Sangue — Ensinos do Novo Testamento
Como na transição dos antigos para a prática hebraica, assim do Antigo ao Novo Testamento, vemos uma exaltação da concepção de sangue e cerimônias de sangue. Na aliança de Abraão o seu próprio sangue devia ser derramado. Mais tarde um animal devia derramar seu sangue como expiatório (Lev 5:6; ver Expiação), mas deve sempre haver um derramamento de sangue. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Heb 9:22). A exaltação e dignificação desta ideia encontram o seu maior desenvolvimento, em seguida, no derramamento de sangue vicário de Cristo (1João 1:7). Tal como no Antigo Testamento o suco de uvas também foi usado para significar o “sangue”, o substituto mais natural para o consumo de sangue seria o uso de vinho. Jesus aproveita isso e introduz o belo e significativo costume (Mat 26:28) de beber vinho e comer o pão como um símbolo da intertransfusão primitiva de sangue e de carne em uma promessa de amizade eterna (compare Exo 24:6, 7; João 6:53-56). Esta é a mais importante observância dos ritos de sangue registrados na Bíblia.
Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General