Adoção na Grécia e Roma Antigas

Adoção na Grécia e Romano Antigas

As alusões existentes no Novo Testamento refletem costumes entre esses dois povos. No Oriente, a prática sempre foi comum, mormente entre os povos semitas. A prática confinava-se a filhos, e a narrativa bíblica não menciona a adoção somente de uma filha (Ester, por parte de Mordecai), se é que ali temos um a verdadeira adoção. Isso se devia, em primeiro lugar, à questão inteira da herança e da perpetuação da família, bem como ao sentimento geral que era melhor ter filhos do que ter filhas. Isso concorda com um provérbio chinês, que diz: “É mais feliz com filhas aquele que só tem filhos” (M em. sur les Chinois, t, x:149). A prática era mais comum entre os romanos do que entre os gregos. Isso provê uma bela ilustração da função do evangelho, pois não é pequena a vantagem de alguém passar da posição de um escravo, pertencente a um senhor, para a posição de um filho, que agora tem um pai. Na adoção, pois, o filho adotado tornava-se legalmente morto para todas as anteriores obrigações e ligações, e assumia posição de filho dentro de uma nova família, juntamente com os direitos e obrigações nisso envolvidos. Há uma outra excelente ilustração da realização do evangelho, que faz com que homens que antes pertenciam à pecaminosa família adâmica, agora se tornem membros da família de Deus (ver Rom. 8:15 ss ).

Segundo a lei romana de adoção, que requeria um documento legal, o filho adotivo tinha direito ao nome, às possessões e à posição do p ai adotivo na sociedade e nas questões religiosas. Era o herdeiro de seu pai adotivo como se fora um filho natural. O pai também tinha direito à propriedade do filho adotivo, tornando-se seu proprietário absoluto. Os judeus não tinham precisamente esses costumes, mas a literatura judaica mostra que eles estavam familiarizados com as determinações das leis romanas.