Panorama do Livro de Jonas
Panorama do Livro de Jonas
Jonas é designado a Nínive, mas foge (1:1-16)
“E começou a haver a palavra de Yahweh para Jonas, filho de Amitai, dizendo: ‘Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e proclama contra ela que subiu perante mim a maldade deles.’” (1:1, 2) Será que Jonas se alegra com essa designação? Nem um pouco! Ele foge em direção oposta, tomando um navio para Társis, possivelmente onde hoje é a Espanha. O navio de Jonas enfrenta uma grande tempestade. Os amedrontados marujos pedem ajuda, “cada um ao seu deus”, enquanto Jonas dorme no porão do navio. (1:5) Depois de acordarem Jonas, eles lançam sortes para descobrir quem é o responsável por essa aflição. A sorte cai sobre Jonas. É então que ele lhes revela que é hebreu, adorador de Yahweh, e que está fugindo de uma incumbência que recebera de Deus. Ele lhes diz que o lancem ao mar. Depois de empenhos adicionais para salvar o navio, por fim lançam Jonas ao mar. O mar se acalma.
Engolido por “um grande peixe” (1:17-2:10)
“Ora, Yahweh providenciou um grande peixe para engolir Jonas, de modo que Jonas veio a ficar nas entranhas do peixe três dias e três noites.” (1:17) Ele ora fervorosamente a Yahweh de dentro do peixe. “Do ventre do Seol” ele clama por ajuda e diz que pagará seu voto, pois “a salvação pertence a Yahweh”. (2:2, 9) Às ordens de Yahweh, o peixe vomita Jonas em terra seca.
Pregando em Nínive (3:1-4:11)
Yahweh reitera sua ordem a Jonas. Jonas não mais foge de sua designação, mas vai a Nínive. Ali, ele anda pelas ruas da cidade e clama: “Apenas mais quarenta dias e Nínive será subvertida.” (3:4) A sua pregação é bem-sucedida. Uma onda de arrependimento invade Nínive, e o povo passa a depositar fé em Deus. O rei proclama que tanto os homens como os animais têm de jejuar e vestir-se de serapilheira. Yahweh misericordiosamente poupa a cidade.
Isto é demais para Jonas. Ele diz a Yahweh que desde o início sabia que Ele havia de mostrar misericórdia e que foi por isso que fugiu para Társis. Sente vontade de morrer. Totalmente descontente, Jonas acampa ao leste da cidade e espera para ver o que acontecerá. Yahweh faz nascer um cabaceiro para servir de sombra para seu mal-humorado profeta. A alegria de Jonas com o cabaceiro dura pouco. Na manhã seguinte, Yahweh faz com que um verme ataque a planta, de modo que o confortável abrigo de Jonas é substituído pela exposição a um vento oriental abrasador e ao sol causticante. Novamente, Jonas deseja morrer. Virtuoso aos seus próprios olhos, ele justifica a sua ira. Yahweh salienta a incoerência de Jonas: sentiu pena de um cabaceiro, mas está irado porque Yahweh agora sente pena da grande cidade de Nínive.