Estudo das Palavras de M. Vincent: João 2:5-10
2:5 - Aos serventes (διακονοις)
Veja em Mat 20:26; veja em Mar 9:35.
2:6 - Potes de água (υδριαι)
Usado por João apenas, e apenas no Evangelho, João 2:7; 4:28. Potes de água é literalmente correto, quanto a palavra, ela vem de υδωρ, água.
De pedra
Porque é menos susceptível de impureza, e, portanto, prescrito pelas autoridades judaicas para a lavagem antes e após as refeições.
De acordo com os modos de purificação, etc.
Ou seja, dos costumes de purificações entre os Judeus.
Contando (χωρουσαι)
De χωρος, um lugar ou espaço. Portanto, abrir caminho, ou dar espaço, e assim, ter uma espaço ou lugar para ocupar algo.
Almudes (μετρητας)
Apenas aqui no Novo Testamento. De μετρεω, medir; e, portanto, provavelmente, um medidor. Uma medida de líquidos contendo aproximadamente nove galões.
2:7 - Enchei (γεμισατε)
Compare com Mar 4:37, e veja em Luc 14:23.
2:8 - Tirai (αντλησατε)
De αντλος, o porão de um navio onde fica a água do esgoto, e, portanto, a própria água de esgoto. O verbo, portanto, originamente significa tirar a água do navio;[1] portanto, tirar água como de um poço (João 4:15). Canon Westcott acredita que a água que foi transformada em vinho não foi tirada dos vasos de purificação, mas aquele que os servos foram ordenados, depois que eles encheram os vasos com água, para continuar tirando do poço ou fonte.
Governante da festa (αρχιτρικλινω)
De αρχω, ser o principal, e τρικλινον, Latim, triclinium, Um salão de banquetes com três sofás (ver em Mar 6:39). Alguns explicam a palavra no sentido de o superintendente da Câmara de banquetes, um funcionário cuja função era organizar as mesas e os cursos, e saborear a comida com antecedência. Outros no sentido de um dos convidados selecionados para presidir ao banquete de acordo com o uso Greco-romano. Esta última parece ser apoiada por uma passagem de Eclesiástico (35:1, 2): “Fizeram-te rei (do festim)? Não te envaideças com isso. Sê no meio dos outros como qualquer um deles. Ocupa-te com eles e em seguida senta-te. Não tomes lugar à mesa, senão após cumpridos os teus deveres.” De acordo com os costumes gregos e romanos, o príncipe da festa foi escolhido por jogo de dados. Assim, Horácio, e seu amigo Sestius, diz, moralizando sobre a brevidade da vida: “Em breve a casa de Plutão será tua, nem lancarás sorte para com a presidência do vinho”. Prescreveu as proporções de vinho e água, e também pode aplicar multas por falhas de adivinhar enigmas, etc. Como o sucesso da festa depende em grande parte dele, sua seleção foi uma questão de alguma delicadeza. Platão diz: “Não deveríamos nomear um homem sóbrio e sábio para ser nosso mestre dos festins? Pois, se o governante dos bebedores for ele próprio jovem e bêbado, e não sábio, apenas por uma boa e grande sorte será ele livrado do mal” (“Leis,” 640). A palavra ocorre apenas aqui e em João 2:9. Wyc. simplismente transcreve: architriclyn.
2:10 Já tem bebido bem (μεθυσθωσι)
Wyc., Estar cheio. Tynd., Estar bêbado. A AV e Tynd. são melhores do que o Rev. quando os homens já estão embriagados. O governante da festa significa que quando o paladar dos convidados tornaram-se menos sensível através de indulgência, uma qualidade inferior de vinho era oferecido. Em todos os casos de seu uso no Novo Testamento, a palavra significa intoxicação. A tentativa dos defensores da teoria do vinho não fermentado, para negar, ou enfraquecer neste sentido, citando o jardim bem regado (Isa 58:11; Jer 31:12) dificilmente requer comentário. Poderíamos responder citando Platão, que usa βαπτιζεσθαι, para ser batizado, por estar bêbado (“Simpósio”, 176). Na Septuaginta o verbo ocorre repetidamente para regar (Sal 65:9, 10), mas sempre com a sensação de encharcamento ou imersão, de estar bêbado ou farto com água. Em Jer 48:26 (LXX 31:26), encontra-se no sentido literal, embriagar-se. O uso metafórico da palavra passou para a gíria comum, como quando um homem bêbado é dito estar molhado ou encharcado (para Platão, ver acima). O uso figurativo da palavra na Septuaginta tem um paralelo no uso de ποτιζω, dar de beber, para expressar a rega dos terrenos. Assim Gen 2:6, uma névoa regava a face da terra, ou dava-lhe de bebida. Compare com Gen 13:10; Deut 11:10. Um curioso uso da palavra ocorre em Homero, onde ele está descrevendo o alongamento do coro do touro, a fim de torná-lo mais elástico, e que é encharcado (μεθυουσαν) com gordura (“Ilíada”, XVII. 390).
Pior (ελασσω)
Literalmente, menor. Implicando tanto a inferioridade e fraqueza. Pequeno aparece no mesmo sentido em Inglês, como small-beer.
Tens guardado (τετηρηκας)
Veja em 1Ped 1:4.
____________
Notas
[1]O verbo em inglês é bale out que significa “remover (água) de um barco.”
Fonte: Vincent's Word Studies, de Marvin R. Vincent, D.D. Baldwin Professor de Literatura Sagrada na Union Theological Seminary de Nova Iorque. (1886)
Veja em Mat 20:26; veja em Mar 9:35.
2:6 - Potes de água (υδριαι)
Usado por João apenas, e apenas no Evangelho, João 2:7; 4:28. Potes de água é literalmente correto, quanto a palavra, ela vem de υδωρ, água.
De pedra
Porque é menos susceptível de impureza, e, portanto, prescrito pelas autoridades judaicas para a lavagem antes e após as refeições.
De acordo com os modos de purificação, etc.
Ou seja, dos costumes de purificações entre os Judeus.
Contando (χωρουσαι)
De χωρος, um lugar ou espaço. Portanto, abrir caminho, ou dar espaço, e assim, ter uma espaço ou lugar para ocupar algo.
Almudes (μετρητας)
Apenas aqui no Novo Testamento. De μετρεω, medir; e, portanto, provavelmente, um medidor. Uma medida de líquidos contendo aproximadamente nove galões.
2:7 - Enchei (γεμισατε)
Compare com Mar 4:37, e veja em Luc 14:23.
2:8 - Tirai (αντλησατε)
De αντλος, o porão de um navio onde fica a água do esgoto, e, portanto, a própria água de esgoto. O verbo, portanto, originamente significa tirar a água do navio;[1] portanto, tirar água como de um poço (João 4:15). Canon Westcott acredita que a água que foi transformada em vinho não foi tirada dos vasos de purificação, mas aquele que os servos foram ordenados, depois que eles encheram os vasos com água, para continuar tirando do poço ou fonte.
Governante da festa (αρχιτρικλινω)
De αρχω, ser o principal, e τρικλινον, Latim, triclinium, Um salão de banquetes com três sofás (ver em Mar 6:39). Alguns explicam a palavra no sentido de o superintendente da Câmara de banquetes, um funcionário cuja função era organizar as mesas e os cursos, e saborear a comida com antecedência. Outros no sentido de um dos convidados selecionados para presidir ao banquete de acordo com o uso Greco-romano. Esta última parece ser apoiada por uma passagem de Eclesiástico (35:1, 2): “Fizeram-te rei (do festim)? Não te envaideças com isso. Sê no meio dos outros como qualquer um deles. Ocupa-te com eles e em seguida senta-te. Não tomes lugar à mesa, senão após cumpridos os teus deveres.” De acordo com os costumes gregos e romanos, o príncipe da festa foi escolhido por jogo de dados. Assim, Horácio, e seu amigo Sestius, diz, moralizando sobre a brevidade da vida: “Em breve a casa de Plutão será tua, nem lancarás sorte para com a presidência do vinho”. Prescreveu as proporções de vinho e água, e também pode aplicar multas por falhas de adivinhar enigmas, etc. Como o sucesso da festa depende em grande parte dele, sua seleção foi uma questão de alguma delicadeza. Platão diz: “Não deveríamos nomear um homem sóbrio e sábio para ser nosso mestre dos festins? Pois, se o governante dos bebedores for ele próprio jovem e bêbado, e não sábio, apenas por uma boa e grande sorte será ele livrado do mal” (“Leis,” 640). A palavra ocorre apenas aqui e em João 2:9. Wyc. simplismente transcreve: architriclyn.
2:10 Já tem bebido bem (μεθυσθωσι)
Wyc., Estar cheio. Tynd., Estar bêbado. A AV e Tynd. são melhores do que o Rev. quando os homens já estão embriagados. O governante da festa significa que quando o paladar dos convidados tornaram-se menos sensível através de indulgência, uma qualidade inferior de vinho era oferecido. Em todos os casos de seu uso no Novo Testamento, a palavra significa intoxicação. A tentativa dos defensores da teoria do vinho não fermentado, para negar, ou enfraquecer neste sentido, citando o jardim bem regado (Isa 58:11; Jer 31:12) dificilmente requer comentário. Poderíamos responder citando Platão, que usa βαπτιζεσθαι, para ser batizado, por estar bêbado (“Simpósio”, 176). Na Septuaginta o verbo ocorre repetidamente para regar (Sal 65:9, 10), mas sempre com a sensação de encharcamento ou imersão, de estar bêbado ou farto com água. Em Jer 48:26 (LXX 31:26), encontra-se no sentido literal, embriagar-se. O uso metafórico da palavra passou para a gíria comum, como quando um homem bêbado é dito estar molhado ou encharcado (para Platão, ver acima). O uso figurativo da palavra na Septuaginta tem um paralelo no uso de ποτιζω, dar de beber, para expressar a rega dos terrenos. Assim Gen 2:6, uma névoa regava a face da terra, ou dava-lhe de bebida. Compare com Gen 13:10; Deut 11:10. Um curioso uso da palavra ocorre em Homero, onde ele está descrevendo o alongamento do coro do touro, a fim de torná-lo mais elástico, e que é encharcado (μεθυουσαν) com gordura (“Ilíada”, XVII. 390).
Pior (ελασσω)
Literalmente, menor. Implicando tanto a inferioridade e fraqueza. Pequeno aparece no mesmo sentido em Inglês, como small-beer.
Tens guardado (τετηρηκας)
Veja em 1Ped 1:4.
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Notas
[1]O verbo em inglês é bale out que significa “remover (água) de um barco.”
Fonte: Vincent's Word Studies, de Marvin R. Vincent, D.D. Baldwin Professor de Literatura Sagrada na Union Theological Seminary de Nova Iorque. (1886)