23:1-9. O dever de preservar a verdade e a
justiça. Os israelitas deviam andar em integridade e consideração para com
todos os homens. Não deviam dar falso testemunho.(v. l), isto é, não
espalharás notícias falsas, nem ter qualquer conivência com aqueles que o
faziam. Testemunha maldosa. Literalmente, testemunha de violência.
2. Não seguirás
a multidão. Uma condenação
clássica da violência da turba. A justiça não devia ser pervertida, nem por
atos, nem por palavras, por causa da pressão da multidão. Parcial.
Favorecer. Há quem pense que esta palavra é um erro de cópia e que se refere ao
“rico” e não ao “pobre”. Mas sempre há necessidade de se advertir contra a
injustiça feita por causa de simpatia deturpada, além de outros motivos.
4,5. O boi do
teu inimigo. Não é só a sua
conduta que não deve ser determinada pela opinião pública, pela atitude da
multidão, ou pela compaixão para com o pobre; a antipatia pessoal, a inimizade
e o ódio também não deviam levá-los ao comportamento injusto ou rude (cons. Mt.
5:44; Thomson, op. cit., III, 345).
6. Não
perverterás o julgamento. Jamais deturpes os direitos do pobre no tribunal (Moffatt). Este é o inverso do preceito
de 23:3.
7. Da falsa
acusação te afastarás. Não
ter relacionamento algum com a injustiça. Não justificarei. A LXX diz,
não justificarás. A tradução hebraica enfatiza, que fazer tal coisa, coloca a
pessoa em oposição a um Deus santo que não justificará a maldade.
8. Cega até o
perspicaz (lit., o
homem que vê) e perverte as causas (não palavras) dos
justos.
9. Conheceis o
coração do forasteiro. Muitas
e muitas vezes Deus enfatizou a responsabilidade aos israelitas para com
aqueles que não tinham direitos ou compensações, fazendo-os se lembrarem de
suas próprias experiências, das quais só a compaixão dEle pôde livrá-los.
10-13. Um Calendário Eclesiástico. As
responsabilidades dos devotos; aqui só se faz uma rápida menção de assuntos que
são tratados detalhadamente mais adiante. O Sábado, o Ano do Descanso e o Dia
do Descanso (vs. 10-12). Deixarás descansar e não a cultivarás. Como o
escravo devia ser libertado do trabalho (21:2), também a terra devia descansar
no sétimo ano. O pobre podia comer daquilo que nascesse espontaneamente naquele
ano (cons. Lv. 25:1-7, 20-22; Dt. 15:1-18; 31:10-13).
12. O Sábado. Cons. 20:8-11; 31:12-17; 35:1-3. Para
que descanse o teu boi... o filtro da tua serva e o forasteiro. Isto
acrescenta uma razão humanitária para a religiosa dada em 20:11, mas não a
contradiz.
13. Em tudo. . . andar apercebidos. Driver (Cambridge Bible) acha que este versículo está deslocado e deveria seguir o versículo 19. Mas de acordo com KD é uma sentença transicional; o versículo 13a destaca sua fidelidade nas leis e trata dos seus próximos; e 13b os prepara para as leis que tratam do seu relacionamento com Jeová.
13. Em tudo. . . andar apercebidos. Driver (Cambridge Bible) acha que este versículo está deslocado e deveria seguir o versículo 19. Mas de acordo com KD é uma sentença transicional; o versículo 13a destaca sua fidelidade nas leis e trata dos seus próximos; e 13b os prepara para as leis que tratam do seu relacionamento com Jeová.
c) As Festas da Peregrinação. 23:14-19.
Embora
houvessem outras ordenanças a serem guardadas, estes três eram os grandes
festivais durante os quais todos os homens de Israel deviam apresentar-se
diante do Senhor. Neles se comemorava não só a sua redenção, mas também as contínuas
bênçãos e provisão de Deus. Tem-se enfatizado que não eram só obrigações, mas
também direitos. “pois comemorar uma festa do Senhor e comparecer diante dEle
eram privilégios concedidos por Jeová ao povo da Sua aliança” (KD).
14. Festa. Cons. 5:1.
15. Pães asmos.
Inseparável, é claro, da Páscoa (cons.
cap. 12; 13; Lev. 23:5). Ninguém apareça de mãos vazias perante mim. Ofertas
deviam ser trazidas como prova de gratidão pelas bênçãos de Deus e como um
tributo a Jeová seu Rei (cons. Dt. 16 : 16, 17).
16. A festa da
sega. Pentecostes (Lv. 23:15-22; Nm. 28:26-31;
Dt. 16: 9-12). Festa da colheita. Tabernáculos (Nm. 29:12 e segs; Lv.
23:34-43; Dt. 16:13, 14). Estas festas marcavam o começo e o fim da colheita de
todo o produto da terra.
18,19. Três regras deviam ser observadas nas
festas. l ) Deviam usar pão asmo, não só nesta festa, mas em todas as festas.
2) Não ficará gordura da minha festa para o dia seguinte (cons. 12:10). Primícias.
A retenção desta confissão e expressão de gratidão trouxe o juízo sobre Israel
muitas e muitas vezes (cons. Ml. 3:8). 3 ) Não cozerás o cabrito. Esta orientação
parece esquisita dentro das outras, e há muito tem causado especulações dos
comentadores. Então, na literatura Ugarit descoberta em 1930, descobriu-se que
cozer o cabrito no leite de sua própria mãe era uma prática cananita usada em
conexão com os rituais da fertilidade (Birth of the Gods, 1.14). Israel,
apresentando os primeiros frutos, reconhecia que as bênçãos vinham de Jeová, não
da feitiçaria.
d) Última Exortação. 23:20-33.
A aliança se
conclui com estas palavras de promessa e advertência.
20-12. O Anjo de Jeová. “O nome de Jeová estava
neste anjo; é o mesmo que dizer que Jeová se revelou nele; e por isso ele é
chamado em 33:15,16 de a face de Jeová, pois a natureza essencial de Jeová se
manifestou nele. Este anjo não era um espírito criado, portanto, mas a
manifestação do próprio Jeová” (KD). “O anjo é o próprio Jeová, em uma temporária
descida, à visibilidade, com um propósito especial” (McNeile, Westminster
Commentary).
23-33. Promessa e Advertência. Deus prometeu
expulsar as nações diante deles e os abençoar, providenciar por suas
necessidades e protegê-los. O povo de Israel, do seu lado, devia se abster de
toda idolatria e aliança com os povos pagãos.
24. Destruirás.
Derrubarás e quebrarás. Colunas. Pedras colocadas perto
de um templo ou em um bosque sagrado, um aspecto comum nos cultos cananitas.
26. O número
dos teus dias. Ambos, o individuo
fiel e a nação fiel receberam a promessa de que viveriam muito tempo.
27. Meu terror.
O pânico que tomaria conta dos pagãos
quando soubessem das grandes coisas que Deus realizaria em beneficio de Israel
(Js. 2: 11). Confundindo.
28.Vespas. É muito difícil que o sentido seja
literal, embora alguns o aceitem. Determinar exatamente o que simboliza tem
desafiado a imaginação de gerações de comentadores. Já se tem sugerido que as
vespas representam egípcios, enfermidades, catástrofes naturais e assim por
diante. A sugestão da KD de que foi o aguilhão do medo (v. 27) parece uma idéia
razoável.
29,30. Depois de gradualmente expulsar os
cananeus, o povo de Israel devia tomar posse da terra. Isto eles singularmente
deixaram de fazer (Jz. 1;2).
31. Porei os
teus termos. Só uma vez, sob
o reinado de Salomão (I Reis 4:21), e por pouco espaço de tempo, Israel alcançou
esses limites. Mar dos Filisteus. O Mediterrâneo. Deserto, o deserto entre o
Egito e a Palestina.
32,33. Que te não
façam pecar. A destruição dos
cananeus foi necessária, e o contato com eles foi proibido para que não
contaminassem o povo de Deus com seus pecados, como se fosse uma doença
contagiosa.
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