Explicação de Deuteronômio 13

Deuteronômio 13 adverte os israelitas sobre falsos profetas e influências idólatras que podem surgir entre eles. Moisés adverte contra dar ouvidos a indivíduos que realizam sinais ou maravilhas, mas incentivam a adoração de outros deuses. Mesmo que suas previsões se tornem realidade, Moisés enfatiza que o teste de um verdadeiro profeta está em promover a adoração do único Deus verdadeiro. Ele ordena severamente aos israelitas que rejeitem tais ensinos falsos e permaneçam firmes em sua lealdade a Deus.

Moisés instrui que, se um familiar ou amigo próximo os induzir a adorar outros deuses, eles não devem ceder a essa influência. Ele enfatiza que mesmo que alguém sugira a adoração de deuses estrangeiros secretamente, eles devem ser expostos e levados à justiça. Moisés enfatiza a seriedade da idolatria e pede a pena de morte para aqueles que desencaminham os outros. O capítulo termina exortando os israelitas a permanecerem devotos a Deus, não seguindo falsos deuses ou transigindo em sua fé.

Explicação

Punição de Falsos Profetas e Idólatras (Cap. 13)
Indivíduos ou grupos que pudessem tentar o povo de Deus a praticar idolatria deveriam ser apedrejados até a morte, fosse um profeta (vv. 1–5), um parente próximo (vv. 6–11) ou uma comunidade (vv. 12–18). Um profeta que encorajava as pessoas à idolatria não deveria ser seguido, mesmo que algum milagre que ele predisse acontecesse. Tal pessoa era um falso profeta e deveria ser morto. Mesmo que um parente próximo induzisse sua família a praticar a idolatria, ele também seria morto.

Os homens corruptos do versículo 13 eram companheiros vis, ou “filhos inúteis” (hebr. belîyyaʾal). Qualquer gangue que levasse o povo de sua cidade para longe de Deus e para os ídolos deveria ser morta, junto com os habitantes daquela cidade, e a cidade deveria ser queimada.

O mesmo tratamento deveria ser dispensado a uma cidade israelita idólatra como às cidades cananéias - ou seja, destruição total. Deus não é parcial; Ele lidará severamente com o pecado, mesmo entre Seu povo escolhido. Mas Seus motivos são diferentes. No caso envolvendo uma cidade judaica, Seu motivo seria a disciplina paterna, visando a correção da nação como um todo.

Notas Adicionais

Cap. 13 Moisés acautela o povo contra o aparecimento da idolatria dentre eles mesmos. Poderiam ser impelidos a isso através de um falso profeta (1-5), através de sua própria parentela (6-11), ou através de elementos vis dentro da comunidade (12-18).

13.1 Sinal ou prodígio. O sinal (heb 'oth) é qualquer marca ou prova que revela, relembra ou confirma qualquer acontecimento do passado, do presente ou do futuro. É algo que chama a atenção para um assunto, e que faz com que o mesmo seja levado a sério; milagres e profecias seriam os sinais mais claras. O prodígio (heb môphet) é um milagre que comprova a autoridade de quem o operou; a palavra vem da raiz yãphat, “persuadir”.

13.2 Até mesmo hoje existem seitas religiosas que se vangloriam de revelações sobrenaturais, curas milagrosas, etc. Sinais e maravilhas em si mesmos, porém não provam que Deus falou (cf. Êx 7.11, 12; Mt 7.22, 23; 24.24; Ap 13.13, 14). Um evento sobrenatural é de Deus somente quando leva à fé no Deus verdadeiro e é coerente com a revelação dada a nós nas Sagradas Escrituras (cf. 18.9-14n).

13.5 Será morto. Deus ordenara a extermínio dos cananeus. Se os israelitas participassem de seus pecados, também participariam dos castigos daqueles. O castigo é severo porque a idolatria contamina a santidade da comunidade.

13.6 irmão... filho... mulher. A tentação pode sobrevir através de nossos mais íntimos parentes. Foi Eva que tentou Adão, e Cristo foi tentado por Pedro.

13.11 Todo o Israel ouvirá. O castigo devia ser publicamente ministrado, como purificador coletivo do mal.

13.13 Homens malignos. Lit. “filhos de Belial”, sendo que a palavra transcrita “Belial” se interpreta pelo Rabino Salomão ltshaqui como “sem jugo”, sem restrições religiosas ou morais.

13.14 Inquirirás. Plena investigação deve preceder o castigo. 13.17 Condenado: Cf. 20.17n. • N Hom. O perigo de ser levado ao pecado: 1) Pelo poder sedutor do que é estranho e incomum (1, 2); 2) Pelo poder sedutor das afeições humanas (6, 7); 3) Pelo poder sedutor da maioria (12, 13).

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