Significado de Deuteronômio 18
Deuteronômio 18
Deuteronômio 18 contém várias instruções importantes dadas por Moisés ao povo de Israel, abordando questões relacionadas aos profetas, à adoração e à obediência a Deus.
O capítulo começa com Moisés instruindo o povo sobre como devem tratar os profetas levantados por Deus. Ele destaca que Deus irá levantar profetas como ele mesmo, a quem o povo deve ouvir e obedecer. Moisés adverte contra a prática de ouvir adivinhos, feiticeiros ou praticantes de magia, pois isso é abominável aos olhos de Deus.
Em seguida, Moisés fala sobre o sustento dos levitas, a tribo separada para servir ao Senhor no sacerdócio. Ele instrui o povo a cuidar dos levitas, oferecendo-lhes uma porção dos seus rebanhos e das colheitas como uma forma de sustento, já que eles não possuíam terras próprias.
Moisés também menciona a prática abominável das nações que estavam sendo expulsas da terra prometida, incluindo sacrifícios humanos e consultas aos mortos. Ele adverte o povo de Israel a não imitar essas práticas pagãs e a permanecerem fiéis aos mandamentos de Deus.
O capítulo conclui com uma referência ao profeta prometido por Deus, que seria semelhante a Moisés e a quem o povo deveria ouvir. Esta profecia é entendida por muitos como uma referência messiânica, apontando para a vinda de Jesus Cristo, que é reconhecido como o supremo e definitivo profeta.
Em resumo, Deuteronômio 18 enfatiza a importância da obediência aos profetas levantados por Deus, a responsabilidade de sustentar os levitas que servem no templo, e a necessidade de evitar práticas abomináveis e idolatria. Moisés exorta o povo a permanecer fiel aos mandamentos de Deus e a aguardar a vinda do profeta prometido por Deus.
Comentário de Deuteronômio 18
Deuteronômio 18:1 Uma porção das ofertas queimadas do Senhor era tomada pelos sacerdotes para seu sustento.Deuteronômio 18:2-4 Diferente das outras tribos, os levitas não receberiam herança na terra de Canaã. Eles deveriam considerar Deus como seu legado. Em outras palavras, os levitas possuíam o relacionamento íntimo com o Senhor, que era melhor do que qualquer concessão de propriedade (obviamente, eles gozaram dos benefícios da terra que cercava as vilas levitas, de acordo com o versículo 8).
Deuteronômio 18:5 Para que assista a servir. Os sacerdotes eram os servos de Deus que faziam a mediação entre Ele e o povo (Dt 10.8; 21.5).
Deuteronômio 18:6 Quando vier um levita[...] com todo o desejo da sua alma. Esta sentença se refere a uma verdadeira consagração. Isso indica que provavelmente houve pessoas da tribo de Levi que não mereciam ministrar perante o Senhor, pois apenas sua linhagem não as qualificava.
Deuteronômio 18:7 Servir em nome de Yahweh era experimentar mais da completude do Senhor, de Sua proximidade, de Sua graça, e estar ciente de Sua santidade.
Deuteronômio 18:8 Igual porção comerão. Os sacerdotes e os levitas, que serviam perante Deus, eram honrados por esse nobre trabalho.
Deuteronômio 18:9-14 Estes versículos advertem acerca das pseudorrevelações originárias da magia e da mântica, tentativas de prever o futuro consultando um adivinhador, um prognosticador, um agoureiro, um feiticeiro, um espírito adivinhante, um mágico ou os mortos. Tais práticas foram consideradas abomináveis não só porque tentavam “orientar” as pessoas de forma contrária à revelação de Deus, mas também porque encorajavam um estilo de vida independente, que ignorava o Senhor. O mais conhecido cântico do mundo antigo foi Balaão (Nm 2225; 31).
Deuteronômio 18:10, 11 Alguns costumes pagãos antigos exigiam que um filho ou uma filha fosse oferecido em sacrifício a fim de que se soubesse a respeito do futuro ou se conseguisse uma benesse da suposta divindade. Além da Sua própria revelação, Deus proibiu qualquer forma de ciência do futuro, como por exemplo [consultar] os mortos. A tentativa de Saul de buscar orientação longe da Palavra de Deus resultou em julgamento divino sobre ele (1 Sm 28).
Deuteronômio 18:12 Para o Senhor, as práticas pagãs eram abominações, porque se baseavam na tentativa de desviar as pessoas de Sua revelação. O Senhor não é um deus entre os outros; Ele é o Deus único.
Deuteronômio 18:13 Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus. Esta foi uma ordem para que os filhos de Deus vivessem com integridade e na dependência apenas dele. A inculpabilidade caracterizou a vida de Abraão (Gn 17.1) e ainda é o padrão para os cristãos de hoje (Ef 1.4; 5.27).
Deuteronômio 18:14 Israel deveria ser distinta de todas as outras nações; um povo santo, não apenas no que diz respeito à alimentação e a outros aspectos materiais, mas também em sua fé no Senhor.
Deuteronômio 18:15-22 De acordo com estes versículos, o Senhor prometeu a Israel que enviaria outro profeta como Moisés. Isso se aplicava a todos os verdadeiros profetas que eram os porta-vozes de Deus. Os profetas se caracterizavam por sete qualidades: (1) israelitas; (2) chamados por Deus; (3) capacitados pelo Espírito Santo; (4) porta-vozes de Deus; (5) autorizados a falar em nome do Senhor; (6) bons pastores para o povo e (7) confirmados por sinais. No tocante a esta profecia, o Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis, Jesus Cristo foi o seu verdadeiro cumprimento. Jesus, como Moisés, foi mediador entre Deus e o homem (v. 16, 17; Hb 9.15; 12.24) Entretanto, Cristo era diferente por ser o Filho de Deus (Jo 1.21, 25, 45; 5.46; 6.1; 7.40; At 3.22, 23; 7.37). Quando Moisés morreu, havia a esperança de aparecer novamente alguém como ele, até mesmo maior do que ele (Dt 34-9-12).
Deuteronômio 18:15 Todos os verdadeiros profetas que surgiram entre os hebreus foram chamados pelo Senhor. Ninguém podia tornar-se um profeta genuíno por desejo ou vontade própria.
Deuteronômio 18:16-22 E tal palavra se não cumprir. O teste de um verdadeiro profeta era o cumprimento de suas palavras. Entretanto, havia um tipo de profecia anunciada que talvez não acontecesse: a do julgamento divino, que poderia ser afastada por causa do arrependimento humano em resposta à proclamação da mesma. Jonas e Miqueias passaram por essa experiência.
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