Significado de Isaías 23
Significado de Isaías 23
Isaías 23
23.1-18 — O oráculo contra Tiro consiste de duas partes principais (depois da introdução no v. 1): a tomada de Tiro (v. 1-14); sua restauração (v. 15-18). Assim como no cap. 13, a linguagem é estilizada, genérica e simbólica, sem preocupação com fatos históricos.
23.1-6 — A derrota de Tiro é apresentada como más novas (v. 5) e se espalha até os navios no mar que esperam atracar em Tiro (v. 1), em Sidom, na costa fenícia (v. 2-4), no Egito (v. 5) e por fim na Espanha (v. 6).
23.1,2 — Peso. Ver termo semelhante em Isaías 13.1. Tiro foi sitiada muitas vezes num período de quatro séculos até ser finalmente assolada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C. Quitim possuía fortes laços comerciais com Tiro (Ez 27.6), assim como Salomão (1 Rs 5.1,8-11). O pronome isto refere-se ao relato da derrota de Tiro.
23.3,4 — Sior, sinônimo de Egito (Jr 2.18), trouxe sua cobiçada semente para a Fenícia, sendo a provisão de Tiro, a feira das nações. Sidom, outra cidade importante, dependia do mar Mediterrâneo para subsistir e é personificada aqui como um pai desolado.
23.5 — O Egito sentirá dores, pois seu rentável parceiro comercial não existirá mais.
23.6,7 — Társis é Tartessos, na Espanha, e representa o lugar mais distante, do ponto de vista dos antigos israelitas (Is 2.16). Próprios pés [...] peregrinar. Alusão às colônias de Tiro. A grande frota mercante de Tiro atravessava o mar Mediterrâneo. Suas colônias estavam pulverizadas pelo mundo mediterrâneo e davam sustentação ao seu império naval.
23.8 — Coroada. Tiro coroava seus comerciantes com riquezas e prestígio.
23.9 — Denegrir a soberba. Veja uma ideia semelhante em Isaías 2.12-19.
23.10-12 — Oprimida evoca a situação de ser esmagado na guerra. Donzela, filha de Sidom talvez seja um título de paródia. Jerusalém é a filha do Senhor; Tiro apenas finge ser.
23.13,14 — Assim como os caldeus não resistiram, em suas fortalezas, ao cerco dos assírios, que levantaram ou expuseram as fundações dos paços babilônicos, Tiro também sucumbirá.
23.15 — Setenta anos é uma expressão simbólica para uma grande extensão de tempo, uma vida inteira.
23.16 — A prostituta entregue ao esquecimento que, na velhice, canta músicas para que haja memória dela é uma metáfora para a restauração de Tiro.
23.17 — Visitará. Embora o verbo possa expressar visitas benéficas de Deus ao Seu povo, aqui o verbo é usado para expressar o juízo divino (Is 24.21). Terá comércio, ou seja, Tiro firmaria alianças econômicas com qualquer um que lhe rendesse dividendos, sem atentar para a ética.
23.18 — O comércio de Tiro será consagrado, isto é, posto de lado, para o Senhor (Is 18.7; 60.5-11). Isso não contradiz Deuteronômio 23.18, que proíbe a oferta de proventos da prostituição no templo. A destruição de Tiro será parte da guerra do Senhor contra os injustos. O espólio pertencerá a Ele, pois é o Vencedor (Dt 2.35; Js 6.17,19).
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