A Bíblia Como Criação Humana


A Bíblia Como Criação Humana

A Bíblia Como Criação Humana

Na sua escolha do método secular para estudar a Bíblia Hebraica, os críticos históricos não negavam o caráter religioso inato da Bíblia, nem, na maioria dos casos, acreditavam que a Bíblia perdesse o seu significado religioso quando estudada criticamente. A pressuposição básica dos críticos históricos era que o aspecto religioso da vida, por mais “sobrenatural” que ele alegue ser nas suas versões judaicas e cristãs ortodoxas, é semelhante a todos os outros aspectos da vida ao ser histórico e evolucionário. Idéias e práticas religiosas surgem, obtêm predominância, mudam, combinam-se, interagem reciprocamente, declinam e morrem aos poucos. Como com tudo o que é humano, os fenômenos religiosos têm a sua história.

Em particular, acreditavam os críticos históricos que o estudo cuidadoso da Bíblia Hebraica, utilizando com precisão os métodos aplicados no estudo de qualquer produto literário, seria capaz de descobrir as origens verdadeiras e o desenvolvimento das idéias e práticas religiosas israelitas/judaicas, as quais, durante muito tempo, tinham estado escondidas por trás da forma compilada da Bíblia Hebraica interpretada como narrativa sobrenatural unificada. A verdade religiosa válida ou “mensagem” da Bíblia Hebraica só poderia ser trazida à luz quando considerada como a religião de um povo particular numa época e lugar particulares, enquanto expressos nestes escritos particulares. Mesmo que isso pudesse trazer inquietação para as opiniões tradicionais da Bíblia nos círculos religiosos, os críticos históricos consideravam como sua obrigação intelectual, até como seu dever religioso, informar a crentes e não-crentes do mesmo modo, a respeito da realidade Histórica das origens da Bíblia Hebraica e da fé israelita/judaica.

Mais estudos bíblicos relacionados:

Cf. História e Arqueologias Bíblicas
Cf. O Cânon do Velho Testamento
Cf. As Escrituras na Dispersão