Significado de Deuteronômio 24
Deuteronômio 24
Deuteronômio 24 continua a fornecer uma série de leis e regulamentos destinados a guiar a conduta e a vida do povo de Israel.
O capítulo começa com leis relacionadas ao divórcio. Moisés permite que um homem divorcie-se de sua esposa se ela se tornar impura aos seus olhos, mas ele deve dar a ela um certificado de divórcio. Esta lei visa proteger os direitos das mulheres em uma cultura em que o divórcio era comum, garantindo que elas tenham documentação legal para provar seu status civil.
Em seguida, Moisés aborda a prática da remissão dos votos. Ele instrui que quando alguém fizer um voto ao Senhor, deve cumpri-lo, mas se for impossível, deve redimi-lo com uma quantia especificada de dinheiro.
O capítulo também trata de questões relacionadas ao trabalho e à justiça social. Moisés estabelece que os empregadores devem pagar salários justos e oportunos aos trabalhadores, e que os pobres e necessitados devem receber generosidade e cuidado daqueles que têm mais recursos.
Além disso, Moisés fala sobre a justiça no sistema judicial. Ele instrui os juízes a não serem injustos com os estrangeiros, órfãos ou viúvas, e a garantir que a justiça seja aplicada de maneira imparcial e equitativa.
O capítulo conclui com várias leis relacionadas à colheita, incluindo a proibição de voltar para recolher frutos caídos e a necessidade de deixar uma porção da colheita para os pobres e estrangeiros.
Em resumo, Deuteronômio 24 oferece uma série de leis e regulamentos destinados a promover a justiça social, a equidade e o cuidado com os mais vulneráveis dentro da comunidade de Israel. Moisés enfatiza a importância do respeito pelos direitos das mulheres, a justiça no sistema judicial, a generosidade com os pobres e a observância de práticas éticas no trabalho e na colheita. Essas leis buscam garantir a integridade moral e o bem-estar de toda a comunidade.
Comentário de Deuteronômio 24
Deuteronômio 24:1-4 Esta situação envolve o retorno de uma divorciada ao primeiro marido, após o casamento com um segundo homem.Deuteronômio 24:1, 2 Coisa feia. A natureza do problema não é especificada, embora estivesse bastante clara no contexto original. E provável que fosse algo relacionado a um problema físico, tal como a inaptidão para conceber filhos. Neste caso, o marido poderia conceder o escrito de repúdio à sua esposa, o qual era um documento legal que provia direitos ao divorciado (Lv 21.7, 14; 22.13; Nm 30.9; Mt 19.3-9). Tal certificado permitia que a mulher se casasse novamente.
Deuteronômio 24:3, 4 Contaminada. Retornar ao primeiro marido após um segundo casamento provavelmente colocava a mulher na mesma posição de uma esposa infiel.
Deuteronômio 24:5, 6 Uma mó era uma pedra usada para triturar o cereal e transformá-lo em farinha. A combinação de duas mós constituía um instrumento familiar que gerava a provisão diária de alimento. O princípio é claro: uma família não poderia ser privada de suprir suas necessidades do dia-a-dia.
Deuteronômio 24:7-9 Lepra alude a uma grande variedade de doenças de pele infecciosas. A enfermidade conhecida hoje como lepra, a hanseníase, é diferente das moléstias citadas neste texto.
Deuteronômio 24:10-13 O penhor era uma garantia de que o débito seria quitado. Considerando que esta situação envolvia o pobre na comunidade da aliança, os regulamentos protegiam a privacidade do devedor (v. 10, 11) e a capacidade de prover o sustento para sua família (v. 12, 13).
Deuteronômio 24:14, 15 A leis permitiam que os donos de propriedades e os trabalhadores recebessem o devido lucro de suas posses e de seu trabalho. Ao mesmo tempo, tanto os proprietários quanto os empregados deveriam evitar qualquer atitude gananciosa que impedisse a obtenção da provisão razoável por parte das pessoas necessitadas de suas comunidades.
Por exemplo, o pobre precisava receber o pagamento diário de seu salário, a fim de suprir suas carências cotidianas. Ter condições de efetuar o pagamento da remuneração e não fazê-lo era um pecado contra o Senhor.
Deuteronômio 24:14-22 As instruções que dizem respeito aos estrangeiros, órfãos e viúvas representam os três casos clássicos de desfavorecidos naquela época. Cada uma destas categorias necessitava de um defensor. A pessoa honesta deveria considerar-se um instrumento de Deus usado para proteger os necessitados.
Deuteronômio 24:16, 17 Ezequiel aplicou este princípio à comunidade do exílio (Ez 18.4).
Deuteronômio 24:18-22 Estes versículos aconselham os israelitas a lembrar-se de quando foram escravos no Egito (v. 22). Da mesma forma que Deus mostrara compaixão por eles quando estavam oprimidos (Dt 15.15), os hebreus deveriam demonstrar piedade por aqueles que agora estavam em desvantagem; o melhor interesse de alguém reside na preocupação com as necessidades do próximo.
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