Significado de Jó 20

Jó 20

Jó 20 é um capítulo no qual Zofar, amigo de Jó, continua seu argumento contra Jó, acusando-o de ser perverso e impenitente. Zofar insiste que o sofrimento de Jó é resultado de seu próprio pecado e que ele deve confessar e buscar o perdão de Deus.

As palavras de Zofar no capítulo 20 são um lembrete do perigo de julgar os outros e assumir que seu sofrimento é resultado de seu próprio pecado. O livro de Jó desafia essas visões simplistas do sofrimento, mostrando que mesmo as pessoas mais justas podem experimentar imensa dor e sofrimento sem qualquer causa aparente. A insistência de Zofar na culpa de Jó também é um lembrete da importância da humildade e da compaixão ao lidar com aqueles que estão sofrendo.

Apesar das palavras equivocadas de Zofar, Jó 20 ainda oferece alguns insights importantes sobre a experiência humana de sofrimento. É um lembrete de que nossa compreensão da justiça de Deus e das causas do sofrimento é limitada, e que devemos abordar essas questões com humildade e mente aberta. Também destaca a importância de buscar perdão e arrependimento por nossos próprios pecados, mesmo que eles não sejam a causa direta de nosso sofrimento. Em última análise, o livro de Jó nos desafia a confiar na bondade e na justiça de Deus, mesmo em meio às mais difíceis provações e tribulações.

Comentário de Jó 20

20.1-3 A palavra então alerta o leitor de que Zofar responderá à fala de Jó. Ele reage com irritação à forte advertência de Jó em sua última afirmação (Jó 19.28, 29). Além disso, quando diz ouvi a repreensão, que me envergonha, ele comunica a Jó que a mágoa por ter sido repreendido (em Jó 19.3 aparece a mesma raiz hebraica kalam, insultar, humilhar) era mútua, já que ele também sentiu o aguilhão dos insultos de Jó. Os resultados trágicos de desabafar as emoções com sarcasmo e insultos demonstram que, em uma guerra de palavras, todos perdem. É terrível que homens sábios como esses não tenham aplicado o princípio de que a resposta branda desvia o furor (Pv 15.1).

20.4-6 Zofar confronta a declaração confiante de Jó feita no capítulo 19, versículo 25 com uma censura sarcástica. Já que Jó alegava saber tanto sobre seu Redentor, com certeza conhecia o ensinamento sábio de que os ímpios só prosperavam por um momento.

20.7 A palavra esterco também pode ser traduzida como excremento. Tratar-se-ia de um comentário rude.

20.8-19 Embora o mal seja doce para o ímpio durante algum tempo, as consequências inevitáveis de sua conduta acabarão por trazer sua ruína.

20.20, 21 Ao afirmar que o perverso não sentiu sossego, Zofar deixa implícito que Jó recebeu o que merecia. A declaração de Zofar de que, da fazenda ou prosperidade do homem mau, ele coisa nenhuma reterá encaixa-se na situação de Jó, pois ele perdeu tudo. Em essência, Zofar está confirmando a queixa de Jó: os meus olhos não tornarão a ver o bem (Jó 7.7).

20.22-26 A expressão um fogo não assoprado o consumirá ecoa as palavras cortantes de Elifaz em Jó 15.34 (as mesmas palavras em hebraico).

20.27, 28 Zofar aparentemente inverte o apelo de Jó aos céus e à terra (Jó 16.18,19) para que o defendam. Ele afirma que os céus e a terra serão testemunhas não da inocência, mas da iniquidade de Jó.

20.29 Neste veredicto resumido, Zofar sugere ser tarde demais para Jó se arrepender (compare com suas palavras anteriores em Jó 11.13'20). Deus não teria clemência por alguém tão ímpio.

Índice: Jó 1 Jó 2 Jó 3 Jó 4 Jó 5 Jó 6 Jó 7 Jó 8 Jó 9 Jó 10 Jó 11 Jó 12 Jó 13 Jó 14 Jó 15 Jó 16 Jó 17 Jó 18 Jó 19 Jó 20 Jó 21 Jó 22 Jó 23 Jó 24 Jó 23 Jó 24 Jó 25 Jó 26 Jó 27 Jó 28 Jó 29 Jó 30 Jó 31 Jó 32 Jó 33 Jó 34 Jó 35 Jó 36 Jó 37 Jó 38 Jó 39 Jó 40 Jó 41 Jó 42