Cumprimento Tipológico do Antigo Testamento no Novo Testamento
Eis um sumário dos principais temas do cumprimento direto e tipológico, em Mateus e no resto do Novo Testamento. Jesus cumpriu as atividades do próprio Senhor, conforme é descrito e predito no Antigo Testamento (Mateus 1:21; 3:3,4 par. A abreviação par significa paralelo(s), referindo se a passagens em outros evangelhos. Quanto às passagens do Velho Testamento citadas ou aludidas, ver as referências marginais em uma boa Bíblia com concordâncias cruzadas; 11:5 par.; 13:41; 24:31 par.; 27:9,10). Jesus é o rei messiânico que fora predito (Mateus 1:23; 2:6,23; 3:17 par.; 4:15,16; 21:5; 22:44 par.; 26:64 par.), é o Servo do Senhor, referido em Isaías (Mateus 3:17 par.; 8:17; 11:5 par.; 12:18 21; I Ped. 2:22 ss.), é o Filho do homem de Daniel (Mateus 24:30 par.; 26:64 par.; 28:18). Ele é a figura culminante da linhagem profética (Mateus 12:39,40 par.; 13:13 15 par., 35; 17:5 par.; I Coríntios 10:2; II Coríntios 3:7 ss.; Hebreus 3:1 ss.), da sucessão de sofredores justos, desde os tempos do Antigo Testamento (Mateus 21:42 par.; 27:34,35 par., 39 par., 43, 46 par., 48 par.), e da dinastia davídica (Mateus 12:42 par.). Ele reverteu a obra de Adão, o qual fez a raça humana mergulhar no pecado (Mateus 4:1 ss. par.; Romanos 5:12; 1 Coríntios 15:21, 22,45 ss.; Hebreus 2:6 ss.; comparar com Lucas 3:38). Ele cumpriu a promessa feita a Abraão (Gálatas 3:16). Visto ser Ele o israelita ideal, Jesus recapitulou a história nacional de Israel em Sua própria história (Mateus 2:15,18; 4:4,7,10 par.).
Melquisedeque prefigurou o sacerdócio de Cristo, segundo também o fazia, embora de maneira inferior e às vezes contrastante, o sacerdócio arônico (Hebreus 7-10). O cordeiro pascal e outros sacrifícios simbolizavam a Sua morte remidora (I Corintios 5:7; Efésios 5:2; Hebreus 9 e 10; Romanos 3:25; I Pedro 1:19 ss.; Apocalipse 5:6 ss.), bem como a devoção e o serviço dos cristãos (Romanos 12:1; 15:16; Filipenses 2:17). Jesus é o pão doador da vida, semelhante ao maná (João 6:35; 1 Coríntios 10:3), a fonte da água da vida, semelhante à rocha no deserto, durante as jornadas de Israel do Egito à terra de Canaã (I Coríntios 10:4; comparar com João 7:37), a serpente levantada no deserto (João 3:14) e o tabernáculo e o templo de Deus, habitação divina entre os homens (João 1:14; 2:19 ss., comparar com Colossenses (1:19).
João Batista foi o predito precursor de Jesus (Marcos 1:2, 3). Jesus inaugurou o vaticinado período escatológico de salvação (João 6:45) e estabeleceu o novo pacto (Hebreus 8:8 12 e 10:16,17). Judas Iscariotes cumpriu o papel dos ímpios oponentes dos sofredores justos que viveram durante o Antigo Testamento (Atos 1:20). A Igreja, coletivamente, ou os crentes, individualmente, são a nova criação (II Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Colossenses 3:10), a descendência espiritual de Abraão, por haverem sido incorporados em Cristo (Gálatas 3:29; 4:24ss.; Romanos 4:1ss.; 9:6ss.; Filipenses 3:3), o novo Israel (Romanos 9:6ss.; 11:17ss.; II Coríntios 6:16; I Pedro 2:9,10), e o novo templo (I Coríntios 3:16; 6:19; II Coríntios 6:16 e Efésios 2:2(ss.). A lei mosaica prefigurava a graça divina, positiva e negativamente (João 1:17; Colossenses 2:17 e Gálatas). O dilúvio representa o juízo final (Mateus 24:34 ss.), bem como o batismo (I Pedro 3:20,21). A passagem em seco pelo mar Vermelho, como também o rito da circuncisão, prefiguravam o batismo (I Coríntios 10:2; Colossenses 2:11.12). Jerusalém é símbolo da cidade celestial (Hebreus 12:22; Apocalipse 21:2 ss. e Gálatas 4:26). A entrada na terra de Canaã prefigurou a entrada dos crentes no descanso espiritual (Hebreus 3:18-4:13). E a proclamação do evangelho a todos os homens cumpre a promessa feita a Abraão, como também predições proféticas atinentes à salvação universal (Atos 2:17 ss.; 3:25; 13:47; 15:16 ss. e Romanos 15:9 ss., 21).