Jesus Cristo é Superior a Moisés — Hebreus 3:1-6


Jesus Cristo é Superior a Moisés — Hebreus 3:1-6
Jesus Cristo é Superior a Moisés 
(Leia Hebreus 3:1-6) 

Moisés foi o mediador humano do velho pacto; ele foi chamado para ser servo especial e sem paralelo do Senhor. Ver Nm 12.5-8. Os israelitas traçavam até ele seu senso de posição e chamada como povo consagrado de Deus. A irmandade Cristã é, semelhantemente, dedicada e chamada por intermédio de Jesus (Hb 2.11), o Mediador do novo pacto. Portanto, os crentes deveriam “considerar” (v. 1), isto é, fixar sua visão, sua constante atenção mental, em Jesus, a Quem têm confessado como seu Apóstolo e Sumo Sacerdote. Ele combina em Sua própria Pessoa ambos esses ofícios. Como Deus, Ele foi “enviado” a fim de revelar Deus aos homens; como Homem, Ele se tornou Sumo Sacerdote a fim de reconciliar os homens a Deus. Participais da vocação celestial (v. 1). Aqui temos um contraste subentendido com a herança terrestre que foi apresentada àqueles que saíram, do Egito sob a liderança de Moisés.

Cf. Sacerdócio de Cristo na Carta aos Hebreus
Cf. Tabernáculo Espiritual na carta aos Hebreus
Cf. Todos Devem se Encontrar com Deus
Cf. Tudo Está nas Mãos de Deus

Jesus se assemelha a Moisés em certo número de particulares. Deus O nomeou ou constituiu (v. 2); isto é, Sua posição e função foram divinamente constituídos (cfr. 1Sm 12.6). Ele foi fiel (v. 2). A esfera de Sua obra era a casa inteira de Deus (v. 4-6). Cfr. Nm 12.7. Jesus também ultrapassa Moisés e é digno de maior glória e honra do que este. Pois o Moisés fazia parte da casa na qual servia, sendo ele mesmo pertencente ao povo de Deus (v. 3). Mas Cristo é o edificador da casa, pois Cristo é o próprio Deus (v. 4). A tarefa declarada do rei ungido de Deus é edificar uma casa para Seu Nome (2Sm 7.13); e a Igreja que Jesus afirmou que edificaria é a “casa de Deus” ou novo “Israel” (cfr. 1Tm 3.15; Gl 6.16). Portanto, nós, os crentes, é que somos essa “sua casa” (v. 6). Outrossim, Moisés era meramente um servo nessa casa (v. 5). Mas Cristo é exibido como o Filho que dirige a casa de Seu Pai (ver 6). Ele é seu Cabeça; por virtude de Sua posição de Filho a casa é sua (6; cfr. Mt 1.21: “seu povo”). Note-se que Cristo é aqui chamado Filho em referência a Deus (cfr. Hb 1.2); há uma definida implicação de Deidade nisso. Novamente, o trabalho de Moisés era preparatório (v. 5); apontava para o que haveria de aparecer futuramente; testificava sobre a espécie de obra que seria realizada por Aquele que viria. Ver Dt 18.15-19. Cristo é o cumprimento de tudo quanto Moisés previu. Cristo não aponta para outro senão para Si mesmo. Não admira, pois, que esta epístola ressalta tanto o “Considerai atentamente Aquele” (Hb 3.1; Hb 12.3). Semelhantemente, a casa de Deus do Antigo Testamento, na qual Moisés serviu, apontava para a futura Igreja Cristã, a atual casa de Deus sobre a qual Cristo foi posto como Filho.

Na segunda metade do vers. 6 o pensamento se volta para a aplicação pessoal daquilo que acaba de ser dito. Esses privilégios só podem ser plenamente desfrutados se aqueles que tiverem abraçado a esperança que lhes foi exibida em Cristo, persistirem perseverantemente até que a sua esperança se torne em realidade. Precisam continuar nessa aberta confiança, e nesse exultante testemunho (“ousadia” e “exultação”) que são características do crente regenerado.