Comentário de João 18:21-22
18:21 - Por que me indagas?... Ele parece surpreso com a conduta do sumo sacerdote, que ele devia colocar essas questões a ele, que estava amarrado diante dele; que foi trazido para lá como um criminoso, e mesmo assim eles não tinham razão nenhuma para lhe fazerem essas perguntas; nem deveria ser pensado que qualquer coisa que ele falasse como evidência de sua inocência seria levado em consideração pelas pessoas que esta ao seu redor.
Pergunte aos que me ouviram, o que eu disse-lhes;... Ele apela para seus ouvintes, muitos dos quais estavam, então, presentes; e estes seus inimigos, mesmo o seu pior inimigo, tão claro que era o seu caso, tão livre estava a sua doutrina de sedição e blasfêmia, de modo que ele era inocente em toda a sua conduta e comportamento, que ele mesmo submete o seu caso para ser investigado e determinado por aquilo que seus ouvintes devessem dizer dele, e estes não são os amigos, mas os seus inimigos; ver Isa. 50: 8;
Eis que eles… Ou estes…
Sabem o que eu tenho dito;… Apontando para algumas pessoas presentes, talvez os próprios oficiais que tinham sido enviados para prendê-lo, mas voltara sem ele, declarando que homem algum falou assim com ele.[1]
18:22 - E tendo ele então falado,… O que era tão correto e lógico, nem irá ou paixão:
Um dos agentes que ali estava;... Pode ser um daqueles que tinham sido enviados a ele e que tinha sido um ouvinte dele, a quem Jesus poderia ter apontado, quando ele disse as palavras acima, na qual ele pôde ter se sentido provocado: e, portanto...
Deu uma bofetada em Jesus;... Ou lhe deu uma batida com uma vareta, ou golpeou-o com um cajado, como alguns pensam, é o sentido da frase, embora a Siríaca concorde com a nossa versão, que lê-lo, ele o golpeou, על לועוהי, “no rosto”, deu a ele, aquilo que vulgarmente chamada, uma bofetada no rosto, e que é sempre uma grande afronta, e foi um traço de grosserias e insolência ao último grau neste homem:
Dizendo, respondes assim ao sumo sacerdote? Isto disse ele, assim como deu o golpe, quer por lisonja para com o sumo sacerdote, ou para livrar-se de ser considerado um partidário de Cristo, que, por aquilo que tinha sido dito, ele achou que iriam suspeitar dele: alguns têm o pensamento de que foi Malco, cuja orelha Cristo tinha curado; se assim for, ele era culpado de grande ingratidão.
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Notas
[1] Cf. João 7:45, 46. N do T.