ajustado para ser visto, nem para ser aproximado dele; nem havia qualquer esperança dele voltar a vida. Os judeus (i) dizem que "por três dias a alma vai para a sepultura, achando que o corpo pudesse voltar; mas quando via a figura da face mudada, ia embora, e o deixava, como é dito, Jó 14:22. ''Assim de Jonas estando três dias e três noites na barriga da baleia, eles dizem (k): "estes são os três dias que um homem está na sepultura, e permanece no intestino da terra; e depois de três dias é virado para a corrupção na sua face.'' Consequentemente, eles não permitem que ninguém dê testemunho de que um morto está morto, que ele é tal, a não ser depois de três dias, porque então o semblante dele é mudado (l), e ele não pode ser reconhecido bem.”



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Notas

(h) Apud Buxtorf Lex. Rab. col. 437.
(i) Bereshit Rabba, sect. 100. fol. 88. 2. & T. Hieros. Moed Katon, fol. 82. 2.
(k) Zohar em Exod. fol. 78. 2.
(l) Misn. Yebamot, c. 16. sect. 3. & Maimon. Jarchi, & Bartenora em ib. & Maimon. Hilchot Gerushim, c. 13. sect. 21. T. Bab. Yebamot, fol. 120. 1. & Gloss. em ib.