Agostinho — Estudo Bíblico
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Era descendente
de cartagineses. Sua vida e carreira coincidiram com a desintegração do Império
Romano do Ocidente. Aurélio Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354 D .C ., em
Tagaste, Norte da África, atualmente Souk-Ahras, na Argélia. Era filho de
Patrício, oficial romano, que continuou pagão até pouco antes de sua morte, e
de Mônica, uma cristã devota. Tinha um irmão chamado Navígio, e uma irmã,
Perpétua, que se tornou freira. Sua educação inicial envolveu gramática e
aritmética. Odiava o idioma grego, e nunca adquiriu qualquer conhecimento completo
do mesmo. Porém, conhecia profundamente a literatura latina. Sua formação e
meio ambiente pagãos influenciaram adversamente a sua formação.
Em cerca de 370,
a leitura da obra de Cícero, Hortensius,
causou-lhe profunda impressão e a partir de então voltou-se para a
filosofia. Continuou seus estudos em Cartago, onde vivia com um a amante, que
lhe deu um filho, Adeodato, em 371. Tomou-se maniqueu, e foi muito ativo como
membro da seita. Em 373-374, ensinou gramática em Tagaste; e então, durante
nove anos, dirigiu uma escola de retórica, em Cartago. Mudou-se para Roma, onde
estabeleceu uma escola similar. E ntão abandonou o maniqueísmo e tornou-se um cético.
Um ano mais tarde, fundou uma escola em Milão.
Conversão ao cristianismo. A filosofia
platônica libertou sua mente do paganismo crasso, dando-lhe razão para ter
esperanças em Deus e na alma. Um amigo, Simpliciano, e a sua própria mãe,
influenciaram-no profundamente no tocante à fé cristã. Finalmente, recebeu uma
experiência mística, na qual lhe foi dito: “Tolle, lege” (Toma, lê), quando ele
estava diante de um manuscrito do Novo Testamento, em Rom. 13:13,14. Isso lhe
conferiu convicção moral, e a sua conversão foi completa. Retornando a Tagaste,
em 388 ele vendeu seu patrimônio e distribuiu o dinheiro entre os pobres, conservando
consigo apenas uma casa, que transformou em uma comunidade monástica. Ele e
seus amigos viviam como monges. Entre os
primeiros membros do grupo estava Adeodato, seu filho, jovem de brilhante
intelecto. Mas o jovem logo faleceu, com dezenove anos. Agostinho não
tencionava tornar-se “padre”, mas as circunstâncias e a sua própria convicção
levaram-no exatamente nessa direção. Assim, em 391, foi ordenado na cidade
próxima de Hipona (moderna Anaba, na Argélia).
Em 395-396, foi
ordenado bispo auxiliar de Hipona, e pouco depois, já era o bispo da diocese. Mostrou
ser um hábil administrador, pregador, polemista, correspondente, e acima de
tudo, autor, cujos escritos exerceram vasta influência em sua época, como até hoje
o fazem. Os últimos anos de sua vida foram assinalados por desastres e guerras,
quando se esboroou o império romano. Em agosto de 420 (serviu como bispo pelo espaço
de quarenta anos), os vândalos, que marchavam para o oeste, após terem-se
apossado de Cartago, lançaram cerco a Hipona. Em meio ao assalto, a 28 de agosto
de 430, morreu Agostinho, na santidade e na pobreza em que vivera por tantos
anos. Os vândalos destruíram quase toda a cidade de Hipona, excetuando a
catedral e a biblioteca de Agostinho, que foram deixadas intactas. De acordo
com um a tradição, seu corpo repousa em Pávia, na Itália. A data de sua morte é
celebrada como sua festa. Ver sobre o Agostinianismo.