Significado de Jó 14

Jó 14

Jó 14 é um capítulo particularmente comovente, pois reflete sobre a brevidade e fragilidade da vida humana. O capítulo começa com as reflexões de Jó sobre a futilidade da vida, descrevendo-a como uma sombra passageira que passa rapidamente. Ele compara os seres humanos a flores murchas, que nascem, crescem e morrem em questão de dias. Jó lamenta que não haja esperança para os mortos e que mesmo as pessoas mais poderosas e ricas não possam escapar da inevitabilidade da morte.

Apesar da perspectiva sombria de Jó, há momentos de esperança e fé no capítulo. Ele pede a Deus para escondê-lo na sepultura até que sua raiva passe, mas então expressa a crença de que Deus se lembrará dele e o ressuscitará no último dia. Jó reconhece seu pecado e implora por perdão, confiando na misericórdia e na graça de Deus. Ele anseia por um mediador que possa defender seu caso diante de Deus, prenunciando o papel de Jesus Cristo como o mediador supremo entre Deus e a humanidade.

Concluindo, Jó 14 é uma profunda reflexão sobre a natureza fugaz da vida humana e a inevitabilidade da morte. Destaca a importância da fé e da confiança em Deus, mesmo em meio ao sofrimento e ao desespero. O anseio de Jó por um mediador também aponta para a esperança que temos em Jesus Cristo, que é capaz de nos salvar do pecado e da morte e nos dar a vida eterna.

Comentário de Jó 14

14.1-6 Jó concorda com a avaliação de Elifaz de que uma pessoa nasce e poderá para sofrer. Ele enfatiza a miséria e a brevidade da vida com duas metáforas vívidas: uma flor que murcha e uma sombra que passa (v. 2).

14.5, 6 O fato de Deus ter determinado a extensão da vida de cada pessoa (SI 90.10) ressalta o Seu poder e a Sua sabedoria suprema, e a impotência dos seres humanos, que estão sob limites impostos por Ele.

14.7-9 Na expressão esperança para a árvore, Jó deixa implícito que a vida é melhor para as árvores do que para as pessoas. Quando uma árvore tomba, ela pode brotar de novo. Este é precisamente o cerne da bela profecia de Isaías (Is 6.13). A casa de Jessé — ou seja, Israel — será cortada, da mesma forma como alguém poderia cortar um grande carvalho. Mas por meio da grande compaixão de Deus, a árvore brotará novos ramos. A santa semente está naquele toco. Esse novo crescimento é o belo Renovo (Is 11.1), o Deus Salvador que se chama Jesus.

14.10-13 O desejo de Jó de que a sepultura seja um lugar para se esconder temporariamente da ira de Deus difere de modo radical de suas observações anteriores a respeito da sepultura (Jó 7.9,10; 10.18-22). Ele atribui a causa de seu sofrimento à ira divina porque acredita na lei da retribuição — de que os puros sempre são abençoados e os pervertidos, cedo ou tarde, serão julgados por Deus.

14.14-17 A indagação de Jó — morrendo o homem, porventura tomará a viver? — é respondida com um sonoro sim por Jesus e pelos autores do Novo Testamento (Jo 11.23-26; 1 Co 15.3-57; compare com Is 26.19; Dn 12.2). Porém, Jó responde à própria pergunta com a determinação de esperar a vinda de sua mudança. Como ele considera a vida penosa (Jó 7.1), talvez esteja deixando implícito que vai esperar a resolução de seus conflitos após a morte para descobrir a resposta.

14.18-22 Na expressão tu fazes perecer a esperança do homem (v. 19), fica claro que, apesar da esperança absoluta manifesta nos versículos 13-17, o crente do Antigo Testamento admite que não vê muitas probabilidades de uma vida eterna feliz. Daí a importância da ressurreição de Jesus. Ele promete: porque eu vivo, e vós vivereis (Jo 14.19).

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