Significado de Jó 29

Jó 29

Jó 29 é um capítulo do livro de Jó que apresenta um discurso reflexivo de Jó, no qual ele relembra sua antiga prosperidade e o respeito que gozava na comunidade. O capítulo serve como um contraste com os capítulos anteriores, que se concentraram no sofrimento de Jó e nas críticas de seus amigos.

Em Jó 29, Jó recorda sua vida anterior de riqueza e influência, descrevendo a honra e o respeito que desfrutava na comunidade. Ele também enfatiza sua própria retidão e as maneiras pelas quais ajudou os pobres e necessitados. Suas palavras sugerem uma sensação de nostalgia por sua vida anterior, bem como uma sensação de perda e desespero em sua situação atual.

No geral, Jó 29 é um capítulo que oferece uma perspectiva pungente e introspectiva sobre as questões levantadas pelo livro de Jó. Ele destaca o contraste entre a vida anterior de prosperidade de Jó e seu atual estado de sofrimento e enfatiza a importância de manter a fé e os valores de alguém diante da adversidade. Ao mesmo tempo, também levanta questões importantes sobre a natureza do sofrimento e as formas pelas quais nossas experiências moldam nossa compreensão do mundo. Como tal, oferece uma perspectiva complexa e instigante sobre os temas e questões levantadas pelo livro de Jó.

Comentário de Jó 29

29.1, 2 O desejo de Jó pela prosperidade dos meses passados sugere a duração de seus percalços (Jó 7.3).

29.3-5 A imagem da candeia de Deus sobre a cabeça de Jó simboliza a bênção divina e o sucesso (compare com Jó 18.5,6; 21.17; e também com Provérbios 18.28,29).

29.6 A fartura de manteiga (ou de coalhada) e azeite denota riqueza.

29.7 A porta da cidade com sua praça adjacente, semelhante à moderna praça do fórum, era o lugar onde se descortinavam os procedimentos comerciais e judiciais da cidade (Rt 4.1).

29.8-11 Quando Jó disse que os moços o viam e se escondiam, e os idosos se levantavam, estava descrevendo o respeito que jovens e velhos lhe tinham por causa de seu cargo na cidade.

29.12, 13 Jó rejeita as alegações feitas por Elifaz no capítulo 22, versículos 6-9.

29.14, 15 O retrato vívido de Jó coberto de justiça e usando o juízo como manto é um contraste cruel com sua situação atual, em que sua carne se tem vestido de bichos (Jó 7.5). Ele ressaltará esse contraste no capítulo 30.

29.16 Jó era pai dos necessitados (ou seja, protegia diligentemente o direito deles). De forma parecida, o rei Hamurabi, [nascido supostamente por volta de 1810 a.C. e falecido em 1750 a.C., foi o sexto rei da primeira dinastia babilônica] , (no epílogo de seu famoso código) descreve-se como “um verdadeiro pai para seu povo”, cujas palavras ajudaram as causas dos oprimidos.

29.17-19 Na expressão quebrava os queixais, Jó declara que resgatava os pobres (v. 12) e os indefesos das mãos dos ímpios. Agindo como juiz, ele havia constituído um ambiente de justiça e honradez (v. 14). Isso explica o uso frequente de metáforas jurídicas em suas defesas (Jó 9.3).

29.20-25 Jó relembra o seu passado de honra. Enquanto atravessa severas atribulações, ele faz o que muitas pessoas fariam: ansiava pelos bons tempos quando ainda tinha destreza ou força com o arco. A oração meu arco se reforçava na minha mão simboliza um rejuvenescimento de vigor e força (Gn 49.24). Quando fora de uso, os arcos costumavam ficar sem a corda, permitindo que a madeira retivesse sua força.

Índice: Jó 1 Jó 2 Jó 3 Jó 4 Jó 5 Jó 6 Jó 7 Jó 8 Jó 9 Jó 10 Jó 11 Jó 12 Jó 13 Jó 14 Jó 15 Jó 16 Jó 17 Jó 18 Jó 19 Jó 20 Jó 21 Jó 22 Jó 23 Jó 24 Jó 25 Jó 26 Jó 27 Jó 28 Jó 29 Jó 30 Jó 31 Jó 32 Jó 33 Jó 34 Jó 35 Jó 36 Jó 37 Jó 38 Jó 39 Jó 40 Jó 41 Jó 42