Marcos 16 — Explicação das Escrituras

Marcos 16

16:1–4 No sábado à noite, as duas Marias e Salomé foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus com especiarias. Eles sabiam que não seria fácil. Eles sabiam que uma enorme pedra havia sido rolada na boca da tumba. Eles sabiam sobre o selo romano e a guarda dos soldados. Mas o amor pula montanhas de dificuldades para alcançar o objeto de sua afeição.

Bem cedo na manhã de domingo, eles estavam se perguntando em voz alta quem rolaria a pedra da porta do túmulo. Eles olharam para cima e viram que já estava feito! Quantas vezes acontece quando estamos empenhados em honrar o Salvador que as dificuldades são removidas antes de chegarmos a elas.

16:5, 6 Entrando no túmulo, eles viram um anjo com a aparência de um jovem vestido de branco. Ele rapidamente dissipou seus medos com o anúncio de que Jesus havia ressuscitado. O túmulo estava vazio.

16:7 O anjo então os comissionou como arautos da ressurreição. Eles deveriam dizer a Seus discípulos — e a Pedro — que Jesus os encontraria na Galileia. Observe que Pedro, o discípulo que havia negado Seu Senhor, foi escolhido para uma menção especial. O Redentor ressuscitado não o havia repudiado, mas ainda o amava e ansiava por vê-lo novamente. Um trabalho especial de restauração precisava ser feito. A ovelha errante deve ser trazida de volta à comunhão com o Pastor. O desviado deve voltar para a casa do Pai.

Notas Adicionais:

16.1 Passado o sábado:
Não houve tempo suficiente para preparar o corpo de Jesus para o sepultamento costumeiro. Chegado o domingo, não haveria problema além de abrir o túmulo (v. 4).

16.5 Um jovem: Era um anjo, que estava manifestando-se visivelmente (cf. Mt 28.5).

16.6 Ele ressuscitou: No gr, o verbo está na voz passiva. “Foi ressuscitado” frisa o poder soberano do Deus Pai (cf. At 3.15; Rm 4.24).

16.7 Galileia: Jesus foi para a Galileia a fim de se manifestar a muitos de Seus discípulos (cf. 14.28; Mt 28.9s, 16ss; 1 Co 15.6). E a Pedro. Jesus restaura aquele discípulo que caiu em estado de desânimo, após tê-lO negado.

16.8 Temor e de assombro: Trata-se de temor religioso sentido na presença de Deus (cf. 4.41) e não dos homens (Jo 20.19). Nada disseram: I.e., até depois da ascensão e a vinda do Espírito (cf. At 1 ; 2).

16.9-20 Este trecho não consta em alguns dos melhores manuscritos da antiguidade. Há, também, indicações de que não foi escrito por Marcos. Se Marcos não foi o autor, não se sabe quem teria composto estes vv. baseando-se em Mt 28.9-1 0; Jo 20.11-18; Lc 24.1335; Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; Jo 20.19-23; At 1.6-8. Apesar disso, porém, ainda não é decisiva a hipótese da não inspiração do trecho. O motivo, por outro lado, é claro: dar uma conclusão adequada ao evangelho que talvez tivesse sido mutilada e perdida, com o passar do tempo.

16.9 Apareceu... Maria: Cf. Jo 20.11-18. Sugere-se a seguinte ordem dos aparecimentos de Jesus: 1) A Maria Madalena; 2) Às mulheres (Mt 28.8-10); 3) A Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5); 4) Aos dois discípulos (Lc 24.13-32); 5) Aos discípulos, durante uma ausência de Tomé (Lc 24.36-43; Jo 20; 19-25); 6) No domingo seguinte, aos onze (Jo 20.26-31); 7) A sete discípulos, no mar da Galileia (Jo 21); 8) Aos apóstolos e mais 500 irmãos (Mt 28.1620; 1 Co 15.6); 9) A Tiago, irmão de Jesus (1 Co 15.7); 10) Antes da ascensão (Lc 24.4453; At 1.3-12).

16.12 Outra forma: A Maria, Jesus apareceu como se fosse semelhante ao jardineiro. Aos discípulos que estavam caminhando para Emaús, pareceu um viajante (Lc 24.16).

16.17 Novas línguas: É um sinal da chegada de uma nova época (cf. 2 Co 5.1 7).

16.18 Pegarão em serpentes: Cf. Atos 28.3-6. Falta exemplo de alguém beber veneno e sobreviver no NT.

16.19 Assentou-se...: Trata-se, não da posição de Seu corpo, mas da majestade do Seu império (Calvino, cf. Sl 110.1; Mc 14.62).

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