Significado de Êxodo 31
Êxodo 31
Êxodo 31 continua com instruções para a construção do tabernáculo e a nomeação de trabalhadores qualificados para realizar o trabalho. O capítulo começa com Deus falando a Moisés e informando-o de que havia escolhido Bezalel, filho de Uri, para supervisionar a construção do tabernáculo. Bezalel é descrito como sendo cheio do Espírito de Deus, sabedoria e entendimento em todos os tipos de obra.
Deus passa a designar Aoliabe, filho de Aisamaque, para auxiliar Bezalel na obra. Tanto Bezalel quanto Ooliabe são descritos como artesãos habilidosos, com habilidade para trabalhar em ouro, prata, bronze e madeira. Eles também recebem a habilidade de ensinar aos outros suas habilidades, para que o trabalho possa ser concluído de acordo com as instruções de Deus.
O capítulo termina com um lembrete de Deus de que o sábado deve ser observado como um dia santo de descanso e que todo aquele que trabalhar no sábado será condenado à morte. Este é um lembrete solene da importância de honrar os mandamentos de Deus e reservar um tempo para descanso e adoração.
Em resumo, Êxodo 31 fornece instruções para a nomeação de trabalhadores qualificados para realizar a construção do tabernáculo. Bezalel e Aoliabe são escolhidos por Deus por sua habilidade e habilidade para trabalhar em diversos materiais. Eles recebem a tarefa de supervisionar a construção do tabernáculo e ensinar aos outros suas habilidades. O capítulo termina com um lembrete da importância de observar o sábado como dia santo de descanso.
Comentário de Êxodo 31
Êxodo 31:2 Chamado por nome. O Senhor agora designou especificamente o homem que seria o principal artesão do tabernáculo. O nome Bezalel (hb. besal'el) significa na sombra de Deus. Hur, o avô de Bezalel, não deve ser confundido com o companheiro mais conhecido de Arão e Moisés (Êx 17.10:24.14).
Êxodo 31:3-5 E o enchi do Espírito de Deus. Esta maravilhosa expressão indica a obra do Espírito Santo nos tempos do Antigo Testamento. Temos familiaridade com a frase ficar cheio do Espírito Santo, que se revelou pelos discípulos no Pentecostes (At 2) e trouxe à existência a nova comunidade de fé, a Igreja. Entretanto, sempre negligenciamos a obra do Espírito entre os israelitas. Passagens como esta nos ajudam a ver a continuidade do trabalho de Deus entre Seu povo ao longo das gerações.
Neste caso, o Espírito concedeu poderes e dons únicos às pessoas encarregadas de moldar e construir o tabernáculo, beneficiando o santo e maravilhoso Deus. A ocorrência sequencial das palavras sabedoria, entendimento, ciência e invenções é similar à dotação em sete vezes do Espírito ao Rei vindouro (Is 11.2). Esse acúmulo de termos aparece no trecho em análise para destacar aos leitores a extrema importância da inclinação artística do tabernáculo, que demandou pessoas muito capacitadas e habilidosas investidas de poder único pelo Espírito Santo para o desempenho de suas tarefas.
Êxodo 31:6 O nome do principal assistente de Bezalel, Aoliabe, significa tenda do Pai (hb. 'oholi'ab). Ele descreve aquele que vive próximo a Deus, o Pai de Seu povo (Êx35.34; 36.1, 2; 38.23), ao qual se aplica a declaração tenho dado sabedoria ao coração. Na verdade, era o espírito da sabedoria falado em Êxodo 28.3 ou o Espírito de Deus, na sabedoria em Êxodo 31:3. Tal conhecimento era o dom divino que capacitava os artesãos para realizar suas santas tarefas.
Êxodo 31:7-11 Todas as instruções específicas a respeito dos elementos que comporiam o tabernáculo foram transmitidas para que os dois homens e seus muitos subordinados pudessem segui-las. O fato maravilhoso a contemplar é que eles tinham de executar essas tarefas não só se baseando em seu próprio talento (o dom dado por Deus), mas também na presença do Espírito de Deus trabalhando neles. Assim, o Espírito de Deus (v. 3) se preocupa com a vida das pessoas perante o Senhor e com os objetos separados para a adoração ao Deus vivo. Portanto, os artesãos (Êx 35.25) foram revestidos de poder pelo Espírito Santo para produzir as peças instruídas pelo Senhor.
Êxodo 31:12-18 Esta é uma passagem importante em Êxodo, pois foca na aliança de Yahweh com Israel no monte Sinai (Êx 19.5, 6; 24-l-8; 34.27, 28). A grande contribuição destes versículos é esclarecer o papel do sábado (Shabat) como um símbolo especial do concerto.
Êxodo 31:13, 14 A expressão meus sábados nos lembra que a separação do sábado para cultuar o Senhor foi uma ideia dele, e não uma invenção humana. Portanto, esses dias deviam ser mantidos em honra a Deus (Is 1.10-15), como um sinal, um lembrete, um memorial ou símbolo da aliança entre o Altíssimo e Seu povo perante as gerações vindouras.
O Sábado reservado para adorar o Todo-poderoso distinguia Israel de seus vizinhos pagãos, conceito este reforçado pela frase: para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. A finalidade do Shabat não era o descanso recreativo, mas sim a adoração a Deus. Aqueles que desconsideravam esse dia especial abriam caminho para a sua própria destruição, conforme a sentença será extirpado.
Êxodo 31:15-17 Nesta passagem o sábado é declarado como um sinal perpétuo entre o Senhor e Israel. A ideia da separação desse dia pode ser encontrada no padrão utilizado na criação: seis dias de trabalho e um dia de descanso.
Êxodo 31:18 Quando acabou de falar. Este versículo dramático lembra o leitor de que toda a seção, que começa em Êxodo 25.1, é um relato do divino encontro que Moisés viveu no monte (Êx 24.18;25.1). Quando o profeta retornou para o povo, ele escreveu o que ouvira e vira. O Espírito de Deus o guiou para se lembrar dos maravilhosos e complexos detalhes, das ideias e dos conceitos da sagrada adoração.
As duas tábuas de pedra, objetos similares aos usados nos antigos tratados, continham os Dez Mandamentos em cada uma delas. Ambas deveriam ser mantidas juntas perante o Senhor em Seu santo tabernáculo. A pedra enfatizava a pétrea Palavra de Deus. O dedo de Deus é um forte antropomorfismo (a atribuição de forma ou caráter humano a Deus) que sublinhava a divina origem da Lei.
Estudiosos de religião debatem há muito tempo acerca das ideias religiosas de Israel e de sua inigualável contribuição à civilização, colocando esse povo no mesmo patamar dos gregos, que desenvolveram a filosofia, e dos romanos, que mostraram uma genial organização e a grande construção de um império. Entretanto, essas comparações não vão ao encontro do objetivo das Escrituras. A Bíblia não fala de um povo genial, mas sim do dedo de Deus. Os Dez Mandamentos não foram um produto do ser humano, mas uma revelação do Senhor.
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