Altar de Incenso
Esse altar era um dos
móveis que havia no tabernáculo, no deserto. (Ver Êxodo 30:1-11). Tinha cerca de
meio metro de lado e um metro de altura, com pontas em forma de chifres, nos
quatro cantos. Era feito de madeira de acácia e recoberto de ouro. (Ver Êxo.
37:25-38). A fim de ser transportado, esse altar contava com argolas por onde
eram passadas as varas. O sumo sacerdote queimava incenso sobre o mesmo pela
manhã e à tardinha, todos os dias. Como é evidente, esse altar é chamado de “altar
de ouro”, em Êxo. 39:38, sendo assim distinguido do outro altar, maior e de
bronze, que ficava no meio do átrio descoberto. Ver o artigo geral sobre o
altar.
A posição do altar de
incenso, dentro do tabernáculo, parece ter sido dentro do santuário, diante da
arca da aliança (ver Êxo. 40:5 e Lev. 16:11-14), onde o sumo sacerdote aspergia
sangue uma vez por ano (ver Êxo. 30:10). No templo de Salomão, o altar de ouro
ficava dentro do Lugar Santo (ver I Reis 6:20,22). Mas, no terceiro templo,
parece ter sido posto do lado de fora do véu, embora ainda dentro do santuário
(ver Luc. 1:10). O trecho de Hebreus 9:3 parece dizer que esse altar ficava
dentro do Santo dos Santos, embora os intérpretes tenham disputado sobre a
questão da sua posição exata. (Ver as notas sobre essa questão no NTI, em Heb.
9:3). Como é óbvio, se esse altar ficasse no Santo dos Santos, nenhum sacerdote
poderia ter queimado incenso sobre o mesmo a cada manhã e cada fim de tarde,
pois ali somente o sumo sacerdote entrava, e isso apenas uma vez por ano, no
dia da expiação. Naturalmente, é possível que, com a passagem do tempo, a
posição desse altar fosse sendo modificada, como também as suas funções.
Uso metafórico. Esse altar era o lugar das orações, da
intercessão, do acesso a Deus por meio da oração, os mesmos sentidos que são
atribuídos ao próprio incenso. Ver o
artigo sobre esse assunto, bem como os trechos de Sal. 141:2; Mal. 1:11; Atos
10:4 e Apo. 4:8; 8:4.