Interpretação de Jeremias 4

Jeremias 4

Jeremias 4 continua a mensagem profética de Jeremias ao povo de Judá e de Jerusalém, alertando sobre o julgamento iminente e apelando ao arrependimento.

O capítulo começa com a descrição de Jeremias sobre a devastação e destruição que sobrevirá à terra de Judá. Ele usa imagens vívidas para retratar a invasão iminente de um inimigo feroz e destrutivo.

Jeremias 4 continua descrevendo a resposta do povo ao perigo iminente. O capítulo enfatiza a importância do luto, do arrependimento e da humildade diante de Deus diante da calamidade que se aproxima.

O capítulo também contém um apelo à circuncisão do coração, simbolizando a necessidade de transformação interior e renovação espiritual. Deus chama o povo a remover o “prepúcio” de seus corações e voltar para Ele.

Jeremias 4 continua com descrições da desolação da terra e dos animais que fugiram antes do desastre iminente. Jeremias lamenta o julgamento iminente e expressa sua própria tristeza pela recusa do povo em atender às suas advertências.

O capítulo termina com a declaração de Deus de que Jerusalém será devastada e que o povo será chamado a lamentar a destruição que está por vir. Apesar da severidade do julgamento, o capítulo sugere a possibilidade de restauração se o povo se voltar para Deus em arrependimento.

No geral, Jeremias 4 transmite uma mensagem de julgamento iminente devido à rebelião e ao pecado do povo. O capítulo enfatiza a importância do arrependimento, da humildade e do retorno a Deus para evitar desastres. Salienta as consequências da desobediência e a urgência de atender às advertências de Deus para evitar a calamidade.

Interpretação

4:5-31 A vinda do exército da Babilônia está aqui vivamente descrito. O povo foi aconselhado a fugir para a fortaleza em busca de segurança (v. 5). Muitas expressões figuradas foram usadas para descrever o inimigo: leão (v. 7), vento abrasador (v. 11), águias (v. 13). Ele vem através do norte da Palestina, de Dã, através do Monte Efraim a caminho de Jerusalém (vs. 15, 16). De maneira viva o profeta expõe a sua angústia diante da destruição (vs. 19-26).

4:5. Fortificadas. As cidades muradas para as quais o povo do campo acorda em busca de refúgio em tempos de guerra.

4:10. Verdadeiramente enganaste. Uma declaração difícil de entender. Possivelmente significa que, tendo Deus permitido aos falsos profetas que gritassem “Paz! Paz! “ (cons, cap. 28), era considerado responsável pelo engano do povo. Jeremias tem uma série de profundas explosões deste tipo (cons. 20:7, embora aqui a palavra seja outra no hebraico).

4:11. Vento abrasador. O siroco, que sopra vindo do deserto, produzindo um calor insuportável e muita poeira. A filha do meu povo é o povo de Judá personificado como mulher (cons. v. 31). Padejar... alimpar. Cons. Mt. 3:12. Este vento cálido não pode ser usado para padejar cereais, pois carregada o grão junto com a palha.

4:12 Vento mau forte do que este virá ainda de minha parte. Antes, um vento forte demais para este (padejar) vem de mim.

4:15 Dã. O extremo norte da Palestina. Monte Efraim. A última região grande da Palestina a ser atravessada antes de se chegar a Jerusalém.

Nos versículos 19-22 Jeremias torna novamente a expressar suas reações de sofrimento. Coração (v. 19). Entranhas, a sede das emoções no pensamento hebraico. Meu coração se agita, bate apressadamente.

4:23-26 Em vigorosa linguagem figurada o profeta descreve a destruição de Judá a ser feita pelos exércitos da Babilônia. Entre as cidades judaicas que foram escavadas, os arqueólogos descobriram que todas as que existiam no tempo de Jeremias foram completamente destruídas. Sem forma e vazia (v. 23). As mesmas palavras aparecem em Gn. 1:2. Jeremias está comparando a destruição por vir sobre Judá ao caos primevo.

4:24 Tremiam, moviam-se de lá para cá.

4:27 Esta declaração dizendo que a desolação não será de todo total parece, à primeira vista, fora de lugar. Contudo não é, pois os profetas todos concordam sobre a preservação do remanescente e a reconstituição da nação através dela (cons. 5:10, 18; 30:11; 46:28).

4:28-31 A declaração sobre a destruição está agora completa. Conclui com uma referência sobre a prostituta de escarlate, destituída e contorcendo-se de dor. Com referência ao versículo 28, veja observação sobre 18:8. Alargas os olhos com pinturas (v. 30). Um pó mineral negro, o antimônio, era usado para aumentar o brilho dos olhos, escurecendo alinha das pálpebras. Os amantes. Um termo de zombaria – teus amantes. Ofegante (v. 31). Com dificuldade para respirar. A minha alma desfalece. Estou desmaiando.

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