Explicação de Êxodo 34

Êxodo 34

34:1–9 Novamente Moisés sozinho foi chamado... ao Monte Sinai, desta vez com duas tábuas de pedra que ele mesmo havia preparado. Ali o Senhor se revelou como um Deus misericordioso e misericordioso, longânimo e abundante em bondade e verdade (vv. 6, 7).

Três palavras diferentes são usadas no versículo 7 para transgressão. A iniquidade tem a ver com perverter os caminhos do Senhor. Transgressão significa rebelião contra Deus. O pecado é literalmente “ofensa”, principalmente por errar o alvo que Deus estabeleceu. Todos eles transmitem a ideia de estar destituídos da glória de Deus (Rm 3:23). Todos os israelitas deveriam ter morrido por terem quebrado a lei de Deus, mas Deus os poupou em misericórdia. Moisés adorou o Senhor e implorou por Sua presença e graça com base na indignidade de Seu povo (vv. 8, 9).

34:10–17 Deus então renovou a aliança, prometendo fazer maravilhas para Israel ao expulsar os habitantes de Canaã. Ele os advertiu contra misturar-se com os pagãos ou adotar suas práticas idólatras. Asherim eram imagens obscenas, ou ídolos fálicos, símbolos de fertilidade. Porque Deus havia feito uma aliança com Seu povo, eles não deveriam fazer uma aliança com os habitantes da terra. É impossível estar unido a Deus e aos ídolos ao mesmo tempo (veja 1 Cor. 10:21).

34:18-27 Deus então repetiu as instruções sobre a Festa dos Pães Asmos (v. 18); a consagração do primogênito (vv. 19, 20); o sábado (v. 21); a Festa das Semanas e a Festa da Colheita (v. 22). Todos os homens deveriam comparecer perante o Senhor para as três festas anuais mencionadas em 23:14-17 (vv. 23, 24). Observe no versículo 24 que Deus prometeu controlar as vontades dos cananeus para que eles não tentassem tomar a propriedade dos judeus quando estes fossem a Jerusalém três vezes por ano. Depois de repetir outras regras (vv. 25, 26), o SENHOR ordenou a Moisés que escrevesse as palavras que acabara de falar nos versículos 11–26 (v. 27). Então o próprio Senhor escreveu... os Dez Mandamentos... nas tábuas de pedra (v. 28; cf. v. 1 e Deut. 10:1-40).

34:28–35 Depois de quarenta dias e quarenta noites na montanha, Moisés desceu com as duas tábuas na mão (vv. 28, 29a). Ele não sabia que seu rosto estava brilhando como resultado de estar na presença do Senhor (vv. 29b, 30). As pessoas tinham medo de se aproximar dele. Depois de entregar os mandamentos do Senhor a Israel, ele colocou um véu no rosto (vv. 31–33). O versículo 33 (NKJV) diz “E quando Moisés acabou de falar …” em vez de “Até …” (KJV). Paulo explica em 2 Coríntios 3:13 que Moisés cobriu seu rosto para que o povo não visse a glória desvanecida da lei, a dispensação legal.

Notas Adicionais:

34.1-9 Este encontro sagrado no qual Deus revelou a essência da Sua natureza foi feito no tempo e no lugar marcado por Deus (2), e precedido pela necessidade de pôr em dia os estragos causados pelo pecado humano (1), (onde vemos que Moisés tinha de consertar os danos causados por sua ira - 32.19 - especialmente porque esta ira foi fruto do pecado do povo). Só aquele que Deus vocacionou pôde tomar parte de um momento tão sagrado (3). Então Deus passou perante Moisés, revelando Seu Ser, v. 6. Seu nome é Deus, o Criador e Senhor (que é a forma de escrever o nome indizível daquele que se revela pessoalmente aos seus servos, como Redentor). Sua paciência, graça e misericórdia se revelam nos adjetivos compassivo, longânimo, misericordioso e fiel, e muitos outros são revelados no Seu perdão aos seres humanos rebeldes, ingratos, pecaminosos, embora não haja em Deus qualquer falta de justiça ou de autoridade que o torne incapaz de reconhecer, julgar e punir o pecado (7). Se Deus perdoa o pecado, mas não inocenta o culpado, compreendemos ser necessário que Deus nos desse Seu Filho em sacrifício para expiar as nossas culpas, que custariam a nossa destruição eterna. Ante revelação de tamanha bondade, Moisés torna a pedir a presença divina entre Seu povo (9).

34.10 Uma aliança. Assim como a presença de Deus fora revelada com milagres no meio do Seu povo, no Egito, em prol dos israelitas e contra seus perseguidores, agora também, a repetição da presença de Deus pleiteada por Moisés, v. 9, seria uma coisa terrível. Haveria milagres para despertar o temor, a reverência e para a destruição dos idólatras pagãos de Canaã (11-16).

34.12 Cilada. Os israelitas iam entrar num lugar de cultura elevada, com cidades, agricultura e uma religião organizada, etc. Seria fácil para descendentes de escravos, depois de longos anos no deserto, simploriamente abraçar a organização de Canaã. A todo custo deveriam evitar a cilada de aceitar o paganismo e sua cultura.

34.15 Se prostituindo. A palavra é empregada para ilustrar a infidelidade religiosa, mormente porque Deus se revelou como um amantíssimo esposo de Sua Nação escolhida (Os 2.16), e porque os ritos de Canaã inculcavam as piores imoralidades sexuais.

34.19-21 A festa da Páscoa relembra as leis sobre a primogenitura, que aqui são repetidas, e apontam para a Páscoa de Cristo, que morreu para nos fazer novas criaturas; portanto é hora de relembrar a lei do sábado, que celebra a divina Criação.

34.22 Festa dos semanas. É a segunda festa; a terceira é a colheita.

34.26 Não cozerás... A compaixão é mais importante do que um prato.

34.28 Escreveu... as dez palavras. O preço do pecado: as tábuas originais foram escritas diretamente por Deus (32.16), mas as cópias precisavam ser feitas por mãos humanas em quarenta dias, ainda que sob direção divina.

34.29 Seu rosto resplandecia. É claro que este esplendor foi em consequência da comunhão com Deus, no monte, embora uma nuvem protegesse Moisés de ver a plenitude da glória de Deus (5). Quando a comunhão com Deus começa a transformar alguém, este é o último a perceber essa transformação (Moisés não sabia).

34.33 Pôs um véu. Homens pecaminosos não podem fitar um rosto iluminado pela santificação, que é apenas uma centelha refletida da santidade de Deus (cf. Êx 3.5).

34.34 Removia o véu. Entre os nossos íntimos pensamentos e Deus, não há nenhum segredo, pois Cristo sonda nossas mentes e corações (Ap 2.23), e quando alguém se converte a Ele, não há mais véu sobre seu entendimento espiritual (2 Co 3.16).

34.35 Cobria de Novo. Como o brilho se desvanecia entre as entrevistas com Deus, então o mesmo véu que escondeu o brilho intenso também servia para esconder a ausência do brilho, para não desanimar aos israelitas (2 Co 3.13).

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