Interpretação de Jeremias 6

Jeremias 6

Jeremias 6 continua a mensagem profética de Jeremias ao povo de Judá e de Jerusalém, enfatizando a sua teimosia e o julgamento iminente que virá sobre eles.

O capítulo começa com uma descrição vívida de um exército inimigo que se aproxima e sitiará Jerusalém. O capítulo usa imagens de um vigia soando o alarme e dos inimigos vindo de uma terra distante para trazer destruição.

Jeremias 6 continua descrevendo a devastação que sobrevirá à terra, à medida que o pecado e a rebelião do povo atingiram um ponto em que o julgamento é inevitável. O capítulo descreve os inimigos como impiedosos e implacáveis em sua perseguição.

O capítulo também enfatiza a recusa do povo em ouvir as advertências de Jeremias. As pessoas são retratadas como indiferentes aos apelos de Deus ao arrependimento e à mudança.

Jeremias 6 continua com o apelo de Deus para que o povo reconheça a seriedade da sua situação e se afaste dos seus caminhos pecaminosos. O capítulo contrasta a falsa sensação de segurança que as pessoas têm com a realidade do desastre iminente.

O capítulo termina com o lamento de Deus pela recusa do povo em dar ouvidos às Suas advertências e à Sua intenção de trazer julgamento sobre eles. Apesar da severidade do julgamento, há um indício da possibilidade de restauração se o povo retornasse para Deus.

No geral, Jeremias 6 transmite uma mensagem de julgamento iminente devido à infidelidade e rebelião do povo. O capítulo destaca os temas da teimosia, das consequências do pecado e da urgência de atender aos chamados de Deus ao arrependimento. Serve como um lembrete sério da necessidade de transformação espiritual e das consequências de ignorar as advertências de Deus.

A ameaça da destruição de Jerusalém.

Interpretação

6:1-8 Ela será cercada dia e noite pelo inimigo do norte. O povo fugirá da cidade em busca de segurança, pois ela ficará devastada.

6:1 Os benjamitas, que moravam perto de Jerusalém, costumavam fugir para lá em busca de refúgio. O profeta insiste a que sinais de advertência sejam colocados ao sul de Jerusalém, pois o inimigo virá do norte (cons. 4:15). Tecoa. Uma cidade a 22,5 quilômetros ao sul de Jerusalém, provavelmente escolhida por causa do seu nome que dá lugar a um trocadilho mm a palavra “tocai” (tiq'ú). Bete-Haquerém. Uma cidade de Judá, provavelmente a atual Ain Karin, 7,2 quilômetros a oeste de Jerusalém. O sinal de fumaça aqui mencionado foi citado nas cartas de Laquis como meio de comunicação entre as cidades sitiadas naquele tempo (cons. Introdução. As Cartas de Láquis).

6:2. Eu deixarei em ruínas. A formosa e delicada, a filha de Sião, eu a deixarei em ruínas.

6:3 Os invasores são comparados a pastores cujos rebanhos desnudam a terra.

6:4. Preparai. Literalmente, santificai a guerra, isto é, oferecei sacrifícios para garantir o sucesso.

6:6. levantai tranqueiras (para o cerco). Punida. Visitada.

6:7 Conserva frescas, literalmente.

A falta de vergonha do povo à vista de sua total corrupção. 6:9-15. Israel, tal como uma vinha respigada, será totalmente devastada. Crianças e adultos, casas e campos, nobres e comuns, profetas e sacerdotes, todos serão tomados.

6:9. Vai metendo a tua mão..., por entre os sarmentos. Como um vindimador, passe a mão novamente pelos seus ramos para retirar a última uva.

6:10, 11 Jeremias expressa sua reação pessoal diante da incredulidade do seu povo. Ele é identificado com Deus nesta crise, e cada vez mais se torna claro que, tendo o povo rejeitado a Deus, também rejeitou a Jeremias. Pelas ruas. Isto é, brincando. Todo o povo, até mesmo as crianças, sofrerá as dores da guerra.

6:14 Os profetas e sacerdotes asseguram ao povo que tudo vai bem, mesmo enquanto a calamidade está adejando sobre suas cabeças.

6:15 Castigar e não visitar.

6:16-21 Eles não davam ouvidos aos verdadeiros profetas e por isso seus contínuos sacrifícios não agradavam a Deus (I Sm. 15:22, 23).

6:16 Veredas antigas. As veredas dos patriarcas e dos antepassados que experimentaram a redenção do Egito.

6:17 Atalaias. Em uma localidade rural, desprovida de muros, o atalaia desempenhava importante papel. Os profetas costumavam intitular-se atalaias (Ez. 3:17; 33:7).

6:18. O que se fará entre eles. O que acontecerá entre eles.

6:19. Seus pensamentos. Suas (malignas) maquinações.

6:20. Sabá. O atual Iêmen. Antiga fonte de incenso, o qual se usava no ritual dos sacrifícios. Cana aromática. Cálamo, uma planta aromática que vinha da Índia.

6:22-30 A vinda dos exércitos do norte traria o terror para todos; que o povo chore. O profeta fora feito por Deus um examinador para descobrir até onde ia a maldade deles.

6:22. Os confins. As partes remotas da terra (cons. 25:32; 31:8).

6:25. Caminho, estrada. Há terror por todos os lados – uma expressão favorita de Jeremias (cons. 20:3, observação, 10; 46:5; 49:29).

6:26. Filha do meu povo. Cons. 4:11 , observação. Cilício e cinza eram sinais de luto profundo (cons. Ez. 27:30). Por filho único. A mais severa aflição que um hebreu poderia enfrentar (cons. Amós 8:10; Zc. 12:10).

6:27. Acrisolador... fortaleza. As palavras são de difícil interpretação, mas o sentido é provavelmente, “eu te constituí um examinador e acrisolador entre o meu povo”. O profeta examinaria o povo como um ferreiro testa e refina o metal, purificando-o. Mas esse povo era todo constituído de escória que não podia ser refinado e por isso era rejeitado (cons. 5:14).

6:29 Com nota de rejeição e desespero termina a seção.

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