Significado de 1 Crônicas 11
1 Crônicas 11
11.1, 2 Tendo-se tornado famosa em função de Abraão ter vivido nesta cidade (Gn 13.18) e ter sido enterrado nela (Gn 25.9), Hebrom era uma cidade levítica também (1 Cr 6.54,55). Davi tornou-a sua capital após a morte de Saul (2 Sm 2.3) e lá reinou até a morte de Isbosete sete anos mais tarde (2 Sm 4-1-12; 5.5). A legitimidade de Davi como o sucessor de Saul confirmou-se mediante o apoio que ele recebeu de todas as tribos. Tu serás chefe. As multidões tinham ciência da promessa que Deus havia feito a Davi (1 Sm 16.12; 24.20; 28.17).11.3 A aliança se refere às juras mútuas feitas entre um rei e seu povo, assegurando um governo de estabilidade e sucesso. A Lei de Moisés proporcionou tal aliança (Dt 17.18-20). Algo como linhas gerais da aliança do rei pode ser encontrado na ascensão de Salomão (1 Cr 29.19; 1 Rs 2.3) e Joás (2 Rs 11.4) e na promessa de Josias de obedecerem aos estatutos do livro da aliança (2 Rs 23.2,3). Conforme [...] Samuel. Anos antes, Samuel havia ungido Davi (1 Sm 16.1,3,12,13). Esta segunda unção veio, então, confirmar a primeira.
11.4 Jebus foi outro nome para Jerusalém, o qual foi estabelecido pelos israelitas, pois a cidade havia pertencido aos jebuseus outrora. Entretanto, o nome não ocorre fora do Antigo Testamento (Js 15.8; 18.16,28).
11.5 Outro nome que Jerusalém possuía era Sião. A cidade cananeia original, cercada por altos e grossos muros, era considerada uma fortaleza. Após Davi tomá-la e tomá-la sua capital, ela se tornou conhecida como a Cidade de Davi. Quando o templo foi construído no monte Moriá (2 Cr 3.1), ao norte da cidade, a área (às vezes, a cidade toda) era chamada de monte Sião.
11.6, 7 A fortaleza de Sião (1 Cr 11.5) parecia invencível até que Joabe encontrou um meio de penetrá-la. Como resultado, ele foi recompensado com o comando do exército de Israel. Na verdade, ele já aproveitava uma íntima amizade com Davi, pois ele era um filho de Zeruia, a irmã de Davi (1 Cr 2.15,16).
11.8, 9 Milo. A palavra hebraica millow’ ou mil-lo deriva de um verbo que significa (pre)encher, portanto sugere preenchimento. Quando Davi ocupou o monte Ofel, a pequena Jerusalém original, ele a expandiu grandemente, construindo muros ao longo do vale de Cedrom, para o leste e para o sul, e no vale de Tiropoeon (ou vale de Mactés) para o oeste. Entre esses muros e o topo do monte, ele construiu terraços, de forma que vários prédios pudessem ser construídos ali.
11.10-12 Heróis. Este título foi dado a três indivíduos: a Jasobeão, a Eleazar (v. 12) e a Sama (2 Sm 23.11,12). Eles se distinguiam pela sua bravura e pelo seu serviço a Davi. Joabe, que fora nomeado chefe (v. 6), estava acima deles hierarquicamente. Jasobeão. Este herói era conhecido como Josebe-Bassebete (2 Sm 23.8). Ele mostrou seu heroísmo matando trezentos dos inimigos com apenas uma das mãos. Esse evento só se encontra nesta passagem.
11.13, 14 Se Pas-Damin era outro nome para Damin, essa pode ter sido a campanha contra os filisteus em que Davi matou Golias (1 Sm 17.1). O herói Eleazar (1 Cr 11.12) pode, então, ter sido um conhecido de longa data de Davi. Se essa tiver sido a mesma batalha, o cronista, desta vez, forneceu detalhes como o pedaço de campo que estava cheio de cevada, e os israelitas pondo-se no meio daquele pedaço.
11.15 Outra tropa de elite constituída de três pessoas, cujos nomes não aparecem neste episódio, penetrou as defesas dos filisteus. A caverna de Adulão se localizava, aproximadamente, a 19km a sudoeste de Belém e era um dos esconderijos favoritos de Davi nos dias em que fugia de Saul (1 Sm 22.1). O vale dos Refains ficava a sudoeste de Jerusalém, na direção de Adulão.
11.16, 17 Era particularmente doloroso para Davi o fato de os filisteus terem ocupado Belém, sua cidade natal. A ocasião deve ter sido o conflito de Davi com os filisteus após ele ter sido ungido rei de Israel em Hebrom, antes de tomar Jerusalém (2 Sm 5.17-25; 23.13-17). Como os filisteus conseguiram sitiar Belém não se sabe, apesar de seu motivo, provavelmente, ter sido desmoralizar Davi, o qual, talvez em um momento nostálgico ou de frustração pessoal, ansiava por beber da água do poço de Belém — um lugar tão familiar que o fez descrever sua localização aos seus homens.
11.18, 19 Davi não a quis beber. Esse ato não foi de ingratidão. Ao contrário, nessa ocasião, ele expressou o maior senso de apreciação. Seus companheiros tinham arriscado a vida para levar água até Davi, e, naquele momento, observando todo o altruísmo deles, ele não se sentiu digno de bebê-la. Ele a derramou perante o SENHOR como se uma oferta de sangue fosse.
11.20 Abisai foi um dos irmãos de Joabe e um dos filhos da irmã de Davi, Zeruia (1 Cr 2.16). Assim como Joabe, Abisai era chefe de outros guerreiros em função de suas proezas.
11.21, 22 Aos primeiros três. Isso se refere a Jasobeão, Eleazar (1 Cr 11.11,12) e Sama. Crônicas não menciona o terceiro pelo nome (2 Sm 23.11,12), mas reconhece sua existência (v. 12). Por razões desconhecidas, Abisai não se qualificava para ser um dos três heróis.
11.23 Cinco côvados equivalem a aproximadamente 2,2m.
11.24 Três varões. Deste grupo, somente os nomes de Abisai e Benaia são mencionados.
11.25 Abaixo do chefe Joabe e dos dois trios de heróis estavam os trinta. Seus nomes aparecem nos versos 26-47 e também em 2 S amuel 23.24-39. O termo trinta pode denotar a elite de uma unidade militar, que consistia de aproximadamente 30 homens. O termo não indica um número literal, visto que a lista nos versos 26-47, deste capítulo de Crônicas, inclui mais de 30 nomes.
11.26-38 Asael foi o terceiro filho de Zeruia, a irmã de Davi (1 Cr 2.16). Aparentemente, ele não foi um dos três heróis, mas sua posição como o primeiro na lista dos trinta demonstra ser alta. Seu nome não deve ter alcançado muito prestígio por ele ter morrido pelas mãos de Abner (2 Sm 2.18-23).
11.39, 40 Amonita. Alguns dos heróis de Davi não eram israelitas. Eles devem ter sido imigrantes ou mercenários.
11.41 Urias, o heteu. A ironia de incluir esse guerreiro na lista é, obviamente, em função da sua morte pelas mãos de Davi e Joabe (2 Sm 11.6-17). Com notável candor, tanto Samuel quanto Crônicas incluem o nome de Urias entre os trinta.
11.42-47 Adina, o rubenita, também parece ter liderado um grupo de trinta. Apesar de só existirem 16 nomes de Zabade a Jaasiel (v. 41,47), eles devem ter formado o núcleo de tal unidade militar. Os outros ou não eram mais conhecidos, ou apareceram após a lista ter sido escrita.
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