Significado de Jó 34

Jó 34

Jó 34 continua os diálogos contínuos entre Jó e seus amigos enquanto eles tentam entender as razões do sofrimento de Jó e o papel de Deus em sua vida.

No capítulo 34, o amigo de Jó, Eliú, continua seu discurso, enfocando a ideia de que Deus é justo e correto em todas as suas ações. Eliú argumenta que Deus não pode ser injusto ou injusto e que, portanto, Jó deve estar sofrendo por algum motivo. Ele sugere que Jó deve confiar na sabedoria e na justiça de Deus, mesmo quando é difícil de entender ou aceitar.

O discurso de Eliú no capítulo 34 é notável por sua ênfase na ideia de que devemos confiar na soberania de Deus, mesmo quando não entendemos suas ações. Eliú argumenta que os caminhos de Deus estão além da compreensão humana e que devemos confiar em sua bondade e justiça mesmo quando não entendemos por que as coisas estão acontecendo do jeito que estão. Essa ênfase na confiança na soberania de Deus serve para reforçar a ideia de que o sofrimento pode ser um meio de testar e fortalecer nossa fé e que, em última análise, Deus está no controle de todas as coisas.

No geral, Jó 34 é uma continuação dos diálogos em andamento sobre a natureza do sofrimento e a relação entre Deus e a humanidade. O discurso de Eliú acrescenta novos insights sobre a ideia da justiça e soberania de Deus e reforça a importância de confiar na sabedoria e bondade de Deus mesmo quando não entendemos suas ações. O capítulo serve como um lembrete de que, mesmo em meio ao sofrimento e às dificuldades, podemos encontrar esperança e força em nossa fé em Deus.

Comentário de Jó 34

34.1, 2 Nos versículos 2-15, Eliú dirige-se aos sábios, provavelmente uma referência sarcástica aos três amigos cuja sabedoria ele reduzira a pó em Jó 32.12-16.

34.3-15 Na verdade, Deus (v. 12). Talvez em resposta às acusações feitas por Jó em Jó 9.22-24, Eliú defende a imparcialidade de Deus segundo a lei da retribuição. Deus castigará os perversos com justiça. Eliú defende a justiça divina, concordando parcialmente com Bildade (Jó 8.3; 19.6).

34.16 Eliú fala diretamente a Jó nos versículos 16-33, conforme indicado pelo verbo singular em hebraico traduzido como ouve.

34.17 As duas perguntas deste versículo parecem reformular as queixas de Jó registradas em Jó 9.14-31 e 24-1-17 para, depois, contestá-las. E quererás tu condenar aquele que é justo e poderoso? Esta segunda pergunta antecipa a própria censura do Senhor a Jó no capítulo 40, versículo 8.

34.18-22 Estes versículos ressaltam a onisciência de Deus — Porque os olhos de Deus estão sobre os caminhos de cada um (v. 21).

34.23-28 Eliú reage às queixas de Jó sobre Deus ignorar a situação dos necessitados e aflitos (Jó 24.1-12), afirmando que Deus ouve, sim, o clamor do pobre e o clamor dos aflitos.

34.29, 30 A oração traduzida como se ele aquietar, quem, então, inquietará? (amparada talvez pelo versículo 30) poderia ser traduzida também como quando Ele demonstrar quietude, quem então condenará? O paralelismo da frase seguinte — se [Deus] encobrir o rosto — com o contexto das queixas de Jó favorecem essa interpretação.

34.31-33 O sentido exato dos termos hebraicos deste parágrafo é incerto. Os versículos 31 e 32 podem ser uma deturpação das palavras de Jó.

34.34-37 A conclusão de Eliú mescla uma boa análise com uma interpretação injusta da situação de Jó. Sua afirmativa de que as palavras de Jó são sem ciência em consonância com as palavras do próprio Senhor (Jó 38.2).

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