O Messias Prometido do Novo Testamento
O Messias Prometido no Novo Testamento
A primeira pergunta que
devemos formular em relação ao Novo Testamento é: O Libertador prometido por
Deus no Antigo Testamento realmente veio? O Novo Testamento responde à pergunta
do Antigo Testamento com um retumbante “sim”! E Ele não é apenas um Libertador
humano comum, Ele é Deus que veio em carne. O Filho unigênito, Jesus, que
manifesta perfeitamente o Pai, para que o povo de Deus o possa conhecer e ser
libertado de seus pecados. O Novo Testamento concentra-se diretamente em Cristo.
Ele é a essência do Novo Testamento. Ele é o centro da mensagem do Novo
Testamento. Deus sempre teve um plano para a criação.
O Novo Testamento
ensina que, antes mesmo do princípio da história, Deus planejou enviar seu
Filho como ser humano para morrer pelos pecados de seu povo. Depois de Deus
criar o universo e a raça humana, Adão e Eva rebelaram-se contra o justo
governo do Senhor. Por isso, Deus chamou um povo especial para si mesmo em
Abraão. Por intermédio do descendente de Abraão, Jacó, ou Israel, a família
cresceu para ser uma grande nação. Depois, a maior parte dessa nação foi
destruída por exércitos invasores por causa de seus pecados; enquanto os
sobreviventes foram levados cativos, foram exilados, dispersos, e apenas parte
deles se reuniu de novo depois do exílio. Contudo, o plano de Deus permaneceu
firmemente no lugar em meio a tudo isso. Nesse remanescente aos pedaços seria
encontrado o Libertador por vir, o Ungido — em hebraico, o “Messias”; em grego,
o “Cristo”.
A coletânea de 27
livros que compõem o Novo Testamento começa com quatro relatos da vida desse
Messias — Jesus de Nazaré. Olhe o sumário de sua Bíblia. Sob o título Novo
Testamento, você encontra quatro livros no topo da lista — Mateus, Marcos,
Lucas e João. Depois desses quatros livros, tem um quarto — Atos dos Apóstolos.
Esses cinco livros afirmam que Jesus de Nazaré é o Messias. Esses livros, por
assim dizer, são documentários da vida de Jesus e defendem o a sua chamada
messiânica. Eles apresentam a seus leitores a incrível notícia de que o
Libertador prometido realmente veio! AquEle por quem o povo de Deus esperava,
veio! Quando Adão e Israel falharam e foram infiéis, Jesus provou ser fiel. Ele
resistiu às tentações. Ele levou uma vida sem pecado. Além disso, Jesus cumpriu
a promessa que Deus fez a Moisés de um profeta por vir (D t 18.15,18, 19).
Jesus cumpriu a promessa que Deus fez a Davi de um rei por vir (2 Sm 7.12,13).
Jesus cumpriu a profecia do Filho do Homem divino feita por Daniel (Dn
7.13,14). Esses quatro Evangelhos dizem que todas essas promessas e mais outras
foram cumpridas em Jesus de Nazaré.
Na verdade, de acordo
com João I, Jesus é a Palavra de Deus encarnada — o próprio Deus vivendo na
forma humana. Ao nos voltarmos para esses Evangelhos individualmente,
observamos que é provável que o Evangelho de Mateus tenha sido escrito por uma
comunidade judaica. Ele enfatiza o cumprimento das profecias do Antigo
Testamento em Jesus, bem como as muitas profecias a respeito do seu nascimento.
Mateus inclui cinco seções principais de ensinamento, cada uma delas mostra que
Jesus é o grande profeta prometido por Moisés. Talvez Marcos registre as
lembranças de Pedro.
O livro não diz isso,
mas várias coisas nele nos fazem pensar que Marcos compilou as lembranças de
Pedro a respeito de Jesus para os cristãos romanos, talvez por volta da época
em que Pedro foi morto por ser cristão. Talvez a igreja, ao ver os primeiros
apóstolos mortos, tenha desejado registrar fatos por escrito. O relato de
Marcos é o mais curto de todos os Evangelhos e talvez o mais antigo. Lucas, o
terceiro Evangelho, às vezes é chamado de Evangelho para os gentios. Lucas
enfatiza que o Messias não veio apenas para o povo judeu, mas para todas as
nações do mundo, e ele faz bom uso das profecias do Antigo Testamento que envolvem
essa promessa. Lucas também escreveu um segundo volume, o livro de Atos dos
Apóstolos. Esse livro é a “parte dois” da obra de Lucas. Atos dos Apóstolos mostra
como Jesus expandiu ativamente sua igreja por intermédio do seu Espírito.
Por isso, a obra de
Jesus — mesmo após sua crucificação, ressurreição e ascensão — continua à
medida que a igreja cresce e à medida que Deus estabelece essa nova sociedade.
Lucas conclui sua narrativa com a prisão de Paulo — embora este continue a
ministrar — em Roma. O quarto livro é o Evangelho de João, talvez o mais amado
dos Evangelhos. De alguma forma, ele é diferente dos outros Evangelhos. Ele não
ensina uma teologia diferente, mas enfatiza de forma especialmente evidente, a
identidade de Jesus como Messias e o fato de que o Messias é Deus. No capítulo
20, João afirma de forma explícita esse propósito para seu Evangelho: “Estes,
porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.31). Estes são os quatro
Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos. Eles iniciam o Novo Testamento
mostrando que as promessas feitas a respeito do Messias, no Antigo Testamento,
foram cumpridas em Cristo.
Eles proclamam as Boas
Novas de que Deus não só cumpre as promessas feitas ao seu povo do Antigo
Testamento, mas também a nós, se nos arrependermos de nossos pecados e
seguirmos seu Filho. Se a coletânea dos Evangelhos e de Atos dos Apóstolos o
impressiona apenas como um livro de histórias antigas um pouco mais embolorado,
você não os leu muito bem. Leia-os de novo. Acho que você descobrirá mais do
que imagina, da mesma forma que eu descobri quando, como agnóstico, comecei a lê-los
com todo cuidado. Os Evangelhos mostram que Jesus, o Messias, não é apenas
Senhor das pessoas que viveram dois mil anos atrás, mas é o Senhor que você
precisa na sua vida.