Significado de Jó 13

Jó 13

Jó 13 é uma continuação da resposta de Jó à suposta sabedoria de seus amigos. Neste capítulo, Jó expressa sua frustração com as explicações simplistas para seu sofrimento e os acusa de falar falsamente em nome de Deus. Ele afirma que falará diretamente com Deus e exigirá uma explicação para sua situação.

Apesar de sua frustração com seus amigos, Jó ainda se apega à sua fé em Deus e afirma sua crença na justiça suprema de Deus. Ele reconhece que não consegue entender totalmente os caminhos de Deus, mas se recusa a aceitar as interpretações falhas de seus amigos sobre seu sofrimento. Em vez disso, ele insiste em buscar a verdade de Deus diretamente.

O Livro de Jó é um poderoso lembrete de que o sofrimento é uma experiência humana universal e que nem sempre é uma punição pelo pecado ou um sinal da ira de Deus. Desafia-nos a olhar para além da nossa compreensão limitada do mundo e a confiar na sabedoria e justiça supremas de Deus, mesmo no meio da nossa dor e confusão.

Em resumo, Jó 13 é apenas uma pequena parte dessa história maior, mas serve como um poderoso lembrete da importância de buscar a verdade e recusar-se a aceitar explicações simplistas para as complexidades da existência humana.

Comentário de Jó 13

13.1, 2 A ironia nesta declaração que Jó faz — como vós o sabeis, o sei eu também (de igual modo mencionada em Jó 12.3) — é que nem ele nem seus amigos sabem muita coisa porque todos presumem a inflexibilidade da lei da retribuição [baseada na lei de causa e efeito e na lei da semeadura], Não se deve perder de vista que, embora mal aplicada no caso de Jó, que era justo, essa doutrina existe.

13.3, 4 Jó quer defender-se ou argumentar a favor de seu caso perante Deus. Ele rejeita o conselho desprezível de seus três amigos que, como médicos que não valem nada, deram um diagnóstico errado acerca da causa da doença e do sofrimento de Jó. N a verdade, eles eram inventores de mentiras (literalmente, moldadores de falsidades). Os amigos de Jó estavam agravando suas chagas com um arremedo confuso de especulações teológicas. Em vez de acusarem o triste amigo do alto de um pedestal, deveriam ter orado com ele.

13.5-13 Em resposta à pergunta zombeteira de Zofar quanto às palavras de Jó (Jó 11.3), este expressa o desejo de que seus amigos se calassem definitivamente [Tomara que vos calásseis de todo]. De fato, teria sido essa a atitude mais sábia deles (Pv 17.28). O sarcasmo de Jó se reflete em suas palavras pronunciadas anteriormente (Jó 12.2). Usando o vocabulário de um sábio, ele explica o seu motivo para insistir no silêncio. Jó deseja ser ouvido pelos amigos, quer que eles prestem atenção aos seus argumentos. Ele os conclama a ouvir diligentemente as suas palavras, em vez de tentarem defender Deus. Seus chavões religiosos têm o valor da cinza.

13.14 A segunda metade deste versículo esclarece a primeira — tomaria eu a minha carne com os meus dentes —, pois significa arriscar-se a perder a vida como um animal que procura se defender enquanto segura a presa na boca.

13.15-17 Se por um lado estes versículos são muito conhecidos como uma declaração forte da confiança que Jó depositava em Deus [nele esperarei], eles não estão livres de dificuldades de compreensão.

A palavra hebraica traduzida como ele é semelhante ao termo hebraico que significa não, no que diz respeito ao som. Assim, houve quem traduzisse o versículo 15 como: Eis que ele me matará; não tenho esperanças [ARA]. Porém, a melhor tradução desse texto parece ser ainda que ele me mate, nele esperarei [ARC], tendo em vista o sentido positivo especialmente nos versículos 16,18. Também forma um sentido maravilhoso em meio a esse trecho.

Jó crê que Deus está lentamente tirando a sua vida. Mas, declarando sua fé com valentia, ele manifesta sua confiança absoluta em Deus. Pois, quando chegasse à presença de Deus, faria a defesa de sua causa diretamente a Ele [os meus caminhos defenderei diante dele]. Nesse momento, não antes, Jó redescobriria o que na verdade ele nunca perdera: o amor e a salvação de Deus (v. 16).

13.18, 19 Até agora, em todo o livro, esta é a declaração mais forte de confiança de Jó no fato de que Deus declarará a sua inocência: sei que serei achado justo.

13.20-28 Como Jó ainda está nesta vida dolorosa (Jó 13.15), ele se volta para Deus o máximo que pode e defende sua causa. Jó “exige” que Deus, como possível Autor da ação judicial, listasse as acusações específicas contra ele.

13.24-26 A terminologia hebraica destes versículos se parece com a dos versículos 20 e 21. Jó pergunta por que Deus esconde o rosto dele, uma expressão idiomática hebraica indicando a falta da graça e da bênção divinas.

13.27, 28 Ao retratar as coisas amargas de Deus, Jó emprega o verbo observar. A palavra normalmente descreve o cuidado benevolente de Deus pela vida de uma pessoa; mas, no livro de Jó, ilustra o papel que Deus dá a Satanás (Jó 2.6).

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