Dia da Expiação [Yom Kippur] — Judaísmo

Dia da Expiação [Yom Kippur] — JudaísmoDia da Expiação [Yom Kippur] — Judaísmo

O Dia da Expiação era mais propriamente um dia de jejum do que uma festa e assim é chamado no Novo Testamento (At 27:9). O aspecto característico desse dia, para além dos sacrifícios ordinários e diários, consistia na apresentação da expiação anual pelo sumo-sacerdote. Despido das suas vestes cerimoniais e vestindo-se de linho branco e simples, entrava no Santo dos Santos com o turíbulo cheio de brasas tiradas do altar e com uma bacia cheia de sangue do bezerro que tinha sido morto como oferta pelo pecado. Enquanto o incenso subia como um véu entre o sacerdote e o propiciatório, ia aquele aspergindo o propiciatório com sangue.

O mesmo processo foi repetido com o sangue do bode que foi feita oferta de pecado. De seguida, o altar de incenso e o altar de cobre fora do santuário, eram também aspergidos com sangue. Era apresentado pelo sacerdote um bode vivo e, colocando as mãos sobre a cabeça do animal, confessava os pecados do povo.

O bode era levado para o deserto e solto, como um sinal de que os pecados do povo tinham sido tirados (Lv 16:23, 27-32) (Nm 29:7-11). Acabadas estas cerimônias, o sacerdote tirava as suas vestes de linho, tomava banho e envergava de novo as suas roupas oficiais; depois de tudo isto, ofereciam-se os sacrifícios do ritual costumeiro.

Muito do simbolismo do Dia da Expiação é aplicado a Cristo pela epístola aos Hebreus. Muitas das funções do sacerdócio de Jesus são descritas nos termos do ritual do Antigo Testamento.

No Judaísmo moderno, o Ano Novo e o Dia da Expiação estão unidos nos dias de arrependimento, durante os quais o adorador devoto pesquisa o seu coração e procura o perdão dos pecados do ano que findou, a fim de poder entrar perdoado no ano novo.