Pentateuco — Conteúdo do Antigo Testamento
Pentateuco — Conteúdo do Antigo Testamento
A seguir, apresentar o conteúdo
literário do Antigo Testamento, iniciando
com o Pentateuco:
a. Gênesis. Ali aparecem, pela primeira vez, os títulos
descritivos de Deus: El, Adonai e Yahweh. Esse é o verdadeiro Deus, o Criador.
Nele todas as coisas têm a sua origem. O homem foi criado por Deus e caiu no
pecado. O perdão foi prometido, e teve início o tema messiânico da redenção,
logo após a queda. Deus enviou o juízo do dilúvio, um a das grandes catástrofes
que se abateu sobre o mundo, dentre muitas outras que não estão registradas nas
páginas da Bíblia, mas cujo fim assinalou um novo começo para a humanidade, com
os descendentes dos três filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé. Abraão foi chamado de
descendente de Sem. Com os descendentes de Abraão, Deus formou a nação de
Israel, um dos veículos da redenção. Os primeiros descendentes de Abraão, isto
é, Isaque, Jacó e seus doze filhos, são chamados de «os patriarcas». Todavia,
os descendentes de Abraão terminaram escravizados no Egito. Ali, José foi a
grande luz da espiritualidade, tendo salvo a sua gente da inanição.
b. Êxodo. Moisés, descendente de Abraão através de
Levi, foi preparado para libertar o povo de Israel da servidão egípcia. Após o
êxodo, Moisés foi usado por Deus para produzir uma nova expressão espiritual de
grande magnitude: a lei mosaica. Israel apostatou, mas retornou ao Senhor. O
sábado foi ordenado, e o tabernáculo e suas form as próprias de adoração foram
instituídos.
c. Levítico. Esse livro descreve
os muitos regulamentos cerimoniais que governam todos os aspectos da vida
religiosa e civil dos israelitas. Ali aparecem seis tipos de sacrifícios
cruentos, os quais retratam diversos aspectos da expiação. Também preceitua-se ali
sobre animais limpos e imundos, sobre a santidade cerimonial em todos os
níveis da vida, sobre a celebração do sábado, da páscoa, dos pães asmos, do Pentecoste,
da festa das Trombetas e da festa dos Tabernáculos. O vigésimo sexto capítulo
desse livro prediz o cativeiro assírio e o babilônico, mas sobretudo este último, porque fala no retorno, embora sem designá-lo especificamente por nome.
d. Números. Temos ali as jornadas de Israel desde o monte
Sinai até às fronteiras de Canaã, em Cades-Barneia. Temos ali o relato dos
castigos motivados pela incredulidade; os quarenta anos de vagueação pelo
deserto; a chegada às planícies de Moabe; os encontros com Balaque e Balaão; o
recenseamento no começo do relato, e outro no fim (ver Levítico 26), quando então
havia seiscentos mil homens em armas; o estabelecimento dos levitas como uma
casta sacerdotal; os espias enviados a Canaã; as queixas e rebeldias contra
Moisés; a conquista da Transjordânia; e, finalmente, como os israelitas em Moabe,
foram induzidos a cair em idolatria.
e. Deuteronômio. Temos ali as instruções finais dadas por
Moisés; a reiteração da lei (de onde vem o nome do livro = “segundo livro da
lei”); diversas novas provisões, para quando Israel se estabelecesse em Canaã;
a leitura pública do Pacto; a invocação de testemunhas para que qualquer causa
tivesse validade; cópias da lei que tiveram de ser guardadas na arca da
aliança; e as admoestações finais a Israel, para que fosse leal ao pacto.