A Origem dos Capítulos e Versículos da Bíblia
A Origem dos Capítulos e Versículos da Bíblia.
Na maioria dos livros da Bíblia, podemos distinguir divisões naturais, tencionadas pelos autores sagrados. Lucas, por exemplo, como é óbvio, tencionava que seu livro de Atos fosse dividido em sete partes, tendo assinalado o fim de cada uma dessas secções por uma fórmula literária. (Ver Livro de Atos). Antes da época de Jesus Cristo, a lei havia sido dividida em secções, para facilitar a sua leitura nas sinagogas. Cada uma dessas secções tinha um nome especial, como, por exemplo, o arbusto. Há uma alusão a isso, em Marcos 12:26. Esse sistema acabou envolvendo todo o Antigo Testamento, e as Parashas até hoje são assinaladas na Bíblia hebraica. Os primeiros manuscritos gregos do Novo Testamento também tinham divisões. Porém, foi somente no século XIII que Estêvão Langton (que vide), arcebispo de Canterbury, que foi o redator da Magna Carta (que vide), introduziu o sistema que agora conhecemos como capítulos da Bíblia. A Vulgata Latina foi a primeira versão da Bíblia a ser assim dividida. Os versículos foram adicionados bem mais tarde pelo impressor Estêvão, em sua edição do Novo Testamento grego, em 1551. Pouco depois disso, na Bíblia Poliglota de Antuérpia (que vide), de 1569-1572, o sistema de versículos numerados foi aplicado à Bíblia inteira. Ver o artigo separado sobre a Divisão da Bíblia em Versículos. Esse sistema, apesar de ser de grande ajuda no estudo do texto bíblico, também ressente-se de uma falha grave. É que, com freqüência, divide o fluxo das idéias, às vezes bem pelo meio. Disso é culpada tanto a divisão em capítulos como a divisão em versículos. Além disso, alguns versículos são muito breves, e outros muito longos. Nenhum critério de qualquer espécie serviu de guia ao sistema. Porém, consagrado pelo uso, é muito difícil que o sistema seja modificado, pelo menos em nossos dias (E).