Cristologia na Teologia Paulina


Cristologia na Teologia Paulina
TEOLOGIA PAULINA, CRISTOLOGIA, ESTUDOS BIBLICOS(Veja: Enciclopédia Bíblica Online)


Começamos, então, com a didática do maior dos escritores do Novo Testamento, o apóstolo Paulo, e com uma das passagens em que ele mais plenamente mostra a sua concepção da pessoa de seu Senhor, Fl 2:5-9. Mesmo aqui, porém, Paulo não está formalmente expondo a doutrina da pessoa de Cristo; ele está apenas fazendo alusão a certos fatos relativos à sua pessoa e ações, muito bem conhecido por seus leitores, a fim de que ele possa transmitir uma aplicação por meio do exemplo de Cristo. Ele está exortando seus leitores à generosidade, altruísmo, como ter em maior estima os outros do que nós mesmos, e não levar em consideração apenas as nossas próprias coisas, mas também as dos outros. Precisamente este altruísmo, declara ele, foi exemplificado pelo nosso Senhor. Ele não olhou para suas próprias coisas, mas as coisas dos outros, isto é, Ele não pensou apenas nos seus direitos, mas estava disposto a renunciar a tudo o que Ele poderia ter justamente reivindicado para Si, pelo bem dos outros. Porque, diz Paulo, embora, como todos sabemos, em sua natureza intrínseca, Ele não era nada menos que Deus, mas Ele não olhou, como todos sabemos muito bem, avidamente sobre sua condição de igualdade com Deus, não fez qualquer consideração de si mesmo, mas tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens, e, sendo encontrado em forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, a morte da cruz. A declaração é apresentada em forma histórica, que conta a história da vida de Cristo na terra. Mas apresenta sua vida sobre a terra como uma vida em que todos os seus elementos estranhos à sua natureza intrínseca, assumiram apenas no desempenho de um fim altruísta. Ele viveu na Terra como um homem e se sujeitou ao destino comum dos homens. Mas não era por natureza um homem, nem estava em sua própria natureza sujeita à sorte da vida humana. Por natureza era Deus, e Ele teria, naturalmente, vivido como Deus – “em sua igualdade com Deus.” Ele se tornou homem por um ato voluntário, “não levou em conta a si mesmo”, e, tornando-se homem, voluntariamente Ele viveu a Sua vida humana sob as condições que o cumprimento de sua finalidade altruísta lhe são impostas.


Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General