Significado de Jó 39

Jó 39

Jó 39 é uma exploração complexa da natureza do sofrimento, da relação entre Deus e a humanidade e das maneiras pelas quais tentamos entender o mundo ao nosso redor. O capítulo 39 do livro de Jó continua os diálogos contínuos entre Jó e seus amigos, bem como os discursos de Deus a Jó, enquanto eles procuram entender as razões do sofrimento de Jó e o papel de Deus em sua vida.

No capítulo 39, Deus continua seu discurso a Jó, desta vez enfocando as maravilhas do reino animal. Deus faz uma série de perguntas retóricas que destacam o complexo design e comportamento de vários animais, enfatizando o fato de que todos fazem parte de sua criação e estão sob seus cuidados. Essa ênfase no reino animal serve para destacar ainda mais a grandeza e o poder de Deus e para reforçar a ideia de que a compreensão e o conhecimento humanos são limitados em comparação.

O discurso de Deus no capítulo 39 é notável por seu foco no reino animal e na complexidade do desígnio de Deus. Ao destacar o comportamento e as características de vários animais, Deus revela sua sabedoria e poder e enfatiza o fato de que toda a criação está sob seus cuidados. Essa ênfase serve para reforçar a ideia de que o sofrimento pode ser um meio de testar e refinar nossa fé e que, em última análise, Deus está no controle de todas as coisas.

No geral, Jó 39 é uma continuação dos diálogos em andamento sobre a natureza do sofrimento e a relação entre Deus e a humanidade. A fala de Deus serve como um lembrete poderoso da grandeza e do poder de sua criação e dos limites da compreensão e conhecimento humanos. O capítulo enfatiza o fato de que toda a criação está sob os cuidados de Deus e que nossa compreensão do mundo ao nosso redor é limitada por nossa perspectiva finita.

Comentário de Jó 39

39.1-4 Deus, que fornece as presas para os predadores (Jó 38.39-41), também toma conta da presa, como as cabras monteses e as cervas. Assistindo-lhes em seu momento mais vulnerável, o de dar à luz, o Senhor promove a ordem e o equilíbrio da natureza.

39.4 A expressão em hebraico traduzida como com o trigo também pode ser em campo aberto.

39.5-12 O jumento montês, símbolo dos necessitados em Jó 24-5, encontra satisfação onde Deus o colocou na terra, livre dos gritos do exator. Isso contrasta com as queixas de Jó quanto à voz do opressor (Jó 3.18). A verdadeira liberdade reside em estar satisfeito onde Deus nos colocar (Fp 4.10-12).

39.13-25 Jó se identificara de forma íntima com a avestruz (Jó 30.29). Portanto, o Senhor concordou ironicamente que existem semelhanças. Ambos são deficientes em conhecimento (v. 17; 38.2). Mas embora a avestruz, por sua aparência, seja motivo de risadas (como era Jó; 30.1) e passe por alguns constrangimentos (v. 14-16), ela não se aflige com a situação. Há um contraste com Jó, que se preocupa muito (Jó 3.25; 15.24)

39.26-30 Deus pergunta a Jó se foi ele quem criou os pássaros majestosos — o gavião e a águia — com seu gênio aerodinâmico. O contexto do versículo 30, em que os filhotes de pássaros banqueteiam-se com as presas, sugere que se trata de um urubu. Porém, a tradução tradicional de águia transmite as qualidades nobres e majestosas associadas ao abutre no antigo Oriente Médio (v. 26-30), em contraste com a repulsa que sua espécie provoca na maioria dos leitores de hoje.

39.30 Fica implícito que Deus permite aos jovens urubus alimentar-se do sangue da presa (pessoas mortas) para ajudar a prevenir a disseminação de doenças. Isso responde à queixa infundada de Jó sobre o fato de Deus não impedir a exploração dos necessitados (Jó 24.1-17) e ignorar os clamores dos que morrem. O Senhor demonstra novamente a Jó que coíbe o mal.

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