Autenticidade da Carta aos Romanos

Nenhuma suspeita sobre a autenticidade da Epístola aos Romanos existe de forma a precisarmos de uma séria consideração. Os sinais da influência da Epístola pode ser observada, pelo menos muito provavelmente, no próprio Novo Testamento; em 1 Pedro, e, como aluns pensam, em Tiago. Mas em nossa opinião Tiago era o escrito mais primitivo, e Lightfoot tem dado fortes razões para se acreditar que o capítulo sobre fé e justificação não tem referência à perversões dos ensinos Paulinos, mas lida com o rabinísmo. Clemente de Roma repetidamente cita Romanos, assim como Inácio, Policarpo, e Justino. Marcião a inclui na lista de Epístolas Paulinas, e é seguro dizer em geral que Romanos “tem sido reconhecido na igreja Cristã tanto quanto qualquer coleção das Epístolas Paulina em existência” (A. Robertson, em HDB, debaixo da palavra). Mas acima de qualquer outra evidência, ela testifica de si mesma. A composição de tal escrito, com seu próximo e complexo pensamento, seu poder e originalidade marcada de tratamento, sua notável moralidade, e sua elevação espiritual, não é nenhuma falha de uma impossibilidade moral. Uma poderosa mente bem como um grande coração vive em cada página, e uma alma extremamente sensível e sempre preocupado com a verdade e santidade. A personificação literária é uma arte que tem atingido a maturidade apenas em tempos modernos, certamente não antes do Renascimento. Na sua forma plenamente desenvolvida é dificilmente mais antiga do que o século 19. E mesmo agora, quem pode apontar a uma autororia conscientimente personalisada junto com um princípio de moral e propósito elevados?


Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General