Porque a Bíblia é Única?

EXATIDÃO, CONFIAR, BÍBLIA, ESTUDO BIBLICOS, TEOLOGICOS
Quão diferente é a Bíblia destas obras dos homens que foram escritas bem mais recentemente! Embora seja mais antiga, a sua exatidão textual a coloca numa classe exclusiva. Como foi que isto aconteceu? Como foi possível dar-se a transmissão da Bíblia por um período muito mais longo, e, ainda assim, com tamanha exatidão que podemos estar seguros da autenticidade de sua atual forma?

Primeiro, a maioria dos que copiaram a Bíblia, ou que ajudaram a copiá-la, nutriam grande respeito por ela e por seu Autor Divino. Sabe-se que os massoretas (um grupo de peritos bíblicos judaicos, que viveram entre os séculos VI e X EC) contavam meticulosamente cada letra de per si do texto da Bíblia, de modo a evitar cometer qualquer erro ou até mesmo omitir uma única letra sequer dos Escritos Sagrados. Este método fidedigno pode já ter sido usado até mesmo bem antes da época deles, a fim de evitar erros ao se copiar a Bíblia. Foi possivelmente com referência a este hábito dos copistas que Jesus disse, em seu Sermão do Monte: “Antes passariam o céu e a terra, do que passaria uma só letra menor ou uma só partícula duma letra da Lei sem que tudo se cumprisse.” — Mateus 5:18.

Este esforço, por parte dos copistas, de preservar a pureza e a exatidão do texto bíblico explica por que os Rolos do Mar Morto, do primeiro e segundo séculos AEC, contendo, entre outras coisas, o inteiro livro de Isaías, são quase que exatamente iguais ao texto que temos presentemente.

Segundo, a maioria destes peritos e copistas estava unicamente interessada no que se achava envolvido — na transmissão do texto sagrado — e não em obter algum crédito para si. Efetivamente, estes homens não raro sacrificaram a honra pessoal, os bens, a saúde, e até a própria vida, para certificar-se de que os manuscritos fossem corretamente copiados ou colocados em mãos de peritos que os utilizassem para ajudar a preservar o texto da Bíblia.

Constantino von Tischendorf, por exemplo, dispôs-se a enfrentar os riscos do deserto e de uma viagem através do ermo, em meados do século 19, a fim de obter um dos mais fidedignos manuscritos bíblicos do 4.° século. Já o tinha descoberto antes numa cesta de papéis a serem jogados fora, no mosteiro de Sta. Catarina, no monte Sinai.

Terceiro, muitos dos indivíduos tão intensamente interessados em transmitir com exatidão o texto da Bíblia sentiam grande amor pela Palavra de Deus. Como um escritor dos Salmos, deleitavam-se na Palavra de Deus e regozijavam-se em tornar disponível a outros o texto bíblico. — Salmo 1:1, 2.

Quarto, e o mais importante, não se deve desperceber que o Autor Divino da Bíblia inspirou a escrita original das Santas Escrituras. Forneceu aos homens que trabalhavam na Bíblia a ajuda decisiva de que precisavam para escrever as coisas que têm suscitado no homem as emoções mais profundas, e que têm ajudado a “endireitar as coisas” para ele. (2 Timóteo 3:16, 17) É lógico que Ele supervisionaria a transmissão fiel de sua Palavra até os nossos dias.

Gostaria de saber mais sobre estes homens que Deus empregou para assentar por escrito estas coisas fidedignas? Um artigo sobre os homens que escreveram a Bíblia será publicado num futuro artigo.


Obs: Essa matéria faz parte de uma série de artigos, começando com: Sabemos O Que a Bíblia Dizia Originalmente?