Significado de 1 Reis 10

1 Reis 10

1 Reis 10 descreve a visita da Rainha de Sabá ao Rei Salomão, atraída pela fama de sua sabedoria e riqueza. A rainha chega com uma caravana de presentes e perguntas para testar a sabedoria de Salomão. Impressionada com suas respostas e a grandeza de seu reino, ela elogia Salomão e seu Deus.

A sabedoria e a riqueza de Salomão são mostradas em seus vastos tesouros, palácio luxuoso e ouro usado para vários propósitos. O capítulo descreve o trono feito de marfim e revestido de ouro, bem como a multidão de carros e cavalos que Salomão possui.

Além disso, o capítulo observa a extensa rede comercial de Salomão e sua capacidade de adquirir recursos raros e valiosos de outras terras. O reinado de Salomão é caracterizado por grande prosperidade e influência internacional.

Em resumo, 1 Reis 10 retrata a visita da Rainha de Sabá ao Rei Salomão, ilustrando sua fama de sabedoria e riquezas. O capítulo enfatiza a extensão da riqueza de Salomão, sua sabedoria e a grandeza de seu reino. Também destaca seu sucesso na construção de um império próspero e influente.

Significado

10.1, 2 Localizada no sudoeste da Arábia, Sabá, a terra dos sabeus, povo cujas grandes transações comerciais se estendiam da Síria ao leste da África e também à índia, lidava com mercadorias importantes como ouro, pedras preciosas, perfumes e especiarias. A rainha de Sabá viajou para pessoalmente fazer a Salomão perguntas difíceis (hb. hídôt, que significa charadas, assuntos enigmáticos ou ditos perplexivos — Pv 1.6) para satisfazer a sua curiosidade e testar a sabedoria de Salomão. Guardadas as devidas proporções, este ocorrido serve de exemplo de como deve ter sido a curiosidade acerca do esplendoroso reinado de Salomão. A sua sabedoria, que se tornou proverbial (1 Rs 4.29-34), era uma verdadeira força atrativa. Sábios e filósofos de outras culturas iam a Jerusalém para aprender com a sabedoria que era enraizada no temor .a Deus (Pv 1.7). Isso sugere uma verdadeira atmosfera intelectual em Jerusalém, durante o reinado do sábio Salomão.

10.3-9 As brilhantes respostas de Salomão às difíceis perguntas da rainha de Sabá (v.3), assim como o habilidoso uso da sua sabedoria aplicado às necessidades e aos interesses do seu reino, convenceram-na de que tal sabedoria tinha de ser divinamente concedida. A rainha de Sabá reconheceu o Deus de Salomão e a fidelidade da aliança do Senhor para com Israel. Mas isso não significa necessariamente que ela tenha-se comprometido espiritualmente com o Senhor. O reconhecimento de divindades estrangeiras era comum na literatura do mundo antigo. Contudo, existe a possibilidade de ela ter experimentado um despertamento espiritual como resultado de sua visita a Salomão (1 Rs 5.7).

10.10-15 Cento e vinte talentos. Salomão usou o ouro não somente para mobiliar o templo (1 Rs 6.20-35; 7.49-51) e o palácio (1 Rs 10.18-21), mas também para fazer 500 escudos ornamentais, que decoraram a casa do bosque do Líbano (1 Rs 10.16,17).

10.16, 17 Feitos de madeira e banhados a ouro, estes escudos eram utilizados em ocasiões cerimoniais. Eles seriam tirados dali na ocasião da morte de Salomão por Sheshonk I, da 22a dinastia do Egito. Roboão iria substituí-los por escudos de cobre (1 Rs 14.25-28).

10.18-21 O trono de marfim foi provavelmente feito de madeira, preenchido com marfim, bem como revestido com o mais fino ouro. Salomão adquiriu marfim como resultado de suas transações comerciais com Hirão (v.22).

10.22, 23 As naus mercantis de Salomão serviam de elo comercial com Hirão.

10.24, 25 Toda a terra. Esta expressão se refere à reputação internacional da sabedoria de Salomão.

10.26 Mil e quatrocentos carros. A racionalidade deste número pode ser visto nos relatórios de Salmanasar III da Assíria, quando ele enfrentou, na batalha de Carcar (em 853 a.C.), uma frota de 3.900 carros inimigos combinados, dos quais 2.000 foram fornecidos por Israel.

10.27 Prata e cedro. Com Salomão, Israel aproveitou o maior período de prosperidade. Este tempo de prosperidade e paz também deve ter permitido o crescimento da escolaridade e da arte, incluindo-se aqui a música.

10.28, 29 Coa é provavelmente a cidade citada em uma inscrição do século 9 a.C. encontrada no sul da Ásia Menor. Que também é provavelmente a Cilicia da literatura clássica (At 6.9). A grande compra de cavalos de Coa pelo Egito que Salomão efetuou o trouxe perigosamente perto de — se não o levou realmente a — quebrar a proibição de adquirir muitos cavalos de lá (Dt 17.16). Evidentemente, os cavalos e os carros egípcios tinham altíssimo valor. Assim, Salomão obtinha lucro ao vendê-los a reis sírios e hititas.

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