Aleluia — Estudo Bíblico
1. A palavra. Vem dos termos hebraicos halal, “louvor”, e Yah,
uma forma abreviada de “Yahweh”, Senhor. Portanto, significava “louvor ao
Senhor”. No hebraico, a palavra era hifenizada, de tal modo que os dois
elementos sempre apareciam distintos. Em outros idiomas, porém, tornou-se um
nome composto, incluindo no grego da Septuaginta. Atualmente, a expressão
tornou-se universal. Encontra-se no começo e no fim de vários dos Salmos,
tendo-se tornado um convite padrão para se louvar a Deus na adoração do templo.
2. Seu uso nos Salmos. Esse uso
divide-se em dois grupos: a. Salmos 104 e 115 (no fim); 106 (no começo e no
fim). Esse último uso parece parte da doxologia do quarto livro do saltério. b.
Salmos 111-118 (no começo); 115 - 117 (no fim). Na Septuaginta, há uma repetição
no fim do Salmo 113 e no começo do Salmo 114, que assim completa a série. E,
mui provavelmente, isso está correto, c. Salmo 135 (no começo); mas a Septuaginta
põe o vocábulo no começo do Salmo 136. d. Salmos 146 - 160 (no começo de cada
um ). Portanto, a palavra “Aleluia” é usada nos Salmos por um total de quinze
vezes.
3. No Novo
Testamento. Em Apo. 19:1,3,4,6 há uma convocação para
louvor e adoração por meio de “Aleluia”, agora transformada em uma exclamação cristã,
com o uso da mesma fórmula. Portanto, o uso desse vocábulo está limitado aos
Salmos e ao livro de Apocalipse. E, neste último, o louvor envolve um coro celestial.
4. Usos festivos. Esse termo passou a ser usado como uma
expressão de louvor, nas festividades da Páscoa, do Pentecoste e dos
Tabernáculos. Os Salmos 105 e 106 eram usados nessas festas. O grupo dos Salmos
1 1 3 -1 1 8 passou a ser conhecido como o Hallel Egípcio, devido à sua
associação com o livramento de Israel da servidão egípcia. Esses Salmos eram
usados por ocasião das três principais festividades, e por ocasião da dedicação
do templo. Por ocasião da Páscoa, eram entoados os Salmos 113 e 114, antes da
refeição pascal, e os Salmos 115 a 118, após a mesma, conforme foi observado por
Jesus e seus discípulos, na última Ceia (ver Mat. 26:30). 5. Usos modernos do
vocábulo. Além do uso popular dessa
expressão, na Igreja cristã, como uma expressão de louvor, a palavra é usada
para designar o sábado antes do domingo da ressurreição. Além disso, também é
usada por alguns para aludir ao próprio domingo da ressurreição.