Isaías 4 — Explicação das Escrituras

Isaías 4

Isaías 4 prevê um tempo futuro de restauração e transformação. Fala de um dia em que a vergonha de Jerusalém será substituída por glória e purificação. O capítulo descreve um remanescente de sobreviventes marcados para a santidade e enfatiza a importância da proteção de Deus. Retrata um abrigo único e belo que o Senhor fornece para proteger Seu povo de vários elementos. Em última análise, o capítulo transmite uma mensagem de esperança e redenção em meio aos desafios enfrentados pela nação.

Explicação

4:1 Sete mulheres se apoderarão de um homem. Este versículo foi bem chamado de “imagem complementar a Isaías 3:6, Isaías 3:7”. Assim como lá, no mau tempo do julgamento de Deus, os homens desesperados são representados como “agarrando” um homem respeitável para torná-lo seu juiz, agora as mulheres desesperadas “agarram” tal homem e pedem que ele permita que elas todas para serem consideradas suas esposas. Houve tal destruição - os homens se tornaram tão escassos - que de outra forma as mulheres não podem escapar da vergonha e reprovação de serem solteiras e sem filhos. Nosso próprio pão comeremos.

Eles não pedem a ele para apoiá-los; eles são capazes e estão dispostos a se sustentar. Para levar; em vez disso, leve embora - o modo imperativo, não o infinitivo. Nossa censura. As crianças eram consideradas uma bênção tão grande nos tempos antigos que não ter filhos era um infortúnio e motivo de reprovação. Hagar “desprezou” a estéril Sarai (Gn 16:4). Seu “adversário provocou Ana doloridamente, porque o Senhor havia fechado seu ventre” (1 Samuel 1:6). Compare o lamento de Antígona, que vê como uma desgraça ela descer ao túmulo solteira. Entre os judeus, a falta de filhos era uma reprovação especial, porque tirava toda possibilidade de a mulher estar na linhagem da descendência do Messias (comp. Isaías 54:1-4).

4:2–6 O restante do capítulo 4 aponta para o glorioso reino de Cristo. Ele é o Ramo do versículo 2, belo e glorioso. Matheus Henrique comenta:

Ele é o ramo do Senhor, o homem o ramo; é um de seus nomes proféticos, meu servo, o ramo (Zech. iii. 8; vi. 12), o ramo da justiça (Jer. xxiii. 5; xxxiii. 15), uma vara do tronco de Jessé e um ramo fora de suas raízes (cap. xi. 1), e isso, como alguns pensam, é aludido quando ele é chamado de nazareno, Matt. ii. 23. Aqui ele é chamado de ramo do Senhor, porque plantado por seu poder e florescendo para seu louvor. A antiga paráfrase de Chaldee aqui diz: O Cristo, ou Messias, do Senhor.

Ele também é o primeiro fruto da terra, em quem os israelitas restaurados se vangloriam. Os incrédulos terão sido destruídos pelo Senhor Jesus em Seu Segundo Advento. Os judeus salvos, registrados para toda a vida em Jerusalém, serão chamados santos. A purificação do versículo 4 é realizada por (…) julgamento e não pelo evangelho. O monte Sião será coberto por um dossel de nuvens... de dia e de fogo flamejante à noite, um símbolo do cuidado e proteção de Deus.

Notas Adicionais:

4.1 Opróbrio.
A desonra de serem solteiras, rejeitadas.

4.2 Renovo do Senhor. O nome que o Antigo Testamento dá a Cristo, tratando-se aqui de Cristo como o Messias, o Rei da linhagem de Davi. É chamado de “Renovo Justo” em Jr 23.5; 33.15; e só “Renovo” em Zc 3.8; 6.12. Alguns interpretam o nome “Renovo” como o nome da natureza divina de Cristo, enquanto fruto da terra seria o nome profético da natureza humana de nosso Senhor Jesus Cristo.

4.3 Os restantes de Sião. O profeta, tendo mostrado que o julgamento de Deus aflige aos ímpios, agora passa a mostrar como Deus protege os restantes por meio da Sua presença revelada na nuvem de dia e no fogo chamejante de noite, v. 5. Inscritos... para a vida. Deus fará um registro daqueles que, por participarem nesta promessa, sobreviverão à calamidade. Cf. 32.32; Ml 3.16; Dn 12.1; Ap 3.5; 13.8; 20.12; 20.15, 21.7.

4.5 Fumaça... fogo. Sinais da presença de Deus (cf. Êx 13.21s; 40.34-38).

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